CAPÍTULO
14 Livro do Apocalipse de John Wesley
1. E vi sobre o Monte Sião – Sião celestial.
Cento e quarenta e quarto mil –
Quer aqueles de toda a humanidade que tinham sido os mais eminentes santos, ou
os mais santos das doze tribos de Israel, as mesmas que foram mencionadas em (capítulo 7:4) "E ouvi o número dos assinalados, e
eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos
de Israel"; e, talvez, também (capítulo 16:2) "E foi o primeiro, e derramou a sua
taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o
sinal da besta e que adoravam a sua imagem".
Mas eles estavam, então, no
mundo e foram selados em suas testas, para preservá-los das pragas que deveriam
se seguir. Eles estão agora em segurança, e têm o nome do Cordeiro e de seu
Pai, escrito em suas testas, como sendo agora, a inalienável propriedade de
Deus e do Cordeiro. Esta profecia freqüentemente introduz os habitantes dos
céus, como um tipo de coro com grande propriedade e elegância. A igreja acima,
fazendo reflexões aceitáveis sobre os grandes eventos que estão previstos neste
livro, serve grandemente para levantar a atenção dos cristãos verdadeiros, e
ensinar-lhes quanto à sublime preocupação que eles têm neles. Assim, a igreja
da terra é instruída, animada e encorajada, através da disposição de
sentimentos e devoção da igreja no céu.
2. E eu ouvi um som do céu – Ecoando mais e mais claro:
primeiro, a uma distância, como o som de muitas águas e trovões; e, mais tarde,
estando mais perto, foi como os harpistas tocando suas harpas. Soou vocal e
instrumentalmente, de uma só vez.
3. E eles – Os cento e quarenta e quarto mil – Cantam uma nova
canção – e ninguém poderia aprender aquela canção – Para cantar e tocar daquela
mesma maneira.
Mas os cento e quarenta e quarto
mil que estavam redimidos da terra – De entre os homens; de todo pecado.
4. Esses eram aqueles que não tinham sido corrompidos com
mulheres – Parece que a mais profunda perversão e a tentação mais fascinante
são afirmadas por todas as outras.
Eles são virgens – Almas
imaculadas; tais que têm preservado pureza universal.
Esses são aqueles que seguiram o
Cordeiro – Que estão mais perto dele. Esta não é a característica deles, mas
sua recompensa. Os primeiros frutos – Dos espíritos glorificados. Quem
ambiciona ser deste número?
5. E em suas bocas
não for a encontrada culpa – Parte para o todo. Nada inverídico, indelicado,
impuro.
Eles estão sem falta – Têm preservado
inviolada uma pureza virgem, ambos da alma e do corpo.
6. E eu vi um outro anjo – Um segundo é mencionado, verso 8; um
terceiro, verso 9 (Capítulo 14:8-9) "E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu,
caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do
vinho da ira da sua prostituição. E
seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e
a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão". Esses
três denotam os grandes mensageiros de Deus com seus assistentes; três homens
que trazem mensagens de Deus para os homens. O primeiro exorta a temer e adorar
a Deus; o segundo proclama a queda a Babilônia; o terceiro adverte, concernente
à besta. Felizes são eles que fazem o uso correto dessas mensagens divinas!
Fugindo – Seguindo em frente rapidamente.
No meio do céu – Transversalmente,
em largura
Tendo um Evangelho eterno –
Nenhum Evangelho, propriamente assim chamado, mas um evangelho, ou mensagem
alegre que deveria ter uma influência sobre todas as épocas.
Para
pregar a toda a nação, e tribo, e língua, e pessoas – Tanto judeus, quanto
gentios, até mesmo, onde a autoridade da besta tivesse se estendido.
7. Temer a Deus e dar glória a ele; porque a hora de seu
julgamento é vinda – A mensagem alegre é propriamente esta, de que a hora do
julgamento de Deus é vinda. E, conseqüentemente, esta admoestação é esboçada:
Tema a Deus e dê glória a ele. Aqueles que fazem isto, não adoram a besta, nem
alguma imagem ou ídolo quaisquer que sejam.
E adoram a ele que o fez – Por
meio do qual, ele é absolutamente distinguido dos ídolos de todo o tipo.
O céu, e terra, e mar, e fontes
de água – E eles que adoram a ele, deverão ser libertos, quando os anjos
derramarem seus frascos sobre a terra, mar, fontes de água, sobre o sol, e no
ar.
8. E um outro anjo se seguiu, dizendo: Babilônia caiu – Com a
derrota da Babilônia, a que de todos os inimigos de Cristo, e,
conseqüentemente, dos tempos felizes, estão ligados.
Babilônia,
a grande – Assim a cidade de Roma é chamada em muitos relatos. Babilônia foi
magnífica, forte, orgulhosa, poderosa. Assim também é Roma; Babilônia,
primeiro; Roma, mais tarde, foram a residência dos imperadores do mundo. O que
a Babilônia foi para Israel do passado, Roma tem sido ambos para o "Israel de Deus", literal e
espiritual. Conseqüentemente, o livramento dos judeus antigos estava ligado com
a destruição do Império Babilônico. E, quando Roma for finalmente destruída,
então, o povo de Deus estará em liberdade. Sempre que Babilônia for mencionada,
aqui neste livro, o grande é acrescentado, para nos ensinar que Roma, então,
principiou a Babilônia, quando ela iniciou uma grande cidade; quando ela tragou
a monarquia grega e seus fragmentos; Síria, em especial; e, em conseqüência
disto, obteve domínio sobre Jerusalém, por volta de sessenta anos antes do
nascimento de Cristo. Então, ela começou. Mas ela não cessará de ser Babilônia,
até que finalmente seja destruída. Sua grandeza espiritual começa no quinto
século, e aumenta de época em época. Parece que ela virá para sua altura
extrema, exatamente antes de sua destruição final. Sua fornicação é sua
idolatria; invocação de santos e anjos; adoração de imagens; tradições humanas,
com toda aquela pompa exterior, sim, e aquele zelo feroz e sanguinário, no qual
ela pretende servir a Deus. Mas com fornicação espiritual, como alhures, assim,
em Roma, fornicação carnal é juntada abundantemente. Testemunha a confusão lá, permitida pelo Papa,
que não são ramos inconsiderados de sua fonte de renda. Isto é adequadamente
comparado ao vinho, devido à sua natureza tóxica. Deste vinho, ela tem, de
fato, feito todas as nações beberem – Mais especificamente, por suas recentes
missões. Nós podemos observar, que o fazê-las beber deste vinho, não é afirmado
da besta, mas da Babilônia. Porque a própria Roma, as inquisições,
congregações, e jesuítas romanos, continuamente propagam as doutrinas e
práticas idólatras, com ou sem o consentimento deste ou daquele Papa, que, ele
próprio, não está seguro da condenação delas.
9. E o terceiro anjo se seguiu – A nenhuma grande distância de
tempo.
Dizendo:
se alguém adorar a besta selvagem – Esta adoração consiste parcialmente na
submissão interior, uma persuasão de que todos que estão sujeitos a Cristo
devam ser submissos à besta ou eles não receberão as influências da graça
divina, ou como eles expressam isto, não haverá salvação fora da igreja deles;
parcialmente, em uma reverência exterior adequada à própria besta, e,
conseqüentemente à sua imagem.
10. Ele deverá beber – Com a Babilônia. (capítulo 16:19) "E os
homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que
tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem
glória".
E será atormentado - Com a besta (capítulo 20:10) "E o diabo, que os enganava, foi lançado
no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de
noite serão atormentados para todo o sempre". Em todas as Escrituras não existe outra ameaça tão terrível, quanto
esta. E Deus, através deste temor maior arma seus servos contra o temor da
besta.
A ira de Deus, que é derramada
sem mistura – Sem alguma mistura de misericórdia; sem esperança.
No cálice de sua indignação – E a
ira verdadeira não está implícita em tudo isto? Ó, o que até mesmo os homens
sábios não afirmarão, para servir como hipótese!
11. E a fumaça – Do fogo e enxofre, em que eles são
atormentados.
Ascende
para sempre e sempre – Deus garante que tu e eu nunca possamos testar deste
tormento, severo, e de eternidade literal!
12. Aqui a perseverança dos santos – Vista, no suportar todas as
coisas, preferivelmente do que receber esta marca.
Quem
mantém os mandamentos de Deus – A característica de todos os santos
verdadeiros; e, particularmente do grande mandamento para crer em Jesus.
13. E eu ouvi uma voz – Esta é mais ocasionalmente ouvida,
quando a besta está em seu poder e fúria mais alta.
Dos
céus – Provavelmente de um santo morto.
Escreva
– Ele foi, a princípio, ordenado a escrever todo o livro. Quando quer que isto
seja repetido, denota alguma coisa peculiarmente observável.
Feliz são os mortos – Doravante,
especificamente:
1º. Porque eles
escaparam da aproximação das calamidades:
2º. Porque eles já
desfrutam de tão perto aproximação da glória.
Que morrem no Senhor – Na fé do
Senhor Jesus.
Porque eles descansam – Nenhuma
dor; nenhum purgatório se segue; mas a pura, e sem mistura, felicidade.
Porque seus trabalhos – E quanto
mais trabalhosa suas vidas foram, mais doce é o descanso deles. Quão diferente
deste estado daqueles dos que "não
descansam dia e noite!" (capítulo 14:11) "E
a fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia
nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal
do seu nome". Leitor, qual será tua escola?
A obra deles – Cada uma das obras
peculiares.
Seguem – Ou os acompanham; ou
seja, os frutos de suas obras. Suas obras não seguem, antes de conseguir para
eles, admissão nas mansões de alegria; mas elas os seguem, quando admitidos.
14. Nos versos seguintes, sob o sinal de uma colheita e uma
vindima, estão significadas suas visitações gerais; na primeira, muitos bons
homens são levados da terra, através da colheita; então, muitos pecadores,
durante a vindima. O último é completamente uma visitação penal; a primeira
parece ser totalmente graciosa. Aqui não existe referência, em ambas, ao dia do
julgamento, mas a uma época que não pode estar longe.
E vi uma nuvem branca – Um sinal
de misericórdia.
E sobre a nuvem, sentado alguém
como filho do homem – Um anjo na forma humana, enviado por Cristo, o Senhor de
ambas, da vindima e da colheita.
Tendo uma coroa de ouro em sua
cabeça – Como toque de sua alta dignidade.
E uma foice afiada em sua mão – O
mais afiado bem-vindo para o justo.
15. E outro anjo saiu do templo – "Que está no céu", (capítulo
14:17) "E saiu do templo, que
está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda". De onde
procedem os julgamentos de Deus nas épocas indicadas.
16. Clamando – Pelo comando de Deus.
Confiando
na foice, porque a colheita é propícia – Isto implica um grau maior de
santidade naqueles bons homens e um desejo sincero de estarem com Deus.
18. E outro anjo do altar – Das oferendas queimando; de onde os
mártires clamaram por justiça.
E tinha poder sobre o fogo – Como
"o anjo das
águas" tinha sobre a água, (capítulo 16:5) "E ouvi o anjo das águas, que dizia:
Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas
coisas".
Clamaram, dizendo: Cortem fora os
cachos da videira da terra – Todos os maus são considerados como constituindo um
só corpo.
20. E o lagar do vinho foi pisoteado – Pelo Filho de Deus (capítulo 19:15) "E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as
nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do
vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso".
Sem a cidade – Jerusalém. Eles a
quem João escreve, quando um homem diz: "A cidade", imediatamente
entendeu esta.
E o sangue jorrou do lagar, até
mesmo nas rédeas dos cavalos – Tão profundo, é o seu primeiro fluir do lagar de
vinho. Mil e seiscentos "furlongs"; o que equivale a 201,17 m (1/8 de
milha) – Tão distante! Pelo menos, duzentas milhas, através de toda a terra da
Palestina.
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