Em breve os ingleses devem ter mais dificuldade para acessar o conteúdo “adulto” da internet. O governo britânico estuda a aprovação de medidas que devem limitar o acesso a sites de pornografia apenas para pessoas que pediram expressamente ao servidor da internet para liberar o conteúdo.
O objetivo da medida, proposta pelo diretor de um grupo de mães cristãs, é restringir o acesso de crianças a sites inadequados para a sua idade. Os pais poderiam usar um site chamado Parentport (algo como “portal dos pais” em português), para denunciar material pornográfico na internet. Todos os sites de pornografia seriam bloqueados, e apenas os usuários que requisitassem para o servidor o desbloqueio do material adulto poderiam ver pornografia.
O primeiro ministro inglês, David Cameron, já se declarou favorável às medidas para evitar que crianças tenham contato com o imaginário sexual. Além do bloqueio dos sites, podem ser banidas propagandas com teor sexual e até mesmo roupas infantis tidas como sensuais. Estas ideias foram divulgadas em um documento, intitulado “deixe as crianças serem crianças”, em junho deste ano. E agora ganharam força novamente, por cause de um encontro entre Cameron e a organização de mães cristãs.
Quem provavelmente gostará dessa novidade é a indústria pornográfica. Com a proliferação dos sites de vídeos adultos gratuitos, imagino que o lucro com os vídeos pagos, revistas e canais a cabo tenha diminuído muito. Após a restrição da pornografia na internet, provavelmente as revistas e DVDs voltarão para baixo da cama de muitos adolescentes.
Acho importante a iniciativa de proteção à infância. Mas não sei se as medidas precisariam ser tão radicais. E as pessoas sem filhos, por que não podem ver pornografia? Muitos acreditam que os sites pornôs incitam a violência contra as mulheres, ou mesmo que comprometem a performance masculina. Até já tentaram banir revistas de conteúdo adulto das clínicas de reprodução! Eu não acho que a solução seja essa. Se eu fosse Cameron, iria propor que as pessoas com filhos ligassem para os servidores para bloquear os sites, e não o oposto.
O que vocês acham? Concordam com as medidas propostas? Você se importaria de ter o conteúdo adulto bloqueado na sua casa? Deixe um comentário.
Margarida Telles
é repórter de ÉPOCA em São Paulo.
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