Em uma época em que a Teologia da Prosperidade e sua progenitora, a Confissão Positiva, prosperam no meio evangélico, é comum encontrarmos ainda crentes que se questionam se é realmente possível um cristão genuíno, um homem ou uma mulher de Deus, sofrer enfermidades. Entretanto, as Sagradas Escrituras são claras quanto a isso: Sim, é mais do que possível. É natural.
O livro de Jó, por exemplo, trata dessa questão. A Bíblia diz que Jó era um homem "sincero, reto e temente a Deus" e que "desviava-se do mal" (Jó 1.1), mas foi ferido por uma chaga maligna (Jó 2.7). Ademais, o pecado de seus três amigos — Elifaz, Bildade e Zofar — consistia exatamente em atribuir as enfermidades e todos os demais males que sobrevieram a Jó a um suposto pecado oculto do patriarca, porque, na teologia equivocada deles, um crente realmente "sincero, reto e temente a Deus" e que "desviava-se do mal" não poderia, de forma alguma, ser atingido por tais calamidades. Como sabemos, eles estavam absolutamente errados. Mesmo assim, ainda hoje, a despeito do testemunho bíblico, a teologia dos amigos de Jó ainda é muito influente entre muitos cristãos.
Muitas outras passagens bíblicas condenam esse erro popular. Podemos citar também, por exemplo, Salmos 34.19, que assevera não apenas que os justos sofrem, mas que "muitas são as aflições do justo".
Sim, o justo sofre muitas aflições, e o cristão sincero sabe disso não apenas porque a Bíblia o diz, mas também por sua própria experiência. E o fato de a sequencia do texto supracitado no livro de Salmos afirmar que "o Senhor o livra de todas" obviamente não quer dizer que, na prática, o justo não seria realmente afligido quando do advento da provação — caso contrário, o salmista Davi estaria se contradizendo na mesma frase. Na verdade, o que Davi está afirmando claramente é que, em cada provação do justo, o Senhor certamente estará com ele preservando-o, guardando-o, fortalecendo-o, animando-o e dando-lhe vitória. Ou seja, o justo nem sempre se verá livre de experimentar alguma aflição — aliás, como sabemos, "muitas são as aflições do justo" —, porém, vindo ele a experimentar a aflição, Deus certamente estará ao seu lado para fazer com ele a supere e vença.
No Novo Testamento, o próprio Jesus, respondendo aos seus discípulos no episódio da cura do cego de nascença, se opôs a essa teologia absurda de que todo tipo de sofrimento seria resultado direto de um pecado pessoal (Jo 9.1-5). Cristo também disse que, neste mundo, mesmo se formos fiéis a Ele, vivenciaremos aflições (Jo 16.33).
Os apóstolos sofreram várias provações (At 4.1-3; 5.40; 12.1,2; 2 Co 11.24-28; Ap 1.9) mesmo sendo fiéis discípulos de Cristo; e o próprio apóstolo Paulo, que foi um dos maiores apóstolos, padecia constantemente com o que ele descreveu como sendo um "espinho na carne" (2 Co 12.7). E o que dizer de outros grandes cristãos da história e de muitos cristãos sinceros de hoje, que sofreram e sofrem adversidades apesar de sua fidelidade a Deus?
O que a Bíblia Diz sobre os Efeitos da Obra de Cristo em nosso Corpo
A Bíblia afirma que as enfermidades, assim como a morte e o sofrimento de forma geral, só passaram a existir no mundo por causa da entrada do pecado no universo. Ela é clara quanto a isso (Gn 3.16-19). A luz das Escrituras, o sofrimento faz parte da realidade a qual estamos sujeitos aqui e da qual, mesmo sendo filhos de Deus, não poderemos nos desvencilhar enquanto estivermos vivendo sob as limitações naturais deste mundo decaído e de nossos corpos imperfeitos. A Palavra de Deus é categórica ao afirmar que, enquanto estiver neste mundo, o cristão pode e deve ter seu espírito renovado a cada dia em Cristo, mas o seu corpo continuará sujeito à "corrupção" (1 Co 4.16) — isto é, a enfermidades e envelhecimento. Falando de forma bem clara: por mais saudável e fortalecido espiritualmente que o crente possa estar, isso não o tornará imune a enfermidades na Terra.
Mas alguém pode se perguntar: "Se o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado, o sacrifício de Cristo não deveria também redimir os nossos corpos, que foram afetados pela Queda?" Sim, e o faz. E o que a Bíblia chama de "redenção do nosso corpo" (Rm 8.23), quando nossos corpos não estarão mais sujei-los a enfermidades, envelhecimento, morte, limitações e destruição, pois serão glorificados. Porém, as Escrituras asseveram que essa redenção não ocorre durante a nossa vida terrenal. Ela não vem imediatamente após termos aceitado Jesus como Senhor e Salvador, mas acontecerá apenas por ocasião da Segunda Vinda de Jesus (1 Co 15.51-55).
Entretanto, à luz das Sagradas Escrituras, se o fato de termos sido perdoados e aceitos por Deus através de Cristo não implica isenção de enfermidades e adversidades na Terra, o estar em Cristo nos dá poder para suportar, superar e vencer as aflições desta vida (Rm 8.35-39; 2 Co 4.8,9) com o auxílio do Espírito Santo (Rm 8.26).
Nas Escrituras, vemos que Deus nunca prometeu a seus filhos uma viagem tranquila, mas, sim, uma chegada em segurança. Essa verdade é ressaltada, por exemplo, pelo próprio Senhor Jesus no célebre texto de João 16.33: "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". Ao dizer "no mundo tereis aflições", o Mestre está assegurando que a viagem terá turbulências; e ao concluir com a afirmação "... mas tende bom ânimo, eu venci o mundo", Ele assevera a nossa chegada em segurança.
Portanto, como filhos de Adão, estamos sujeitos a enfermidades aqui, na Terra; mas, como filhos de Deus por adoção através de Cristo, sabemos que nunca mais estaremos sujeitos a elas na Eternidade (Ap 21.2-5). Daí decorre que se algum cristão reivindica diante de Deus uma vida sem sofrimento e enfermidades neste mundo baseado no fato de ter sido salvo em Cristo, está simplesmente pedindo algo impossível. Mas, não só isso: está esquecendo também a razão por que foi salvo. Ele quer transformar a Terra em céu, quando Jesus não morreu na cruz para transformar a Terra em um Paraíso ou para que o crente se acomode confortável e incolumemente neste mundo. Este mundo decaído não é e nem poderá ser o céu. Ele e tudo o que nele há serão um dia destruídos por Deus (2 Pe 3.7-11).
Não por acaso, a Bíblia dá a entender que uma das m/Ws por que o Senhor permite sofrimentos na vida dos seus filhos, em vez de suspender sempre as dores, é justamente para fazê-los lembrar de sua condição na Terra como peregrinos; para fazê-los recordar que não devem ficar presos às coisas passageiras desta vida, aos prazeres e à realidade terrenos, como se seu destino final fosse aqui. O cristão deve apegar-se ao céu, que é o seu real e eternal destino como salvo em Cristo. Sobre isso, escreve Paulo: "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. Sabemos que, se a nossa casa terrestre deste tabernáculo se desfizer, temos da parte de Deus um edifício, casa não feita por mãos, eterna, nos céus. E, por isso, neste tabernáculo, gememos, aspirando por sermos revestidos da nossa habitação celestial" (2 Co 4.17-5.2).
Teologias espúrias e antibíblicas como a Teologia da Prosperidade não só distorcem a Bíblia para fazê-la prometer o que ela não promete, enganando e frustrando crentes, como também criam crentes mimados e materialistas, com uma mentalidade absolutamente terrena, que se esquecem por que foram salvos. Não fomos salvos para não passarmos mais provações na Terra, como se a nossa vida se resumisse a este mundo, como se a nossa história neste chão fosse tudo o que temos. Fomos salvos para a glória de Deus e, por isso, nosso destino final é o céu. Portanto, enquanto estamos aqui, devemos centrar nossas vidas não em benesses terrestres, mas em como servir melhor a Deus e ao nosso próximo neste mundo, pois devemos viver aqui tendo sempre como perspectiva o céu (Mt 6.19-21).
É errado desejar e pedir a Deus bênçãos materiais? Claro que não. Inclusive, o Senhor promete conceder-nos bênçãos na Terra, mas sempre segundo a sua soberana e perfeita vontade. E essas bênçãos nunca devem ser vistas como fins em si mesmas (Jo 6.26,27) e nem como se fossem a tônica da vida cristã, mas como bônus, como "as demais coisas" que nos são "acrescentadas" (Mt 6.33). Da mesma forma, Deus também promete curar enfermidades por meio de nossa oração (Mc 16.18), contudo isso não significa que nos curará de todas as enfermidades pelas quais oramos. O próprio Jesus disse que "havia muitas viúvas em Israel no tempo de Elias, quando o céu foi fechado por três anos e meio, e houve uma grande fome em toda a terra. Contudo, Elias não foi enviado a nenhuma delas, senão a uma viúva de Sarepta, na ref ião de Sidom. Também havia muitos leprosos em Israel no tempo de Eliseu, o profeta; todavia, nenhum deles foi purificado — somente Naamã, o sírio" (Lc 4.25-27).
Deus nos atende conforme a sua soberana vontade (1 Jo 5.14), que é perfeita (Rm 12.2), mesmo quando não a entendemos hoje (Jo 13.7).
Em síntese, e ao lume das Escrituras, o cristão deve estar ciente de que: (1) a enfermidade não é uma anormalidade na vida dos servos de Deus; (2) o Senhor ainda hoje cura enfermidades; (3) mas isso não significa que Ele curará todas as vezes que orarmos pedindo que o faça. A nós, cabe apenas pedir com fé, crendo em sua Palavra.
E o texto de Isaías 53.4,5?
Mas alguém ainda pode se questionar: "E o texto de Isaías 53.4,5? Ele não fala claramente que Cristo levou todas as nossas enfermidades?"
Há teólogos que respondem a essa questão interpretando o termo "enfermidades" nessa passagem como sendo exclusivamente uma referência a doenças espirituais decorrentes do pecado. Porém, tal explicação mostra-se tremendamente falha por duas razões: em primeiro lugar, em Mateus 8.16,17, o apóstolo Mateus associa claramente essas enfermidades mencionadas em Isaías 53 a enfermidades físicas; e em segundo lugar, o vocábulo hebraico traduzido como "enfermidades" ali é "holi", que se refere a enfermidades físicas e espirituais como um todo. Logo, quando o profeta Isaías, inspirado pelo Espírito Santo, afirma que Jesus levou na cruz nossas enfermidades, ele está aludindo tanto à enfermidade espiritual quanto à enfermidade do corpo, como o apóstolo Mateus exemplificou em seu Evangelho. Enfermidade física está no contexto dessa passagem.
Mas, então, por que a Bíblia nos diz que o cristão, mesmo sendo salvo em Cristo, ainda pode enfermar no seu corpo?
Ora, o texto bíblico assevera que Jesus levou sobre si os nossos pecados, mas isso não significa que, ainda na Terra, uma vez salvos, não temos mais a possibilidade de pecar. Da mesma forma, o mesmo texto bíblico declara que Cristo levou sobre si as nossas enfermidades, mas isso também não significa que, uma vez salvos, não temos mais a possibilidade de enfermar na Terra. Assim como o sacrifício de Cristo nos livra do poder do pecado, mas isso não quer dizer que perdemos a capacidade de pecar ou que nossa natureza pecaminosa deixou de existir após a nossa conversão a Cristo, assim também o sacrifício de Cristo concede a possibilidade de cura física, mas sem significar que, uma vez salvos em Cristo, não podemos mais sofrer enfermidades ou que Deus nos curará sempre de toda doença.
Outro ponto dessa mesma verdade é que, assim como na eternidade não teremos mais a possibilidade de pecar, pois nossa natureza pecaminosa terá sido destruída, também não teremos ficaremos doentes, pois teremos nossos corpos glorificados, como já abordamos.
Estar livre do domínio do pecado não significa impecabilidade, e direito à cura divina não significa nunca mais poder enfermar. Só que, indubitavelmente, o resultado final da obra da salvação em nossas vidas envolve a impecabilidade e o não mais enfermar.
Estamos sujeitos ainda a pecar porque até agora temos a natureza pecaminosa que herdamos da Queda. Da mesma forma, porque ainda temos esse nosso corpo cheio de limitações decorrentes da Queda, estamos sujeitos a enfermidades neste mundo.
As Origens das Enfermidades
As enfermidades podem ter sete procedências. Elas podem ser:
1) Decorrentes diretamente de comportamentos nossos
2) Resultado de fatores genéticos
3) Fruto, de forma geral, das circunstâncias naturais a que estamos sujeitos neste mundo
4) Resultado de ação maligna
5) Uma sentença divina
6) Ou um mal de origem psicossomática
7) Efeitos naturais do envelhecimento do corpo
Quando falamos de enfermidades decorrentes de comportamentos nossos, me refiro a abusos que cometemos em nossa alimentação ou em nosso estilo de vida e que, naturalmente, conduzem-nos a enfermidades. Se comemos muita gordura, se consumimos açúcar em demasia, se ingerimos sal além da conta, se praticamos atividades físicas excessivas, se forçamos demais o nosso corpo, se diminuímos nosso tempo de sono ou se lemos uma vida sedentária — sem falar de glutonaria, taba-1'ismo, alcoolismo ou promiscuidade sexual —, é óbvio que sofreremos enfermidades. A Bíblia diz que o nosso corpo é templo do Espírito Santo e que, portanto, devemos cuidar dele (1 Co 3.16,17). Caso contrário, ele certamente cobrará a "fatura".
Ao mencionarmos doenças resultantes de fatores genéticos, estamos aludindo a doenças ligadas à hereditariedade, quando a pessoa herda de seus pais a propensão para desenvolver uma determinada doença que foi vivenciada por seus progenitores. Há também o caso de doenças congênitas, que decorrem de uma série de problemas durante a formação do corpo humano no ventre materno.
Doenças resultantes de circunstâncias naturais a que estamos sujeitos neste mundo são as epidemias e os ferimentos em acidentes, por exemplo. Quanto às enfermidades de ação maligna, a Bíblia nos mostra várias casos (Mc 9.17; Lc 13.10-17). Nestes, todas elas podem ser debeladas expulsando a ação maligna da vida da pessoa sob a autoridade do nome de Jesus (Mc 16.17). Há também as doenças que são sentenças divinas (Dt 7.15).
As doenças psicossomáticas são as provocadas por problemas emocionais. Sabe-se que estresse, angústia, depressão e sentimento de culpa podem provocar queda de cabelo, irritações na pele, impotência, dores no corpo e até paralisia, dentre outros males. Nesses casos, o problema emocional deve ser tratado e, então, seus efeitos no corpo cessarão. Um psicólogo cristão ou, em muitos casos, até mesmo um pastor pode tratar alguém nessa situação. Aconselhamento espiritual, oração e meditação na Palavra de Deus são importantes nesse processo.
Finalmente, existem as doenças que são fruto do desgaste natural do corpo, isto é, efeitos naturais do envelhecimento.
Lembremo-nos ainda que Deus pode permitir determinadas doenças na vida de algumas pessoas para que seu nome seja, de alguma forma, glorificado na vida delas (Jo 9.3).
Como Lidar com as Enfermidades à Luz da Bíblia
Como o cristão deve lidar com as enfermidades?
Em primeiro lugar, o cristão deve ter em mente todas as verdades bíblicas que abordamos até aqui, reconhecendo que, infelizmente, enfermidades fazem parte da nossa vida neste mundo. Ele deve ter cuidado para não cometer a tolice de culpar a Deus pelos males que está enfrentando. As pessoas que não conhecem a Deus usam desse expediente costumeiramente em momentos de adversidade, como se nós, seres humanos, fôssemos merecedores de alguma coisa e Deus, injusto por permitir a adversidade.
Em segundo lugar, o cristão sincero deve estar consciente de que Deus pode curá-lo se houver fé em Jesus para cura (Êx 15.26; Lc 8.48; Hb 13.8; Mc 16.17,18; Jo 11.40), e que Ele pode fazê-lo ou imediatamente ou muito tempo depois de se buscar a sua presença pedindo um milagre. Mesmo depois de ter começado um tratamento, o crente pode continuar pedindo a cura. A mulher do fluxo de sangue se tratara com vários médicos e, nesse período, como judia crente em Jeová, cremos que buscara também a Deus, mas só foi curada anos depois, quando se encontrou pessoalmente com Jesus (Lc 8.43-48). É importante também que o crente que sentiu que recebeu de Deus a cura faça os devidos exames para comprová-la, para que possa corroborar diante de todos o seu testemunho de fé, que servirá para edificação dos demais irmãos, a evangelização dos não-crentes e a glorificação do nome do Senhor Jesus.
Em terceiro lugar, se o cristão encontra-se enfermo, deve procurar tratamento. Tal recomendação pode parecer muito óbvia, mas se faz necessária porque, infelizmente, há ainda crentes que pensam que tomar medicamentos e ir aos médicos são sinal de falta de fé. Terrível engano. Uma coisa é não ter fé e outra bem diferente é Deus não querer curar pela sua soberana vontade.
Constatada e diagnosticada a enfermidade, espera-se que o crente em Cristo peça primeiro a intervenção divina, mas se esta não acontecer, ele deve procurar naturalmente os médicos. Se oramos com fé pelo milagre e Deus não o concede naquele momento, devemos usar os métodos naturais de tratamento. O próprio Deus espera que o façamos. Jesus asseverou que os doentes precisam de médicos (Lc 5.31), e Deus também usa médicos para abençoar as pessoas. Um dos grandes cristãos da época da Igreja Primitiva era Lucas, um médico companheiro do apóstolo Paulo em suas viagens missionárias e biógrafo de Cristo, e que ficou conhecido como "o médico amado".
Se o médico nos recomenda medicamentos confiáveis para tratar determinada doença que estamos experimentando, devemos, claro, usá-los. A Bíblia diz que para o rei Ezequias ser curado de uma terrível e mortal enfermidade que acometeu a sua vida Deus fez com que o profeta Isaías o orientasse a usar um remédio natural (2 Rs 20.7; Is 38.21).
Em quarto lugar, o cristão deve aprender a confiar em Deus em meio à dor (SI 23.4; 91.1,2), lembrando das palavras do salmista: "O Senhor assiste no leito da enfermidade; na doença, tu lhe afofas a cama" (SI 41.3).
Em quinto lugar, as tribulações que experimentamos nos capacitam para ajudar outras pessoas em sofrimento, como nos ensinam as Sagradas Escrituras em 2 Coríntios 1.3,4: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados de Deus".
Devemos nos conscientizar de que Deus não está distante, não importa quão dolorosa seja a experiência que vivenciamos. Ele é amor e tem consolações tremendas para nos conceder em meio às dores que vivemos, e com as consolações com as quais somos consolados, Deus nos usará para consolar outros. Foi assim, por exemplo, com grandes nomes da história do cristianismo, como a compositora Charlotte Elliott, no século 19, e a escritora e conferencista Joni Eareckson Tada, em nossos dias, só para citar dois grandes exemplos.
Enfim, querido leitor, esteja certo de que Jesus cura! Inclusive, se você está padecendo de alguma enfermidade hoje, Ele pode curá-lo agora mesmo, se você crer nEle! Mas, se Ele não quiser fazê-lo, não se desespere. Saiba que, com certeza, Ele dará graça e poder para você enfrentar a adversidade e superá-la. Basta confiar nEle, buscar a sua presença e lançar-se rendido aos seus braços.
Não há consolação maior nem socorro mais perfeito do que os que encontramos no seio do nosso Deus e Pai.
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