O casamento não foi instituído pelo homem, foi iniciativa de Deus. Sua gênese antecede à Igreja e ao Estado. Para o casamento atingir os seus próprios, precisamos observar os princípios que Deus estabeleceu em sua Palavra.
Veremos, neste artigo, um dos pilares que sustentam o edifício da família, o papel da esposa no casamento:
1. Submissão inteligente – John Mackay, ilustre reitor do Seminário de Princeton, no seu livro “O sentido da vida”, disse que o trabalho predileto do diabo é esvaziar o sentido das palavras. Uma das palavras mais desgastadas hoje é submissão. Submissão não é ser inferior. A mulher não é capacho do marido. Ela não é serviçal nem empregada do marido. Submissão não é ser passiva, apagada, sem direito, sem vez e sem voz. Não é anular-se nem sentir-se inferior. No plano divino, a mulher nunca foi inferior ao homem. Ela foi tirada da costela e não dos pés do homem. Ela é auxiliadora idônea, aquela que olha nos olhos. A mulher não é submissa ao marido como é a Cristo. Ela é submissa ao marido por causa da sua submissão a Cristo. O senhorio de Cristo é único, singular. Submissão é ter uma missão sob a missão do marido. A mulher sábia não procura mandar no marido nem usa subterfúgios para manipulá-lo, antes, exerce a sua função com discernimento, alegria, eficiência e gratidão a Deus. Submissão não é demérito nem desonra. A glória da igreja é sua submissão a Cristo. Submissão não é ausência de liberdade. Quanto mais submissa a igreja é a Cristo, mais livre ela é, mais feliz ela se sente. Um trem só é livre quando anda sobre os trilhos. Você só é livre para dirigir o seu carro, quando obedece as leis do trânsito. Assim, a liberdade da mulher está em sua submissão ao marido.
2. Edificadora prudente – A mulher sábia edifica a sua casa. Transforma o seu lar num ninho cálido de amor, no ambiente mais aconchegante para se viver. Emprega sua inteligência, criatividade e sensibilidade para enriquecer o relacionamento conjugal. Ela é alavanca na vida do marido. Empurra-o sempre para frente. Honra-o, encoraja-o, promove-o. Ademais, ela é aliviadora de tensões, é bálsamo que refrigera, é orvalho fresco que renova o vigor, é sábia conselheira. Sua língua é remédio. Seu amor é cheio de ternura. Suas atitudes são nobres. Seu caráter é impoluto. Sua beleza mais excelente é sua piedade.
3. Guerreira destemida – A mulher sempre esteve na vanguarda do casamento como guardiã e promotora dos valores graníticos que sustentaram a família ao longo dos séculos. Sempre esteve na trincheira da luta pela salvação dos filhos. Ela é capaz de heroísmos indescritíveis. A mulher tem mais capacidade de suportar a dor, mais paciência para enfrentar as provas, mais desprendimento para investir no casamento. Ela enxerga com os olhos do coração, julga pelo tribunal da alma, estende as mãos para agir movida pela misericórdia. A mulher tem uma capacidade imensa de ser solidária nas aflições, ser um braço forte nos tempos de crise e um ombro hospitaleiro nas perdas. Quando a mulher, como brava guerreira, usa esse arsenal para edificar o seu casamento e abençoar a sua família, muitas dificuldades são superadas, os obstáculos são vencidos e a família torna-se bem-aventurada!
Rev. Hernandes Dias Lopes
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