A Igreja deixou de ser localizada apenas em Jerusalém, passando pela Judeia e Samaria, e começou a se deslocar para “os confins da terra” (At 1.8). As “igrejas de Deus” sofriam a perseguição e se espalhavam por vários lugares (1 Ts 2.14). A conversão do fariseu Saulo, no caminho de Damasco, fez dele um dos maiores evangelistas de todos os tempos. Em suas viagens missionárias, muitas igrejas foram abertas, inclusive na Europa. Em consequência, as igrejas necessitavam de líderes, que orientassem os crentes acerca do evangelho, da organização, do desenvolvimento e da maneira de viver dos novos grupos de cristãos.
Os apóstolos, como verdadeiros evangelistas e missionários, não podiam ficar radicados num só lugar. Uns tinham que se dedicar “à oração e à palavra” (At 6.4). Outros precisavam sair evangelizando, mas o crescimento da obra exigia mais pessoas para ajudá-los. Assim, com o passar dos anos, foram surgindo crentes de mais idade, que demonstravam condição para cuidar dos mais novos convertidos. A boa semente do evangelho frutificava em vários lugares, e os líderes da Igreja (pertencentes ao Colégio Apostólico) tomaram providências para que, em cada cidade, fossem estabelecidos líderes locais para cuidarem do rebanho.
Barnabé e Saulo foram encarregados de levar socorro aos irmãos da Judeia, os quais o fizeram, entregando a ajuda “aos anciãos” (At 11.30). Havia uma grande fome naquela região e os líderes, com sabedoria, não mandaram a ajuda de qualquer forma. Enviaram aos líderes da comunidade cristã. Em sua primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé chegaram a Icônio, foram perseguidos e saíram para listra, Derbe, Antioquia, Pisídia e por muitas outras cidades. Eles fizeram excelente trabalho missionário, fundando muitas igrejas por onde passavam. E as multidões de crentes precisavam ser discipuladas.
Aquela altura da expansão da Igreja, não havia ainda um ministério organizado como conhecemos hoje, com pastores, evangelistas, mestres, presbíteros e diáconos, de forma bem definida e até impropriamente hierarquizada. Por isso, os discípulos mais antigos, e de mais idade, eram designados para cuidar de cada igreja. Eram os anciãos, que iam sendo escolhidos para serem superintendentes, supervisores, ou bispos. Exortando os irmãos de Efeso, Paulo falou para os líderes daquela igreja: “Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue” (At 20.28 — grifo nosso).
Em sua carta a Tito, Paulo mostra que é um verdadeiro pastor e líder, chamado por Deus (1 Co 1.1; G1 1.1), e tem cuidado das igrejas que fundou em suas viagens missionárias. E diz para seu discípulo: “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei” (Tt 1.5). De acordo com o entendimento da época, a igreja local deveria ter à frente um obreiro experiente e de mais idade. Que fosse um ancião. Um jovem obreiro pode ter muito conhecimento bíblico e até muita unção de Deus. Mas a experiência só se consegue com o tempo, com o passar dos anos (Jó 32.7).
Ao longo dos séculos, a atividade do presbítero caracterizou-se pelo ministério de administrar as igrejas, bem como do ensino da Palavra. Sua função não é inferior à do pastor ou do evangelista. É atividade necessária para o bom ordenamento das atividades das igrejas locais. O presbítero é obreiro que colabora com o pastor da igreja, ajudando-o no cuidado do rebanho do Senhor Jesus Cristo.
I - A ESCOLHA E TRATO COM OS PRESBÍTEROS
1. SIGNIFICADO DE PRESBÍTERO
A palavra presbítero, em sua origem significa “Forma comparativa” depresbys (gr.), que tem o significado de “mais velho, como substantivo, uma pessoa mais velha; especialmente um membro do Sinédrio israelita (também figurado, membro do conselho celestial) ou um “presbítero” cristão — ancião, mais velho, “um título de dignidade” “Anciãos de igrejas cristãs, presbíteros, encarregados da administração e governo das igrejas individuais”. Equivale a “episkopos, supervisor, bispo. Também didaskolos, professor; poimén, pastor”.1
Nos primórdios da Igreja, o presbítero era “o pastor” local, fazendo parte de um grupo de obreiros, responsáveis pelo cuidado das novas igrejas que surgiam em decorrência da evangelização intensiva. O apóstolo Paulo, que também era pastor e presbítero, teve o cuidado de organizar a administração das igrejas por ele abertas em suas viagens missionárias. Escrevendo a Tito, seu discípulo, orientou-o quanto ao estabelecimento de presbíteros, nos diversos lugares, onde havia igrejas, indicando que eles seriam de fato os responsáveis pela liderança das novas igrejas.
2. A NECESSIDADE DOS PRESBÍTEROS
O crescimento das igrejas, como fruto da evangelização e do disci- pulado, exige a delegação de atividades a pessoas que tenham condições de liderar o rebanho do Senhor Jesus (Tt 1.5,7). Os pastores não podem abarcar tudo para si, sob pena de não darem conta das inúmeras responsabilidades que a igreja local requer. Como a referência a presbíteros, no NT, sempre é feita no plural “presbíteros”, “bispos” ou “anciãos”, dá a entender que, em geral, o presbítero não agia isoladamente, mas como um corpo de ministros, ou de líderes, que cuidava da igreja local. “Sempre são citados no plural, isto é, não é mencionada uma só igreja onde houvesse apenas um presbítero (At 11.30; 15.2,4,6; 20.17; Tg5.l4; 1 Pe 5.1).”2
Certamente, pela inexistência de pessoas qualificadas com o dom ministerial de pastor, havia a necessidade de uma liderança, formada por um grupo de irmãos mais idosos, para cuidar da igreja local. Entende-se, assim, que os presbíteros têm um ministério de grande importância, auxiliando os pastores, designados por Deus para apascentarem e cuidarem da Igreja do Senhor sob seus cuidados.
3. A ESCOLHA E AS QUALIFICAÇÕES
A missão do presbítero é de tanta importância que o Novo Testamento dedica vários textos a respeito das qualificações que se devem exigir dos obreiros que são escolhidos para essa função ministerial. Não é um “dom de Deus”, como já vimos no estudo sobre Efésios 4.11. Mas é um ministério, no sentido a que Paulo se refere, ao dizer que “há diversidade de ministérios” (1 Co 12.5).
“O papel dos oficiais da igreja era variável e flexível na época do Novo Testamento. Até o período patrístico primitivo 3, tais funções ainda não tinham sido padronizadas e regulamentadas”.4 Tendo em vista a origem do presbítero, como acentuado em item anterior, sua importância é indiscutível. E suas qualificações sáo das mais relevantes. Em sua escolha, segundo a Palavra de Deus, devem ser observadas algumas qualidades ou qualificações, com base no texto de Tito 1.6-9, que equipara o presbítero ao “bispo”'.
1) “Aquele que for irrepreensível”. O presbítero, ou bispo, deve ser uma pessoa de caráter cristão ilibado, íntegro, exemplar. Um “obreiro que não tem de que se envergonhar” (2 Tm 2.15).
2) “Marido de uma mulherSignifica que o candidato ao presbitério ou ao episcopado deve ser um homem fiel à sua esposa. O renomado comentarista Matthew Henry, em seu Comentário Bíblico sobre o Novo Testamento, diz sobre ser “marido de uma mulher” o bispo não deve ser bígamo, tendo duas ou três mulheres, “de acordo com a prática pecaminosa comum daquela época, por uma imitação perversa dos patriarcas”.5
3) Que tenha familia ajustada. Paulo dá destaque especial à criação dos filhos do presbítero ou bispo (cf. 1 Tm 3.4,5).
4) “Não soberbo”. E sinônimo de “arrogante, orgulhoso, presunçoso”. Um presbítero não deve ser orgulhoso. Quando Jesus, Mestre dos mestres, e “Sumo Pastor”, lavou os pés dos discípulos, quis dar uma grande lição aos pastores, e aos presbíteros ou bispos. E bom lembrar que cargo ministerial não é sinônimo de grandeza espiritual (1 Pe 5.5).
5) “Nem iracundo”. Uma pessoa iracunda é raivosa, colérica, furiosa. Um presbítero deve ser pessoa que sabe refrear seus impulsos emocionais. A ira é a pior opção para ser cultivada. Um iracundo perde os melhores amigos e afasta a muitos de seu convívio. Jesus oferece um curso de mansidão (Mt 11.29). Há vaga para todos.
6) “Nem dado ao vinho”. Ou seja: não dado a fazer uso de bebida alcoólica (ver Ef 5.18). Não deve beber vinho embriagante, nem ser tentado ou atraído por ele, nem comer e beber com os ébrios (Mt 24.49). (1) A abstinência total de vinho fermentado era a regra para reis, príncipes e juizes, no Antigo Testamento (Pv 31.4-7)/’ Não há necessidade de o presbítero, bispo ou pastor tomar vinho. Um suco de uva puro tem as mesmas propriedades terapêuticas que o vinho, exceto o teor alcoólico.
7) “Nem espancador”. Ou não violento, agressivo. O obreiro precisa ter o fruto da temperança ou do domínio próprio, para não dar lugar a seu temperamento agressivo. O servo de Deus não deve guiar-se por seu temperamento, mas pelo Espírito Santo (G1 5.16). Alguém pode espancar outro com palavras, ou ferir com agressões verbais ou psicológica (cf. Jr 18.18). Sempre houve pastores grosseiros, prepotentes, alguns que cometeram “assédio moral” contra pessoas a seu redor. Isso é reprovável sob todos os aspectos. O presbítero ou bispo deve ser ordeiro, humilde, de bom trato para com todos.
8) “Nem cobiçoso de torpe ganância”. A ganância por bens materiais ou pelo poder tem sido a causa de muitos escândalos e descrédito contra o ministério pastoral. O apóstolo Pedro deu a mesma exortação aos presbíteros (1 Pe 5.2).
9) “Mas dado à hospitalidade”. O bispo deve ser hospitaleiro (Hb 13.2). Um presbítero, bispo ou pastor deve ser uma pessoa acolhedora; que sabe receber bem, com cortesia e amabilidade, qualquer pessoa, em sua casa, na igreja, ou em qualquer lugar. Não deve ser grosseiro nem fazer acepção de pessoas (At 10.34; Tg 2.1, 9).
10) “Amigo do bem”. O presbítero deve ter o fruto do Espírito da “benignidade”, que é a qualidade daquele que se dedica a fazer o bem (SI 37.27; G16.9, 10). Quem faz o bem colherá os frutos do que semeou.
11) “Moderado”. É sinônimo de “comedido, prudente, contido”. O presbítero ou o bispo deve ser uma pessoa assim, sem afetação, sem exibicionismo; ter uma vida sem exagero, seja na vida ministerial, seja na vida pessoal; sem ser radicalista ou liberalista, evitando os extremos. Não deve ser precipitado no falar, no agir, mas deve ter autocontrole em suas atitudes e ações. Deve ter o fruto do Espírito da temperança (G1 5.22).
12) “Justo”. É sinônimo de “imparcial, isento, neutro, justiceiro". Ê qualidade indispensável ao líder. O Sumo Pastor nos guia “pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SI 23.3). O presbítero ou bispo, que apascenta as ovelhas do Senhor, deve ter o mesmo cuidado, de ser justo e não praticar qualquer ato de injustiça. Nunca usar os “dois pesos e duas medidas”.
13) “Santo”. É qualidade e condição indispensável para que uma pessoa seja salva. Ser santo é ser separado ou consagrado para Deus. Um líder tem o dever de zelar pela santidade. Para isso precisa estar sempre exercitando o processo da “santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14; 1 Pe 1.15).
14) “Temperante”. E qualidade de quem tem “temperança”, ou domínio próprio, autocontrole. Que sabe dominar seus impulsos e paixões, seja na área dos relacionamentos, na área afetiva, sexual, ou nos apetites carnais. O intemperante em qualquer área acaba prejudicando a si ou aos outros. O bispo ou presbítero precisa ser um exemplo na temperança.
Após enumerar as quatorze qualificações para a escolha de um presbítero ou bispo, Paulo diz a condição para que ele possa exercer sua nobre missão, de cuidar, zelar e alimentar o rebanho:
1) “Retendo firme a fiel Palavra, que é conforme a doutrina (1.9a)”. Para que todas as qualificações do ministro tenham valor é necessário que ele seja “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (1 Tm 4.12).
2) “Para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os contradizentes” (1.9b). Guardando ou retendo a “Fiel Palavra” de Deus, o líder tem autoridade para admoestar os que aceitam a “sã doutrina” e para “convencer os contradizentes”, ou opositores da liderança. Paulo sabia o que era esse tipo de gente (1 Tm 1.20; 2Tm 2.17; 4.14).
Para que as qualificações do presbítero ou bispo sejam completas, é interessante reunir as qualidades aqui estudadas com as da lista de Paulo a Timóteo, no capítulo 2.1-7. Uma complementa a outra.
II - Os DEVERES DOS PRESBÍTEROS (1 PE 5.1-4; TG 5.14)
A natureza e o significado honrosos do cargo ou da função do presbítero ou bispo lhe confere muitas responsabilidades. Seus deveres são inerentes às suas qualificações, como foi visto no item I, deste comentário. A seguir, resumimos alguns desses deveres, conforme indicam os textos bíblicos sobre o presbítero.
1. APASCENTAR A IGREJA
Os presbíteros, como pastores, na igreja local, têm o dever de alimentar o rebanho de Cristo, com a sã doutrina, que é o alimento puro, saudável e nutritivo para sua vida espiritual, social, moral, familiar, como cidadão do céu e da terra. O apóstolo Pedro exorta muito bem aos presbíteros quanto a esse dever primordial de sua missão: “Apascentai o rebanho de Deus que está entre vós...” (1 Pe 5.2a).
2. CUIDAR DO REBANHO
Diz Pedro aos presbíteros que devem apascentar “o rebanho de Deus”, “tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho” (1 Pe 5.2,3). Os cuidados pastorais com as ovelhas requer muita graça e capacidade, concedidas por Deus. O presbítero deve ter a consciência de que não é dono do rebanho. Ele cuida de ovelhas que pertencem ao Senhor Jesus e não a ele.
1) Não “por força”. Por isso, o presbítero, pastor ou bispo não tem o direito de usar “a força” ou o autoritarismo para dirigir a igreja local. Já ouvimos de obreiro que, aborrecido com alguma atitude de um ou outro crente, esbraveja, no púlpito: “Aqui, quem manda sou eu; quem quiser pode sair”. Esse tipo de comportamento revela um obreiro fracassado; que não tem autoridade nem competência para cuidar do rebanho de Deus. O líder cristão não deve agir “por força”, mas pelo poder do Espírito de Deus (cf. Zc 4.6).
2) “Mas voluntariamente”. O trabalho do presbítero deve ser voluntário, ou espontâneo. Não deve ser feito por obrigação imposta. Os obreiros que mais progridem em seus ministérios e as igrejas sob seu cuidado crescem são aqueles que o fazem por satisfação em servir. Quem serve voluntariamente enfrenta as lutas próprias do ministério, mas não sofre tanto desgaste quanto aqueles que executam as atividades “por obrigação”.
3) “Nem por torpe ganância”. Uma das qualificações do presbítero ou bispo é não ser “cobiçoso de torpe ganância” (Tt 1.7). E não ter apego “ao lucro desonesto”, ao uso indevido dos recursos financeiros da igreja que dirige.
4) “Mas de ânimo pronto”. Essa recomendação fala de disposição mental para servir à igreja, com prontidão. Deus chamou Davi para ser rei, porque, entre suas qualidades pessoais ele era “valente e animoso” (1 Sm 16.18). Uma das piores coisas para uma igreja é um obreiro desanimado, sem coragem, sem interesse em ver a obra crescer. Há obreiros que estão à frente de uma igreja, apenas para ter um emprego, uma fonte de renda. Não deve ser indicado para presbítero um obreiro sem ânimo.
5) “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus”. É um
terrível engano, quando o obreiro acha que é dono da igreja local. Jesus não chama o obreiro para que ele “mande” na igreja, mas para ser servo da igreja. Autoritarismo não faz parte da liderança cristã. A resposta de Jesus ao desejo de grandeza (Mt 20.21) foi uma lição eloquente para todos os líderes cristãos (Mt 20.25-28).
6) “Mas servindo de exemplo ao rebanho”. O presbítero ou bispo deve ser um líder. E o verdadeiro líder não é o que “manda”, mas o que vai à frente dos liderados. O Bom Pastor não manda as ovelhas irem à frente. Ela vai “... adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz” (Jo 10.4). O líder é o que influencia com seu exemplo as ovelhas e elas o seguem para o seu objetivo.
3. LIDERAR A IGREJA LOCAL
O presbítero ou bispo tem o dever de cuidar “da Igreja de Deus” (1 Tm 3.5). Para tanto, precisa saber “governar a sua própria casa” (1 Tm 3.4). Daí, deduz-se que um dos seus deveres é “governar” (cf. 1 Tm 5.17a) ou liderar a igreja local.
4. ENSINAR A IGREJA
O presbítero como homem mais experiente tem o dever de ser um ensinador na igreja local. “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina (1 Tm 5.17 — grifo nosso).
5. PRESERVAR A IGREJA CONTRA OS ERROS
Em todos os tempos, as igrejas foram alvo das heresias e dos falsos ensinos. Nos tempos presentes, não é diferente. Multiplicam-se como ervas daninhas os ensinos distorcidos, os modismos e as práticas estranhas à ortodoxia bíblica. O presbítero, como líder do rebanho, deve preservar a igreja local das investidas dos falsos mestres, “...retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina como para convencer os con- tradizentes” (Tt 1.9; 1 Tm 4.1).
6. UNGIR OS ENFERMOS
A unção com óleo é um ato de fé que acompanha a “oração da fé”, feita por homens de Deus, que, liderando a igreja local, ou auxiliando os pastores-líderes, atendem aos que se encontram enfermos, e oram por sua cura, “em nome de Jesus” (Mc 16.18c). Orar pelos enfermos e curá-los é sinal de fé para “os que crerem”, independente de serem obreiros regulares. Mas orar com unção com óleo é confiado aos presbíteros.
Conclusão
Os termos presbítero, bispo ou ancião são equivalentes, na organização eclesiástica neotestamentária. Os presbíteros ou bispos sempre formaram um corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para a edificação da igreja local, ao lado do pastor-líder do rebanho. Nas Assembleias de Deus, os presbíteros prestam excelente serviço, dirigindo as congregações, que se criam como fruto da evangelização. São eles que cuidam da execução das principais tarefas da Igreja, que são a evangelização e o discipulado. Por isso, devem ser bem selecionados e valorizados pela liderança eclesiástica.
6 CPAD. Bíblia de Estudo Pentecostal. Nota de 1 Tm 3.3: versão eletrônica.
4 ARRINGTON, French L. ; STRONDSTAD, Roger. Comentário bíblico Pentecostal — Novo Testamento, p. 1454.
5 HENRY, Matthew. Comentário bíblico — Novo Testamento, p. 727.
2 MENDES, José Deneval. Esboço de teologia pastoral, p. 76.
3 Período, “da doutrina elaborada pelos teólogos dos primeiros seis séculos desta era, conhecidos como os pais da Igreja”. Dicionário de Teologia, p. 202.
1 CPAD. Bíblia de Estudo Palavras-Chave, p. 2369. Nota 4245, Dicionário do Novo Testamento.
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