“Falou Moisés estas palavras a todos os filhos de Israel, e o povo se entristeceu muito”. (Nm 14.39)
Este texto no reporta a um momento muito difícil na caminhada do povo de Deus. Eles haviam saído do Egito, passaram pelo Sinai e chegaram à entrada da Terra Prometida. Todavia, pela dureza e incredulidade de seus corações, o povo optou por não seguir avante a marcha, visto que seus inimigos eram maiores, mais fortes e a terra devorava seus habitantes. Este foi um dia de trevas para a história deste povo. Neste ínterím, Deus informa a Moisés e Arão que toda aquela geração de incrédulos não entraria na terra da aliança. Toda uma geração de 20 anos para cima morreria no deserto. Deus disse isso a Moisés e Arão.
O que eu acho fantástico neste texto é que tanto Moisés como Arão não fantasiam a mensagem dada por Deus. Eles transmitem ao povo o que Deus lhes anunciou; se bom ou ruim, esta era a mensagem dada por Deus.
O que me chama a atenção no mundo eclesiástico de hoje éque muita gente para ser agradável ao auditório, para ser tido em boa fama – muita gente adocica o Evangelho, mudando sua mensagem e tornando-a agradável ao povo. Os pregadores do Evangelho fácil tornaram-se especialistas nesta ação. Alguns dos atuais famosos pregadores vivem de roubar o coração do povo com mentiras e inverdades de um Evangelho que não tem a cara e o corpo de Cristo. Aliás, Satanás já havia proposto isso a Jesus quando da tentação. Jesus estava para dar início a seu ministério e o diabo lhe faz 3 propostas: um evangelho fácil (transformar pedras em pães); um evangelho de poder (ordena aos teus anjos que te guardem) e um evangelho de prosperidade a qualquer custo (tudo te darei se prostrado me adorares).
Tem muita gente que gosta de ouvir mentiras! Gostam de ouvir de Moisés: Deus disse que nos dará uma segunda chance para entrarmos na terra! Apesar do pecado de incredulidade, Deus não nos largará 40 anos no deserto – Deus é amor!
Um dos atributos de Deus é o amor. Mas existem outros: verdade, santidade, fidelidade, etc... Muitas vezes o que se tem pregado diz a respeito de um Deus pela metade – um Deus pequeno demais. Quem assim procede mostra que serve ao homem e não ao Senhor; revela que seu maior compromisso não é a verdade, mas é consigo mesmo; e que a fidadelidade não é a base de seu ministério, mas o bem-estar de seus ouvintes!
A um povo que caminha na incredulidade, que ama o pecado, que tem saudades do Egito, as notícias não poderiam ser outras – e isso entristece a alma e o coração!
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