"E se foi sem deixar de si saudades"... (2 Crônicas 21.20)
Introdução:
Temos acompanhado por intermédio da mídia o fim de mais um ditador. Um homem que se revestiu de realeza, confeccionou um trono de ouro para si, costumava referir-se a si mesmo como o “Rei dos Reis”, governou a Líbia por cerca de 40 anos. Tornou-se riquíssimo às custas da miséria de seu povo. Alguns o definiam como desequilibrado, outros como excêntrico. Foi morto esta semana pelas mãos de seu próprio povo em meio a muito ódio e revolta na Líbia.
As Televisões do mundo todo mostraram as constrangedoras imagens do corpo de Kadhafi sendo arrastado pelas ruas sem nenhuma dignidade e respeito. Talvez a expressão que possa caracterizar este momento histórico pelo qual presenciamos é a descrição deste texto: “Foi sem deixar de si saudades”.
Informação do Texto:
No nosso texto de hoje, temos brevemente registrado a história da vida de Jeorão. Ele não foi um grande rei em Judá. Era filho de Josafá. Seu pai (Josafá) empreendeu um governo justo e temente a Deus. Mas Jeorão não. Seguiu pelo pecado e seu reinado até passaria despercebido se não fosse a expressão sobre sua morte ao final do texto: “Foi sem deixar saudades de si”.
Que tristeza, irmãos! Como pode uma pessoa deixar este legado tormento e desprezível ? Como pode uma pessoa viver e não deixar de si saudade ?
I – O QUE É SAUDADE ?
A saudade é um sentimento e uma palavra muito característica da língua portuguesa, seja em Portugal, no Brasil, ou mesmo nos países de língua portuguesa do continente Africano: Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, a Guiné Bissau.
Saudade é uma das palavras mais presentes em nossas poesias de amor e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar". Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana. Segundo o site Wikipédia, No Brasil, o dia da saudade é comemorado oficialmente em 30 de janeiro.
No dicionário, saudade é um sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável. O Rev. Orlando Sathler dizia: “O maior legado que alguém pode deixar neste mundo é a saudade”.
Alguns definem saudade em termos poéticos:
“Saudade, é levar dentro do coração
a presença de um ausente querido...
É sentir a emoção
de um alguém perdido...
É ter a sensação
daquele abraço sentido...
Saudade, é simplesmente,
sentir como permanente,
aquele alguém ausente,
cuja presença se pressente;
É aquele passado,
sempre lembrado,
que queremos de presente
no momento presente...
Esperamos que se apresente,
voltando em caráter permanente...
É um doce sentimento,
lembrado sem lamento,
de um momento de felicidade,
a ser lembrado apenas... com saudade...
Pablo Neruda também poetizou a saudade:
“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver”.
Raul Seixas em meio a tanto transtorno conseguia ainda dizer:
“A saudade é um parafuso
que quando a rosca cai
só entra se for torcendo
porque batendo não vai.
Mas quando enferruja dentro
nem distorcendo não sai.”
(segue no culto deste domingo às 9 hs)
Pr Carlos Orlandi
Introdução:
Temos acompanhado por intermédio da mídia o fim de mais um ditador. Um homem que se revestiu de realeza, confeccionou um trono de ouro para si, costumava referir-se a si mesmo como o “Rei dos Reis”, governou a Líbia por cerca de 40 anos. Tornou-se riquíssimo às custas da miséria de seu povo. Alguns o definiam como desequilibrado, outros como excêntrico. Foi morto esta semana pelas mãos de seu próprio povo em meio a muito ódio e revolta na Líbia.
As Televisões do mundo todo mostraram as constrangedoras imagens do corpo de Kadhafi sendo arrastado pelas ruas sem nenhuma dignidade e respeito. Talvez a expressão que possa caracterizar este momento histórico pelo qual presenciamos é a descrição deste texto: “Foi sem deixar de si saudades”.
Informação do Texto:
No nosso texto de hoje, temos brevemente registrado a história da vida de Jeorão. Ele não foi um grande rei em Judá. Era filho de Josafá. Seu pai (Josafá) empreendeu um governo justo e temente a Deus. Mas Jeorão não. Seguiu pelo pecado e seu reinado até passaria despercebido se não fosse a expressão sobre sua morte ao final do texto: “Foi sem deixar saudades de si”.
Que tristeza, irmãos! Como pode uma pessoa deixar este legado tormento e desprezível ? Como pode uma pessoa viver e não deixar de si saudade ?
I – O QUE É SAUDADE ?
A saudade é um sentimento e uma palavra muito característica da língua portuguesa, seja em Portugal, no Brasil, ou mesmo nos países de língua portuguesa do continente Africano: Angola, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe, a Guiné Bissau.
Saudade é uma das palavras mais presentes em nossas poesias de amor e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego e português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar". Uma visão mais especifista aponta que o termo saudade advém de solitude e saudar, onde quem sofre é o que fica à esperar o retorno de quem partiu, e não o indivíduo que se foi, o qual nutriria nostalgia. A gênese do vocábulo está directamente ligada à tradição marítima lusitana. Segundo o site Wikipédia, No Brasil, o dia da saudade é comemorado oficialmente em 30 de janeiro.
No dicionário, saudade é um sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável. O Rev. Orlando Sathler dizia: “O maior legado que alguém pode deixar neste mundo é a saudade”.
Alguns definem saudade em termos poéticos:
“Saudade, é levar dentro do coração
a presença de um ausente querido...
É sentir a emoção
de um alguém perdido...
É ter a sensação
daquele abraço sentido...
Saudade, é simplesmente,
sentir como permanente,
aquele alguém ausente,
cuja presença se pressente;
É aquele passado,
sempre lembrado,
que queremos de presente
no momento presente...
Esperamos que se apresente,
voltando em caráter permanente...
É um doce sentimento,
lembrado sem lamento,
de um momento de felicidade,
a ser lembrado apenas... com saudade...
Pablo Neruda também poetizou a saudade:
“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver”.
Raul Seixas em meio a tanto transtorno conseguia ainda dizer:
“A saudade é um parafuso
que quando a rosca cai
só entra se for torcendo
porque batendo não vai.
Mas quando enferruja dentro
nem distorcendo não sai.”
(segue no culto deste domingo às 9 hs)
Pr Carlos Orlandi
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