Lição 1° O Valor dos Bons Conselhos

'Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel; 2 Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; 3 para obter o ensino do bom proceder,a justiça, o juízo e a equidade; 4 para dar aos simples prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso. 5 Ouça o sábio e cresça em prudência;
e o instruído adquira habilidade; 6 para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábios; 7 O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino. (Pv 1.1-7)

Desde criança somos ensinados a ouvir e atentar para os bons conselhos. Quem não se lembra, por exemplo, de uma máxima que ouviu na infância? Todas as culturas valem-se de parábolas, lendas, enigmas e máximas como veículo de transmissão dos seus valores morais, éticos e espirituais. Cresci ouvindo os mais velhos dizerem: Quem trabalha, Deus ajuda!; Mais vale uma andorinha na mão do que duas voando; Um homem prevenido vale por dez. Essas máximas sintetizam um saber popular responsável não somente pela transmissão de uma cultura, mas também funcionam como normas de conduta. “O povo, porém,não costuma escrever”, observa Ivo Storniolo, “mas reter na memória os seus achados’ de sabedoria. E por isso que resume tudo num versinho rimado, fácil de guardar de cor. Hoje em dia, os melhores lugares para encontrar a sabedoria popular são os para- choques de caminhões, os muros pichados, as portas e paredes de banheiros públicos, os joguinhos de adivinhação das crianças, os conselhos dos velhos, as piadas que correm de boca em boca etc. Tudo isso é um tesouro que revela a alma do povo, mostrando a compreensão que ele vai formando sobre a vida como resultado da sua experiência no mundo. É o que podemos encontrar no provérbio: Anel de ouro em focinho de porco é a mulher bonita, mas sem bom-senso (Pv 11.22).”1

A Bíblia como um livro cultural também é rica em provérbios, parábolas, enigmas e máximas. São pérolas usadas pelos autores bíblicos visando facilitar a transmissão cultural de uma verdade. Vale a pena destacar que esse recurso bíblico-literário não possui apenas seu valor cultural, mas também traz consigo a revelação da sabedoria divina. Muitos livros bíblicos são ricos nessas metáforas, mas o livro de Provérbios e Eclesiastes se sobressaem no uso desse recurso. Neste trabalho enfocaremos o que as obras de Salomão têm a revelar sobre esse assunto e assim podermos desfrutar do seu extraordinário valor para o viver diário.

Conhecendo os Provérbios

Autoria
Acerca da autoria de Provérbios, o expositor bíblico William MacDonald destaca: “Às vezes, o livro é chamado de ‘Provérbios de Salomão’, uma vez que a maioria deles foi escrito por esse rei sábio (1.1; 10.1; 25.1). Salomão formulou três mil provérbios (cf. 1 Rs 4.32), mas apenas algumas centenas deles foram agrupados sob a inspiração do Espírito Santo para fazer parte da Escritura Sagrada.O capítulo 30 apresenta as palavras ‘de Agur, filho de Jaque’ (30.1), e o capítulo 31 traz as palavras “do rei Lemuel” (31.1). Não sabemos quem são esses homens, embora alguns acreditem que se tratam de outros nomes de Salomão”.2

Data e Canonicidade

O escritor Antonio Neves de Mesquita, especialista em Antigo Testamento e hebraísta, observa que “os tradutores da Septua- ginta, em 280 a.C., já incluíram Provérbios na sua tradução, ao qual deram o nome de Paroimiai. Portanto, quase três séculos antes de Cristo, Provérbios era um livro acabado e reconhecido como inspirado”.3 Ainda de acordo com Mesquita, esse livro não provocou debate quanto à sua canonicidade: “Nunca houve entre os rabinos qualquer discussão quanto à sua canonicidade, e, sim, quanto à sua autoria, como aconteceu com Eclesiastes e outros. Portanto, é um livro que sempre foi considerado inspirado, e os judeus devem ser reconhecidos como a autoridade máxima nesse campo, pois era um livro da sua biblioteca sagrada”.4 As fontes mais confiáveis colocam a redação final desse livro após o cativeiro babilónico, visto ter sido nessa época que os judeus demonstraram um interesse sem igual por sua Bíblia.

Propósito

A finalidade do livro de Provérbios está declarada nos seis primeiros versículos do capítulo primeiro. Esses versículos nos revelam que o propósito do livro é produzir sabedoria e fazer com que seus leitores aprofundem-se mais ainda na verdadeira sabedoria. A leitura dessa introdução dos Provérbios feita pelo Sábio Salomão demonstra que a sabedoria é um conhecimento que pode ser aprendido, adquirido e aumentado se for corretamente ensinado. Os estudiosos de provérbios observam que o livro da sabedoria mostra o meio para se chegar a esse fim:“O meio para isso”, destaca Ivo Storniolo,“é o treinamento e a disciplina mental. Em segundo lugar notemos que esse treinamento visa duas coisas: o desenvolvimento mental (sensatez, habilidade, sagacidade, conhecimento, reflexão, saber) e o desenvolvimento moral (justiça, direito, retidão). Essas duas coisas, porém, caminham juntas, pois, na visão sapiencial, os erros não são pecados em razão das falhas morais, mas da falta de bom-senso e discernimento: quem erra é mais culpado pela idiotice do que pela maldade. O verdadeiro sábio, contudo, é, ao mesmo tempo, justo e reto”.5

A Sabedoria dos Antigos

Salomão e os sábios da antiguidade
O texto de 1 Reis 4.29-31, diz: “Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios. Era mais sábio do que todos os homens, mais sábio do que Etã, ezraíta, e do que Hemã, Calcol e darda, filhos de Maol; e correu a sua fama por todas as nações em redor”.

Por outro lado, o livro de Provérbios faz referência às “palavras dos sábios” (Pv 22.17; 24.23). Não há ainda um consenso sobre a real identidade desses sábios citados nestes textos, mas uma coisa fica clara — a todos eles Salomão superou em sabedoria.

As máximas contidas no livro dos Provérbios contém o pensamento salomônico sobre vários aspectos da vida. Para o escritor Earl D. Radmacher, a sabedoria do livro de Provérbios “se relaciona muito mais com o que nós chamamos de ‘sentido comum’. É uma maneira de entender o funcionamento do mundo. A questão não é tanto o que alguém sabe intelectualmente, mas como faz isso na prática. É uma verdade aplicada. E por isso que Provérbios abarca todos os acontecimentos do dia a dia, especialmente aqueles que envolvem interrogações morais e decisões que afetam o futuro.A pessoa sábia (heb. charam) evita a maldade e promove o bem, observando os demais e buscando uma linha de ação baseada nos resultados. Assim, os Provérbios não são unicamente promessas de Deus, também são observações e princípios acerca de como funciona nossa vida.6

Respondendo à pergunta: O que a sabedoria pode fazer por sua carreira, seus relacionamentos e sua vida pessoal? O escritor norte -americano Steven K. Scott, responde: “Eis algumas recompensas que, segundo Salomão, você pode esperar se seguir os seus conselhos: Sabedoria, prudência, capacidade de julgar, preservação e proteção, sucesso, mais saúde, vida mais longa, honra, abundância financeira, estima dos poderosos, elogios e promoções, independência financeira, confiança, força de caráter, coragem, conquistas extraordinárias, realização pessoal, ótimos relacionamentos, uma vida cheia de sentido, amor e admiração de outras pessoas e compreensão”.7

As Fontes da Sabedoria

A fonte da sabedoria popular
Embora não seja um consenso entre os intérpretes, mas parece não haver dúvidas de que Salomão se valeu de muitas máximas que circulavam nos seus dias. Isso de forma alguma pode ser considerado como um demérito para suas monumentais obras literárias. Não, de forma alguma. A obra The New Interpreters Dic- tionary ofthe Bible, destaca que há de fato muita semelhança entre o que disse o sábio hebreu com aquilo que escreveu Amenemope, um sábio egípcio que viveu muito antes de Salomão (1305-1080 a.C). Esse fato é claramente demonstrado quando se faz um paralelo entre as instruções de Amenemope e os Provérbios de Salomão 22.17—24.22. No entanto, a Escritura põe em destaque que a sabedoria de Salomão sobrepujava todo o saber dos seus dias, incluindo os egípcios que eram famosos pela grande sabedoria que possuíam (1 Rs 4.30).8 Salomão demonstra sabedoria quando faz uma adaptação dessa cultura popular para a sua própria cultura.

Nancy Declaissé-Walford, estudiosa dos Provérbios, mostrou em um artigo, o paralelo existente entre os Provérbios de Salomão e a Sabedoria do Antigo Oriente Próximo. Por exemplo, a Instrução de Amenemope, sábio egípcio (12° século) é muito semelhante à Provérbios 22.17—24.22, sugerindo alguns empréstimos de temas proverbiais comuns e os Provérbios. A Instrução de Amenemope começa com as palavras: “Dê ouvidos; Ouça as palavras; Dê seu coração para compreendê-las» (3.9,10) enquanto Provérbios 22.17, afirma: “Inclinai os vossos ouvidos, e ouvi as minhas palavras, e aplique a sua mente para o meu ensinamento”. Temas também abordados por ambos os documentos incluem o tratamento dos pobres (Pv 22.24; Instruções de Amenemope 11,13,14), o respeito pela tradição (Pv 23.10,11; Instruções de Amenemope 7,11-15), e como se comportar na presença de governantes (Pv 23.1-3; Instruções de Amenemope 13-18). Por outro lado, as Instruções Aramaicas “As palavras do Ahiqar” (Agur 7o e 5o Século a.C), dirigida ao “meu filho”, contém numerosas palavras e dá conselhos sobre a disciplina dos filhos semelhante a Provérbios 23.13,14 (Ahiqar 81,82).9

A sabedoria divina
A sabedoria divina levou Salomão a comentar praticamente a respeito de tudo o que há debaixo do sol: “Discorreu sobre todas as plantas, desde o cedro que está no Líbano até ao hissopo que brota do muro; também falou dos animais e das aves, dos repteis e dos peixes. De todos os povos vinha gente para ouvir a sabedoria de Salomão, e também enviados de todos os reis da terra que tinham ouvido da sua sabedoria” (1 Rs 4.33,34). Lendo o capítulo três do primeiro livro dos Reis descobrimos de onde vinha tanta sabedoria: 

Salomão amava ao Senhor, andando nos preceitos de Davi, seu pai; porém sacrificava ainda nos altos e queimava incenso. 4 Foi o rei a Gibeão para lá sacrificar, porque era o alto maior; ofereceu mil holocaustos Salomão naquele altar.5 Em Gibeão, apareceu o Senhor a Salomão, de noite, em sonhos. Disse-lhe Deus: Pede-me o que queres que eu te dê.6 Respondeu Salomão: De grande benevolência usaste para com teu servo Davi, meu pai, porque ele andou contigo em fidelidade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face; mantiveste-lhe esta grande benevolência e lhe deste um filho que se assentasse no seu trono, como hoje se vê.7 Agora, pois, ó Senhor, meu Deus, tu fizeste reinar teu servo em lugar de Davi, meu pai; não passo de uma criança, não sei como conduzir-me.8 Teu servo está no meio do teu povo que elegeste, povo grande, tão numeroso, que se não pode contar.9 Dá, pois, ao teu servo coração compreensivo para julgar a teu povo, para que prudentemente discirna entre o bem e o mal; pois quem poderia julgar a este grande povo? 10 Estas palavras agradaram ao Senhor, por haver Salomão pedido tal coisa.11 Disse-lhe Deus: Já que pediste esta coisa e não pediste longevidade, nem riquezas, nem a morte de teus inimigos; mas pediste entendimento, para discernires o que é justo;12 eis que faço segundo as tuas palavras: dou-te coração sábio e inteligente, de maneira que antes de ti não houve teu igual, nem depois de ti o haverá.13 Também até o que me não pediste eu te dou, tanto riquezas como glória; que não haja teu igual entre os reis, por todos os teus dias.14 Se andares nos meus caminhos e guardares os meus estatutos e os meus mandamentos, como andou Davi, teu pai, prolongarei os teus dias.15 Despertou Salomão; e eis que era sonho. Veio a Jerusalém, pôs-se perante a arca da Aliança do Senhor, ofereceu holocaustos, apresentou ofertas pacíficas e deu um banquete a todos os seus oficiais (1 Rs 3.3-15). Isso explica porque ninguém jamais conseguiu superar Salomão em sabedoria.

O Propósito da Sabedoria

Valores ético-morais e espirituais
Os seis primeiros versículos de Provérbios mostram com muita clareza que o propósito desse livro é o cultivo dos valores éticos-morais:

Provérbios de Salomão, filho de Davi, o rei de Israel. Para aprender a sabedoria e o ensino; para entender as palavras de inteligência; para obter o ensino do bom proceder, a justiça, o juízo e a equidade; para dar aos simples a prudência e aos jovens, conhecimento e bom siso. Ouça o sábio e cresça em prudência; e o instruído adquira habilidade para entender provérbios e parábolas, as palavras e enigmas dos sábio. (Pv 1.1-6)

O livro de Provérbios, portanto, é rico em ilustrações sobre o comportamento humano e sem dúvida procura trabalhar o caráter do homem. Mas como bem observou Derek Kidner, ele não é um álbum de retratos, nem um livro de boas maneiras: oferece uma chave à vida. “As amostras de comportamento que espalha diante das nossas vistas são aquilatadas, todas elas, por um único critério, que poderia ser resumido na pergunta: Isto é sabedoria ou estultícia?” Esta é uma abordagem que unifica a vida, porque se adapta aos campos mais corriqueiros tanto quanto aos mais exaltados. A sabedoria deixa a sua assinatura em qualquer coisa bem feita ou bem julgada, desde uma observação apropriada até o próprio universo, desde uma política sábia (que brota de uma introspecção prática) até uma ação nobre (que brota de uma introspecção prática). Noutras palavras, fica igualmente bem encaixada nos ambientes da natureza e da arte, da ética e da política, sem mencionar outros, e forma uma base única de julgamento para todos eles.10Por outro lado, as palavras: “O temor do Senhor é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino” (Pv 1.7, ARA), demonstram que a transmissão de valores espirituais estava na mente de Salomão quando escreveu este livro. Esse também é um princípio que o filho de Davi faz sobressair em Eclesiastes, livro também de sua autoria. Dessa forma observamos que Salomão demonstra que nenhuma moral-social se firma se não tiver valores morais e espirituais como princípio.

O valor espiritual dos Provérbios fica bem demonstrado no uso que nosso Senhor Jesus Cristo fez dos mesmos. Como bem observou Antonio Neves de Mesquita:

Jesus fez amplo uso dos ensinos de Provérbios na sua doutrinação prática. Muitas das suas parábolas estão calcadas em seus ensinos. Por exemplo, a parábola dos primeiros lugares, quando convidado para banquetes, está firmemente relacionada com Provérbios 25.6,7, onde se lê: não se glories no meio dos reis nem te ponhas no meio dos grandes, porque melhor é que te digam: sobe para aqui, do que seres humilhado diante do príncipe. A parábola do rico insensato está bem retratada em Provérbios 27. Jesus, na conversa com Nico- demos, parece, que copiou a palavra de Agur, filho de Jaqué em Provérbios 30.4, e quando se refere ao povo, dizendo que a sabedoria é justificada por seus filhos, está citando Provérbios no seu todo.11

A literatura sapiencial, representada neste capítulo pelos livros de Provérbios e Eclesiastes, revela que o temor do Senhor é o fundamento de todo o saber. Ninguém pode ser considerado sábio de fato se os seus conselhos não revelam princípios do saber divino. Um sábio não é alguém dotado apenas de muita informação ou inteligência, mas alguém que aprendeu que o temor do Senhor é a base de toda moral-social. 

(texto extraído do livro Pastor Jose Gonçalves Sábios Conselhos Para Um Viver Vitorioso (CPAD, 2013). 

Notas

1 STORNIOLO, Ivo. Como Ler o Livro dos Provérbios — a sabedoria do povo. 4a Ed., São Paulo: Paulus, 2008.
2 MACDONALD, William. Comentário Bíblico Popular — versículo por versículo. São Paulo: Mundo Cristão, 2010.
3 MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no Livro de Provérbios — princípios para uma vida feliz. Rio de Janeiro: JUERP, 1979.
4 Idem.
5 STORNIOLO, Ivo. Como Ler o Livro dos Provérbios — a sabedoria do povo. São Paulo: Paulus, 2008.
6 RADMACHER, Earl. Nuevo Comentário Ilustrado de La Biblia. Nashville, EUA: Thomas Nelson, 1999.
7 SCOTT, K. Steven. Salomão, o homem mais rico que já existiu — sabedoria da Bíblia para uma vida plena e bem- sucedida. Rio de Janeiro: Sextante, 2008.
8 Ao comentar sobre as Instruções de Amenemope, a obra O Novo Dicionário dos Intérpretes da Bíblia, observa: “Embora vários manuscritos preservem este pedaço da literatura sapiencial egípcia como tendo sido produzida a partir de uma data posterior, todavia ela foi provavelmente composta entre a 19a e 20a dinastias (cerca 1305-1080 a.C). Essas instruções mostram como se um pai estivesse ensinando seu filho, trazendo vida e bem -estar para aqueles que os seguem. Tem paralelos nas “palavras de sabedoria” (Pv 22.17 — 24.22). Os estudiosos muitas vezes mostram a relação literária entre esses dois trabalhos ao mesmo tempo em que debatem a natureza exata desse relacionamento.No entanto, a maioria vê o material de Provérbios 22.17 — 24.22, como tendo sido tirado das Instruções de Amenemope” (KEVIN A. Wilson, in The New Interpreter’s Dictionary of the Bible, vol 1A-C, Abingdon Press, Nashville, USA, 2006. Tradução livre do autor).
9 DECLAISSÉ-WALFORD, Nancy. In The New Interpreter’s Dictionary of the Bible. Vol 4, Me-R. p. 353,354. Nashville, EUA: Abingdon Press, 2008.
10 KIDNER, Derek. Provérbios — introdução e comentário. São Paulo: Editora Vida Nova, 2008.
11 MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no Livro de Provérbios — princípios para uma vida feliz. Rio de Janeiro: JUERP, 1979.

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