“Você pode enganar muitos por pouco tempo, você pode enganar poucos por muito tempo, mas você nunca conseguirá enganar todos o tempo todo”.
“Freqüentemente julgamos a vida alheia mais a partir de valores externos, contábeis e visíveis do que pelo que se passa no coração. Desse modo, nos encantamos com homens, histórias, livros e lideranças que não encantam a Deus. A sociedade nos leva a crer que somos aquilo que aparentamos. E não são raras as vezes que nos julgam pelos nossos títulos, realizações, influência e tantas outras credenciais que tentam, plasticamente, definir nossa aparência pública.
Possuímos uma tendência natural para nos escondermos. Somos, por isso, seres fabricantes de máscaras. Construímos máscaras com o mesmo intuito dos povos tribais em seus rituais xamânicos: para o engano do próximo e manipulação social. Creio que as máscaras que somos tentados a construir, possuem, em um primeiro momento, a intenção de apresentar uma imagem que julgamos ideal para os de longe. Comumente, esta imagem não representa a verdade do nosso ser, mas uma idéia utilitária que tentamos vender.
Se obtemos sucesso na construção de máscaras que passem essa imagem aos de longe, somos tentados a construir outras mais elaboradas, refinadas, que possam enganar também os de perto. É por isso que podemos nos surpreender com alguém bem perto de nós, de nosso círculo de amizade e relacionamento, que repentinamente se desvenda como portador de valores e práticas antagônicas à imagem que dele tínhamos. É que não o conhecíamos. Olhávamos para ele, mas o que enxergávamos era apenas sua máscara.
Como seres fabricantes de máscaras, ao chegarmos ao ponto do engano coletivo, com os de longe e os de perto, nos propomos a uma nova empreitada, ainda mais desafiadora: construir máscaras que enganem não apenas o outro, mas também a nós mesmos. Chamo a essas máscaras de – máscaras do auto-engano. No Reino da Luz, a verdade é o fundamento para qualquer avaliação. Não por acaso, a Palavra nos diz que a verdade nos libertará. A ausência desta, por outro lado, nos mantém cativos às mesmas masmorras psíquicas, volitivas e comportamentais de sempre. E o auto-engano - quando a psique humana mente para ela mesma, tentando racionalizar o pecado e a fraqueza – torna-se uma das fortes oposições à verdade.
Por tudo isso, eu o convido, neste momento, a deixar cair qualquer máscara que você possa ter construído ao longo dos anos e, por acaso, esteja usando. E então olhe-se em um espelho íntegro, sem reservas, na presença do Espírito do Senhor que nos conhece e nos leva ao caminho da verdade”.
(Extraído do livro:Liderança e Integridade, Ronaldo Lidório, página 11 e 12)
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