Não é fácil receber críticas, no entanto, alguém disse certa vez que só duas coisas são certas na vida: a morte e os impostos. Gostaria de acrescentar um terceiro ingrediente: a crítica. Ninguém escapa dela, e não raramente nossa carreira, estabilidade emocional e felicidade dependem da forma como as pessoas nos avaliam.
Mark Twain afirmou que um elogio era capaz de lhe sustentar emocionalmente um mês inteiro. Certamente isto é uma grande verdade e deveríamos encorajar mais as pessoas, mas tenho aprendido também o contrário: Críticas podem ter um efeito devastador em nossas vidas, dependendo da hora, situações e de quem as recebemos. Para aqueles que dependem constantemente da apreciação dos outros, uma avaliação positiva ou negativa é a linha que determina o humor e auto-imagem.
Veja o que disse o grande estadista Abraham Lincoln: “Se eu fosse tentar ler, ou mesmo responder a todos os ataques que me foram feitos, esta loja teria de ser fechada para qualquer outro negócio. Eu faço o melhor que sei, o melhor que posso. Se tudo me sair certo no fim, o que foi dito de mim nada significará. Se no fim der errado, 10 anjos jurando que eu estava certo não fariam diferença”.
Norman Vincent Peale fala da crítica em três níveis: Emocional, Racional e Objetivo. Os argumentos abaixo são de sua autoria, eu apenas os compilei.
O nível emocional é o mais difícil, porque a crítica é um ataque direto ao nosso amor-próprio. Mexe com nossa auto-estima e por isto facilmente reagimos com ressentimento e raiva, mas esta reação nos torna ainda mais vulneráveis, e nos envenena. Uma maneira de acalmar as emoções é lembrar que grandes líderes sempre são criticados.
O segundo nível é o racional. Examinar a crítica objetivamente. As coisas desagradáveis que nos dizem nos levam a pensar, ao passo que as coisas boas apenas nos fazem ficar contentes. Perguntemos se existe alguma verdade na crítica. Cuidado com a justificação de si mesmo. Examinemos ainda as qualificações e motivações de nosso crítico. Ele é bem conceituado e sincero? Um silêncio digno é muitas vezes a melhor resposta para a calúnia.
No nível prático, lembremos que a crítica é uma espada de dois gumes, e frequentemente é o gume envenenado que corta a pessoa que a maneja. O mexerico nada mais é que uma crítica causada pelo ciúme ou a insegurança. Críticos são muitas vezes pessoas mesquinhas e infelizes, tentando disfarçar sua própria inércia apontando os defeitos dos outros. “É mais fácil ser crítico do que ser correto” (Disraeli). A nossa melhor defesa é manter altos os nossos padrões morais. Viver sem necessidade de mentir ou fingir.
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