“Em verdade vos digo: Quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele.” (Lucas 18.17.)
Qual seria a diferença entre uma criança e um adulto? Uma criança e um jovem? Uma criança e um adolescente? Nenhuma a princípio. Todos descendemos de Adão e Eva e por esse motivo, carregamos dentro de nós a “herança” do pecado original. Sendo assim, por que então Jesus nos disse que se não recebêssemos o reino de Deus como uma “criança” de maneira alguma entraríamos nele? Não seriam elas pecadoras como nós?
Qualquer pessoa pode perceber que uma criança é diferente. Demonstra inocência (algum dia já se deparou com algum menino ou menina fantasiado(a) de super herói ou princesa por aí, sem se importar com ninguém, sem ser carnaval?); demonstra sinceridade (já percebeu a pureza de suas indagações e respostas?); é curiosa sem ser maldosa(lembram-se da “interminável” fase do “ por quê?”). Assim são elas, e se pensarmos um pouco, assim fomos nós um dia também. Demonstrávamos essas mesmas qualidades que Jesus observou nelas, mas que infelizmente, com o passar do tempo, o pecado que se alastrou cada vez que o permitimos, fez desaparecer toda a ternura da infância que havia em cada um de nós.
Quem sou eu, quem é você? Adultos ou jovens que necessitam rever seus conceitos de vida observando o agir das crianças. Nelas temos o modelo de um coração que agrada a Deus. Ela foi nos dada como exemplo por Jesus e isso porque, ainda retém dentro de si refletida, aquela imagem e semelhança doada por Deus ao nos criar.
É bem verdade que atualmente, convivemos com um mundo globalizado onde toda sorte de informação nos cerca, e por isso, muitas vezes contemplamos crianças pensando como adultos, falando como adultos, comportando-se como adultos e isso as têm prejudicado! O que devemos fazer por elas então? Orar, como nos ensina o Senhor: “Levanta-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama, como água, o coração perante o Senhor; levanta a ele as mãos, pela vida de teus filhinhos [...]” (Lm 2.19.) As crianças são especiais e não podemos deixar que percam a grande essência de seu ser que as diferencia de nós.
Trabalhando com crianças, convivendo com as mesmas diariamente, percebo que elas precisam de nossa ajuda. Precisam do nosso amor, atenção, paciência, amizade, instrução e até mesmo da nossa repreensão (Pv 23.13,14). E por quê? Para que não se percam em seus princípios e se tornem adultos tristes, desmotivados, longes do bom e seguro caminho que nos leva a Deus, o Senhor Jesus! (Pv 22.6.)
Não foi sem motivos que Ele nos disse as palavras no início do texto destacadas. O céu é como uma joia preciosa e que para ser adquirida, necessita de esforço. Não basta apenas crer, é preciso haver mudanças em nosso caráter e em nossas atitudes. Foi sobre isso que o Senhor conversou com Nicodemos sobre a necessidade de um novo nascimento em nosso viver (Jo 3.3).
Assim sendo, precisamos permitir que as crianças permaneçam próximas a Jesus para que não percam a fé, e necessitamos fixar nelas o nosso olhar para que como elas, possamos adentrar o céu!
Que o Senhor nos ajude a nos espelharmos no doce olhar, no lindo sorriso e na inocente pureza de atitudes que nos demonstra uma criança! Elas são nossos modelos. Elas refletem a imagem e semelhança herdada de nosso amado Deus e Pai!
Por Ana Lúcia R. de LemosColaboradora do Lagoinha.com
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