(1Tm 3.8-13) Depois de elencar as virtudes que devem ornar a vida do presbítero, o apóstolo Paulo passa a falar dos atributos do diácono (1Tm 3.8-13). Muitas das qualificações do diácono são as mesmas do presbítero. O diácono, diákonos, é o servo que coopera com aqueles que se dedicam à oração e ao ministério da palavra. Os primeiros diáconos foram nomeados assistentes dos apóstolos. Há dois ministérios na igreja: a diaconia das mesas (At 6.2,3) e a diaconia da palavra (At 6.4); a ação social e a pregação do evangelho.
O ministério das mesas não substitui o ministério da palavra, nem o ministério da palavra dispensa o ministério das mesas. Nenhum dos dois ministérios é superior ao outro. Ambos são ministérios cristãos que exigem pessoas espirituais, cheias do Espírito Santo para exercê-los. A única diferença está na forma que cada ministério assume, exigindo dons e chamados diferentes. Que são as qualificações do diácono?
Em primeiro lugar, o diácono precisam ser um homem respeitável (1Tm 3.8a).“Semelhantemente, quanto a diáconos, é necessário que sejam respeitáveis…”. O diácono precisa ser um homem digno de respeito, de caráter impoluto, de vida irrepreensível, de conduta ilibada.
Em segundo lugar, o diácono precisa ser um homem de uma só palavra (1Tm 3.8b). “… de uma só palavra…”. O diácono precisa ser um homem verdadeiro, íntegro em suas palavras e consistente em sua vida. Não é um boateiro, dado a mexericos. Não diz uma coisa aqui e outra acolá. Não é maledicente nem joga uma pessoa contra a outra. Tem peso em suas palavras. É absolutamente confiável no que diz.
Em terceiro lugar, o diácono não pode ser um homem inclinado a muito vinho (1Tm 3.8c). “… não inclinados a muito vinho…”. O diácono deve ser cheio do Espírito (At 6.3) e não cheio de vinho (Ef 5.18). Quem é governado pelo álcool não pode administrar a casa de Deus. A embriaguez e o serviço sagrado não podem caminhar juntos.
Em quarto lugar, o diácono não pode ser um homem cobiçoso de sórdida ganância (1Tm 3.8d). “… não cobiçosos de sórdida ganância”. O diácono lida com as ofertas do povo de Deus e administra os recursos financeiros da igreja na assistência aos necessitados. Não pode cobiçar o que deve repartir. Não pode desejar para si o que deve entregar para os outros.
Em quinto lugar, o diácono precisa ser um homem íntegro na doutrina e na vida (1Tm 3.9). “Conservando o mistério da fé com consciência limpa”. O termo “mistério” significa “verdades outrora ocultas, mas agora reveladas por Deus”. O diácono precisa compreender a doutrina cristã, crer na doutrina cristã e viver a doutrina cristã. Sua vida, sua família e seu ministério precisam ser pautadas pela palavra de Deus.
Em sexto lugar, o diácono precisa ser um homem provado e experimentado (1Tm 3.10). “Também sejam experimentados; e, se se mostrarem irrepreensíveis, exerçam o diaconato”. Os candidatos ao diaconato precisam ser primeiramente experimentados, passando por tempo probatório. O treinamento precede à escolha e à ordenação. Primeiro a prova, depois o exercício do ministério.
Em sétimo lugar, o diácono é um homem recompensado por Deus (1Tm 3.13).“Pois os que desempenharem bem o diaconato alcançam para si mesmos justa preeminência e muita intrepidez na fé em Cristo Jesus”. Jesus foi o diácono por excelência. Ele não veio para ser servido, mas para servir. Nunca somos tão grandes como quando servimos. No reino de Deus maior é o que serve. No reino de Deus quem tem preeminência não são aqueles que os homens exaltam, mas aqueles a quem Deus enaltece.
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