Está mais que claro que a lei da homofobia não se restringe à defesa dos direitos do cidadão que optou a homossexualidade como estilo de vida, até porque tais direitos já são amplamente garantidos em nossa Constituição Federal. O que querem na verdade é o passe livre para fazerem o que lhes der na telha sem conceder o direito de contra-resposta.
Isto ficou claro pela afronta que fizeram a alguns símbolos cristãos durante uma Parada Gay em São Paulo. Aliás, em nome de uma generalização irreal onde qualquer desacordo com a prática homossexual já está criminalizada sob o título de homofobia, alguns homossexuais se sentiram e se sentem no direito de expor publicamente a sua cristianofobia ou eclesiofobia.
Que tipo de regime é este reivindicado? O do silenciamento total? O do “eu tenho o direito de achincalhá-lo, mas você só possui o direito de se calar”? O que querem? Que façamos como alguns evangélicos de Chicago e empunhemos cartazes dizendo: “I'm sorry for how the church treated you”, ou simplesmente “I’me sorry”? Ou ainda: “façam o que quiser conosco, pois não temos o direito de nos defender”?
Vivemos numa democracia de direito(s) onde nenhuma opressão pode ser canonizada, nenhum regime pontual de exceção pode ser dogmatizado. Assim como qualquer um pode e deve exigir o seu direito de defender, praticar e ensinar a prática homossexual como cidadão livre perante a lei, eu também posso e devo exigir o meu direito de defender, praticar e ensinar a prática heterossexual como cidadão livre perante a lei. Aliás, tenho o direto de me posicionar contra várias práticas de natureza sexual como a do adultério, a da fornicação, a da prostituição, a da orgia, e de tudo aquilo que as Escrituras condenam como pecado.
Precisamos ter muito cuidado, pois, como afirmou Antonio Gramsci, as instalações autoritárias não ocorrem apenas pela força, mas também pelo consenso. O direito à cidadania antecede os interesses e os desinteresses de cada um. Assim como qualquer um, sou cidadão de direito e reivindico sê-lo de fato. Portanto, não pode haver consenso algum na aplicação de uma lei que autorizará a prática claramente excludente, não importando de que natureza esta lei seja.
Se os homossexuais querem respeito, devem também se dar ao respeito e respeitar as diferenças contidas na rede social.
Viva a liberdade! Abaixo a intolerância, seja ela de que natureza for!
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