Prezado professor, a décima terceira lição marca o final de mais um trimestre. E neste caso, o final de mais um ano. Época de avaliarmos o nosso ano educativo como educadores cristãos. Como se deu o ensino? Os objetivos propostos foram alcançados?
O que os alunos acharam dos métodos pedagógicos usados? São perguntas que valem a pena ser feitas. Então o professor poderá fazer uma avaliação honesta e sincera, consigo mesmo.
Como estamos na última lição é importante o prezado professor fazer uma revisão do conteúdo aplicado ao longo deste quarto trimestre. Em seu plano de aula para ministrar a terceira lição destaque os assuntos considerados mais importantes. Aqui, você poderá relembrar a condição de cativos do profeta Daniel e dos seus amigos; o sonho de Nabucodonozor; a estátua que o rei da Babilônia erigiu etc. Enfim, assuntos não faltam.
O livro de Daniel encerra descrevendo um tempo de angústia, sofrimento, engano, genocídios e atrocidades perpetradas por ímpios que não conhecem a Deus e não respeitam a dignidade humana. Mas em meio a esse tempo de angústia há promessa de intervenção divina na história (12.10).
Três versículos devem nos chamar atenção: "E tu, Daniei, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo" (v.4); "Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim" (v.9); "Tu, porém, vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias" (v. 12). Estes versículos demonstram o conselho de Deus para o profeta Daniel. Diante da visão que ele recebera era natural o profeta ter uma atitude de medo acerca do futuro. Mas a palavra de Deus encorajou o profeta, que por certo estava no final da vida, a "ir" até ao fim da existência vivendo em confiança em Deus.
A Escatologia Bíblica não pode paralisar a vida. Quando as profecias concernentes ao futuro foram escritas Deus inspirou os autores com o objetivo de nos trazer esperança. A escatologia não pode fazer terrorismo às pessoas. Quando João recebe a revelação mediante Jesus triunfante, era para lembrar as igrejas que apesar do mal aparente o Senhor nosso Deus é o dono da história e nunca será pego de surpresa, A vida é dom de Deus! Por isso, temos de vivê-la alegremente. Enquanto o nosso Senhor não vem, vivamos a vida com fé, amor (amando a Deus e o próximo) e esperança no aparecimento glorioso do Senhor e Salvador Jesus Cristo! Revista Ensinador Cristão. Editora CPAD. pag. 42.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Uma descrição do fim do mundo (Daniel 12.1-13)
O capítulo 12 de Daniel é uma seqüência cronológica do capítulo 11. O anjo ainda está revelando a Daniel uma brilhante descrição do tempo do fim. Deus levanta a ponta do véu e revela o fim da história com nuanças gloriosas. As cortinas se fecham e o fim desse drama é a vitória gloriosa do povo de Deus. Vários eventos são descritos nesse capítulo 12. Eles são como balizas que nos direcionam no entendimento do fim da história. De acordo com o sermão profético do Senhor Jesus, o fim do mundo pode ser compreendido por meio do cumprimento de vários sinais: engano religioso, guerras, terremotos, pestilências, apostasia, perseguição, esfriamento do amor, a pregação do evangelho em todo o mundo e o aparecimento do anticristo. Esses sinais proclamam fortemente que estamos vivendo uma espécie de afunilamento da história. Especialmente, no século 20 e no começo deste século assistimos a uma grande intensificação desses sinais. Recentemente, o mundo ficou chocado com o tsunami, as ondas gigantes que invadiram o sul da Ásia, no dia 26 de dezembro de 2004, varrendo do mapa várias vilas e provocando a morte de aproximadamente duzentas mil pessoas. LOPES. Hernandes Dias. DANIEL Um homem amado no céu. Editora Hagnos. pag. 147-148.
O autor não tinha idéia da grande expansão de tempo que estaria envolvida entre Antioco e o fim de nossa era. Alguns intérpretes fazem Dan. 11.40-45 referir-se ao futuro anticristo e, assim, saltam muitos séculos para chegar ao fim, que agora é descrito.
“Com a morte de Antioco Epifânio, começa a consumação final e está em vista a iminência do fim, e Miguel, o anjo guardião dos judeus, se agita. A Grande Tribulação torna-se realmente grande, nos espasmos finais de agonia de um mundo moribundo, que são, ao m esmo tempo, as dores de parto do reino messiânico. A questão inteira term ina em uma ressurreição geral, a grande separação entre os salvos e os condenados, e a inauguração do Reino dos santos.
Nesse ponto, term ina a visão (vss. 1-4), e o vidente recebe ordens para selar o livro. Esse é o fim do apocalipse original, mas a isso foram adicionados três suplementos (vss. 5-13): a) Em uma visão, Daniel viu dois anjos à beira de um rio e perguntou-lhes quanto tempo se passaria até o fim. Ele é informado de que a tribulação se prolongaria por mais três anos e meio. Mas quando ele pede por mais explicações, é convidado a partir, b) Outro cálculo da duração da abominação fala em 1.290 dias. c) Um cálculo final transform a isso em 1.335 dias” (Arthur Jeffery, in loc.).
Seja como for, o capitulo 12 passa de coisas temporais para coisas eternas, sendo, assim, uma digna continuação do capítulo 11. Epílogo: Coisas Pertencentes à Consumação das Eras (12.1 -13) Temos aqui duas divisões principais: vss. 1-3 (Israel é libertado) ou vss. 1-4 (fim da tribulação e a ressurreição); e vss. 4-13 (conclusão). CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.3428.
Depois de predizer as aflições sob o governo de Antíoco, prefigurando as aflições da igreja cristã sob o poder do Anticristo, temos aqui: I. Consolações muito preciosas, prescritas como estímulos para o apoio do povo de Deus naquele tempo de angústia. E elas são de tal forma que podem servir indiferentemente tanto ao tempo de angústia sob o governo de Antíoco, como também ao tempo de futura angústia que foi prefigurado por elas (w. 1-4). II. Uma conferência entre Cristo e um anjo a respeito do tempo da continuação desses eventos, e que visava a satisfação de Daniel (w. 5-7). III. A indagação de Daniel para sua própria satisfação (v. 8). E a resposta que ele recebeu a essa indagação (w. 9-12). HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 902.
I - O TEMPO DA PROFECIA (12.1)
1. Qual é o tempo? (v.1)
“E haverá um tempo de angústia”. Dois pontos focais devem ser analisados no presente versículo: 1) O período sombrio da Grande Tribulação. 2) O grande livramento de Deus para todo aquele que se encontrar “escrito no livro da vida”.
Observemos o primeiro ponto: "... tempo de angústia”. O texto em foco deve ser confrontado com Marcos 13.19, onde lemos: “Porque naqueles dias haverá uma aflição tal, qual nunca houve desde o princípio da criação, que Deus criou, até agora, nem jamais haverá”. Todos os estudiosos das profecias sabem claramente que período está em foco.
- E o da Grande Tribulação. Este período de sete anos, que chamamos de contagem regressiva, é um período de acontecimentos singulares. Há mais profecias concernentes a este período do que a qualquer outro descrito em toda a extensão da Bíblia.
Todos sabemos que a Grande Tribulação será um tempo de angústias sem precedentes na história humana; o seu centro será Jerusalém e a Terra Santa, mas, de um certo modo, envolverá todo o mundo (Ap 3.10). A sua duração será de sete anos, ocupando, assim, a última semana profética da visão de Daniel, conforme cap. 9.24-27. Esse termo “tribulação” é citado com referências escatológicas, como são vistas em Mt 24.21; Mc 13.19; Dn 12.1. (Ver 2 Ts 1.6 e ss.; Ap 7.14). O “Dia do Senhor” que, em 2 Ts 2.2 se traduz também por “dia de Cristo” em outras versões, e refere-se exclusivamente a esse tempo do fim. Todos esses acontecimentos aqui narrados, terão lugar, logo após o arrebatamento da igreja do Senhor aqui deste mundo (1 Ts 4.17). A vinda da Grande Tribulação sobre a terra será de repente, inesperada; virá sobre todos os moradores da terra, num tempo em que disserem: “Há paz e segurança”. Aquele dia virá como uma destruição do Senhor; isso está em toda a extensão profética, tanto dos profetas como dos apóstolos do Senhor; ele virá como um fogo devorador; será um dia de angústia, de aflição; será o dia da vingança do nosso Deus, conforme está escrito; será um dia de ira e de nuvens, um dia de tristeza e de escuridão, de negrura e de trevas. As estrelas e as constelações do céu não darão a sua luz. O sol escurecerá ao nascer (Is 13.10; Zc 14.7; Ap 19.17). A lua se tornará em sangue. Os céus e a terra serão abalados e a terra será removida do seu lugar (Is 24.20). A indignação do Senhor cairá sobre todos os povos. Ele castigará o mundo pela maldade existente e os ímpios, pela sua iniqüidade. Trará aflição sobre os homens, porquanto pecaram contra Deus. 2) “Mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro”. O apóstolo João, em sua visão futurística, faz referências especificadas ao “Livro da Vida”. Ele estará presente no Juízo Final do Grande Trono Branco (Ap 20.13). Mas ali João observa que, além do livro das obras, à direita do Juízo, “... abriu-se outro livro, que é o da vida”. O Livro da Vida vem citado nas Escrituras, nas seguintes passagens: Ex 32.33; SI 69.28; Lc 10.20; F14.3. Em Isaías 4.3 e Daniel 7.10 e 12.1 (o texto em foco), deve ter o mesmo sentido. Este livro é chamado de “O Livro da Vida” porque, do ponto divino de observação, é o que ele é (Ap 3.5; 5.13; 8.17; 20.12, 15). No Livro da Vida constará o nome da nação israelita. Por essa razão, a Grande Tribulação não apagará o seu nome da face da terra. (Ver Mt 24.34). Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 227-229.
A Grande Tribulação e o Grande Triunfo (12.1-3). Haverá um tempo de angústia (1). O reino do Anticristo está em toda parte nas Escrituras retratado como uma crise do mal. As palavras de Gabriel sucintamente o descrevem como um tempo “quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo” (8.23, NVI). Um tema recorrente nas Escrituras é o ensino que um tempo de grande angústia será o clímax da era da rebeldia do homem contra Deus e conduzirá ao ponto culminante do Reino de Deus. Jeremias se refere ao “tempo da angústia para Jacó” (Jr 30.7). Jesus em seu discurso descreve esse tempo de angústia como “dias de vingança” (Lc 21.22) e “grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo [...] nem tampouco haverá jamais” (Mt 24.21; Mc 13.19-20). A interpretação futurista considera uma boa parte do livro de Apocalipse um retrato desse período, especialmente os capítulos 6—19. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 543.
Jesus Cristo se mostrará como defensor e protetor da sua igreja: naquele tempo, quando a perseguição estiver no seu maior ardor, Miguel se levantará (v. 1). O anjo havia dito a Daniel como Miguel era um amigo firme da igreja (cap. 10.21). Desde o princípio ele demonstrou essa amizade no mundo superior. Os anjos sabiam disso. Mas agora Miguel se levantará em sua providência, e operará o livramento para os judeus, quando vir que o poder deles desapareceu (Dt 32.3,6). Cristo é o grande príncipe, pois Ele é o príncipe dos reis da terra (Ap 1.5). E se ele se levantar por sua igreja, quem será contra ela? Mas isso não é tudo. Naquele tempo (isto é, logo depois) Miguel se levantará para cooperar com o Messias em benefício de nossa eterna salvação. O Filho de Deus será encarnado, e se manifestará para destruir as obras do diabo. Cristo defendeu tanto a nós como aos filhos do nosso povo quando foi feito pecado e maldição por todos. Ele ficou em nosso lugar como um sacrifício, suportou a maldição por nós, para livrar-nos dela. Ele intercede por nós dentro do véu, nos defende, e permanece como nosso amigo. E depois da destruição do Anticristo, de quem Antíoco era um tipo, Cristo estará no último dia sobre a terra. Ele se manifestará para a completa redenção de todos os seus. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 902.
2. A libertação de Israel.
Mas a Grande Tribulação traz consigo muito mais do que o clímax do mal; ela introduz o triunfo de Deus. Um dos aspectos importantes que o livro de Daniel ensina é que os poderes do mundo celestial estão profundamente interessados e engajados nos afazeres dos homens na terra. E, naquele tempo, se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta pelos filhos do teu povo. Esse é o arcanjo convocado para socorrer o Ser glorioso em 10.13. Vemos o clímax dramático em Apocalipse 12.7-8: “E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão; e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram”.
Fica claro que o povo de Israel está envolvido no clímax da história. Seguidas vezes encontramos em Daniel as seguintes expressões: o teu povo ou os filhos do teu povo. Ao mesmo tempo é necessário guardar uma perspectiva. Deus tem uma preocupação com toda a humanidade. Os eventos que marcam o clímax das eras são cósmicos; seu impacto é internacional e mundial. A Palestina é, sem dúvida, um estágio da ação divina. Mas toda a terra e os céus constituem a cena da operação final de Deus nessa era. O ponto para o qual a história está se movendo é a culminação do Reino de Deus. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 543.
"Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo" (v. 1). Aqui neste mundo, às vezes, dizemos que alguém é grande, segundo a nossa medida e nosso modo de ver as coisas, mas quando Deus diz que alguém é grande, quão grande não é esse alguém! Que anjo poderoso e glorioso não é esse arcanjo? É ele quem vai expulsar Satanás da esfera celestial (Ap 12.7-9). E certamente será ele o anjo que segurará e prenderá Satanás por mil anos, lançando-o no abismo, antes do reino milenial de Cristo (Ap 20.1-3). É esse o anjo de Deus, protetor da nação israelita. Antônio Gilberto. DANIEL & APOCALIPSE Como entender o plano de Deus Para os últimos dias. Editora CPAD.
12.7-9 Este é o primeiro desenvolvimento das imagens descritas em 12.1-6. O que Joáo viu a seguir fornece aos leitores mais detalhes sobre o que foi descrito em 12.4, a respeito da expulsão de Satanás do céu.
A expulsão de Satanás do céu teve início como uma batalha no céu entre Miguel e os seus anjos e o dragão (Satanás) e os seus anjos. Miguel é um anjo de elevada posição (chamado arcanjo). Por toda a üteratura judaica, Miguel é citado como aquele que vem em auxílio do povo de Deus. Ele era visto como um dos seus protetores (veja também Dn 10.13,21; 12.1; Jd 9). Observe que a batalha aqui não era entre Deus e Satanás, ou entre Cristo e Satanás, mas entre Miguel e Satanás. A batalha foi violenta, e o dragão foi vencido (versão NTLH). Como resultado. Satanás e seus seguidores foram lançados para fora do céu (versão NTLH). Tendo perdido o seu lugar, eles já são adversários derrotados. Satanás foi precipitado na terra e ocupou-se de enganar todo o mimdo — a sua revolta final antes da sua destruição (20.10).
Aqui o grande dragão é identificado como a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás. O diabo não é um símbolo nem uma lenda; ele é muito real. O diabo, inimigo de Deus, tenta constantemente impedir a obra de Deus, mas ele é limitado pelo poder de Deus e só pode fazer aquilo que lhe é permitido fazer Qó 1.6-2.6). O nome “Satanás” significa “acusador” (12.10). Ele procura diligentemente pessoas para acusar e atacar (1 Pe 5.8,9). Satanás gosta de perseguir crentes que sejam vulneráveis em sua fé, que sejam fracos espiritualmente, ou que estejam isolados de outros crentes (1 Pe 5.8). Alguns consideram que este versíctdo descreve a batalha no passado antígo, mas outros opinam que a queda de Satanás na terra ocorreu na ressurreição ou na ascensão de Jesus e que os L260 dia5 (12.6) são uma maneira simbólica de se referir ao período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. Outros, ainda, dizem que a derrota de Satanás irá ocorrer na metade de um período literal de sete anos de Tribulaçáo, depois do Arrebatamento da igreja e antes da segunda Vinda de Cristo e do início do seu reinado de mil anos. Seja qual for a interpretação, o ensino claro de Deus é que Cristo é vitorioso – Satanás já foi derrotado, por causa da morte de Cristo na cruz (12.10-12). Mesmo que Deus permita ao diabo realizar o seu trabalho neste mundo. Deus ainda está no controle. E Jesus tem o poder completo sobre Satanás; Ele derrotou Satanás quando morreu e ressuscitou. Um dia. Satanás será aprisionado para sempre, para nunca mais realizar o seu trabalho iníquo (20.10). Satanás caiu na terra com “os seus anjos” - uma referência aos demônios. Este mundo é a sua prisão, onde, como inimigos de Deus, eles trabalham contra o povo de Deus. Satanás náo é onipresente — ele não pode estar em todas as partes ao mesmo tempo, de modo que os seus demônios trabalham para ele. Os demônios são anjos caídos, seres espirituais pecadores que têm Satanás como seu líder (Mt 25.41; Lc 11.15). O livro do Apocalipse destaca três poderes iníquos que se oporão ao povo de Deus durante o final dos tempos: Satanás, retratado como tun dragão (Ap 12.9); a besta, mais conhecida como o Anticristo (13.1-10); e o falso profeta (13.11; 16.13). Os demônios servem como agentes desta trindade da maldade. Eles seduzem as pessoas, iráo estabelecer o reino notório da Babilônia, e irão liderar uma ofensiva mundial contra o povo de Deus (16.1-14). Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 878-879.
As tentativas do dragão não somente se mostraram frustradas contra a igreja, mas fatais para os seus próprios interesses; pois, após o seu esforço de tragar o filho, ele engajou todas as forças do céu contra ele (v. 7): “E houve batalha no céu”. O céu vai aderir à disputa da igreja. Observe aqui:
1. O lugar dessa batalha - “...no céu”, na igreja, que é o reino do céu na terra, sob os cuidados do céu e com os mesmos interesses.
2. Os oponentes - “Miguel e os seus anjos” de um lado, contra “...o dragão e os seus anjos” do outro: Cristo, o grande Anjo da aliança, e seus fiéis seguidores; e Satanás e todos os seus agentes. Este grupo seria muito superior em número e força exterior do que aquele; mas a força da igreja está em ter o Senhor Jesus como capitão da sua salvação.
3. O sucesso na batalha: “...e batalhavam o dragão e os seus anjos, mas não prevaleceram”; houve grande empenho nos dois lados, mas a vitória ficou com Cristo e sua igreja, e o dragão e os seus anjos foram não somente vencidos, mas expulsos; a idolatria pagã, que era a adoração dos demónios, foi extirpada do império no tempo de Constantino. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 992.
Muitos historiadores renomados afirmam que esta “ batalha no céu” teve lugar com o arrebatamento do Filho ao trono de Deu, isto baseados em Daniel 12.1: “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que se levanta pelos filhos de teu povo” . Esta interpretação, para nós, está certíssima. Lendo com atenção Daniel 12.1, compreendemos Êxodo 23.20 e Daniel 10.13-21. Miguel, um dos príncipes, foi o anjo a quem Deus confiou a guarda de Israel; ele levantouse várias vezes contra as hostes satânicas em favor do povo de Deus.
Aqui se explica a visão que teve Jesus, quando disse a seus discípulos: “Eu via Satanás, como um raio, cair docéu” (Lc 10.18). Essa confirmação encontramos nas mesmas palavras de Jesus: “Agora é o juízo deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo” (Jo 12.31). Armando Chaves Cohen. Estudos Sobre O Apocalipse Um comentário versículo por versículo. Editora CPAD. pag. 185.
Guerra no Céu (Ap 12.7,8)
Agora a cena volta-se para o céu, para a grande batalha entre Miguel (cujo nome significa "quem é como Deus?") e seus anjos de um lado, e o dragão e os seus anjos de outro. Miguel é chamado de "arcanjo" ou "anjo chefe" por Judas (v.9). Algumas tradições antigas dizem que havia quatro arcanjos, e outras falavam em sete. A Bíblia, contudo, identifica somente um: Miguel.
A batalha é o esforço supremo e último de Satanás para derrotar os anjos de Deus, e inutilizar-lhe o plano. Por enquanto, vêm Satanás e seus demônios exercendo sua autoridade sobre o mundo espiritual, esferas de influência e governantes que jazem nas trevas do pecado (Ef 6.12 ). Mas as pretensões do adversário não conhecem limite. O original grego, porém, indica que o ataque será iniciado pelo arcanjo Miguel. As forças da justiça estão em ação. O domínio de Satanás está chegando ao fim.
O dragão é incapaz de vencer o conflito com o céu. Ele tem poder, mas não pode ser comparado a Miguel. Resultado: qualquer que tenha sido o acesso de Satanás e seus anjos ao céu, este não estará mais disponível, pois "nem mais se achou no céu o lugar deles" (v.8). Encorajemo-nos: Satanás já um inimigo derrotado.
Satanás é Lançado à Terra (Ap 12.9)
Agora, o dragão é claramente definido. Ele é "a antiga serpente" por haver tentado Eva no jardim do Éden. É também chamado "diabo e Satanás". Ele é o caluniador e nosso adversário (ver 1 Pe 5.8). É também identificado como o "enganador de todo o mundo". Começou suas trapaças com Eva, e ainda tenta enganar tanto o mundo como a Igreja (2 Co 11.3). Mas quando Miguel e seus anjos o derrotarem, ele será lançado à terra juntamente com todos os seus anjos para enfernizar com mais intensidade e fúria a humanidade, pois o seu tempo é curto.
Quando os setenta discípulos retornaram a Jesus, e contaram-lhe que até mesmo os demônios se lhes submetiam, viu o Mestre que tais vitórias eram uma antecipação de uma vitória maior. A vitória de Miguel e seus anjos, todavia, não é a derrota final de Satanás. Apesar de não mais ser capaz de entrar nas regiões celestiais, o adversário ainda terá poder sobre a terra. Seu tempo, porém, é curto. Assim que o julgamento se completar, ele será amarrado e lançado no abismo. A terra estará livre de suas tentações e dos seus ardis e planos maléficos por mil anos (Ap 20.1-3). HORTON. Stanley. M. Serie Comentário Bíblico Apocalipse As coisas que Brevemente devem acontecer.Editora CPAD.
3. Os anjos no mundo hoje.
No final da presente era atuarão grandemente
Os anjos no livro do Apocalipse são proeminentes. Por exemplo, um anjo dirigiu a redação do livro para João (Ap 11.1; 22.6,16). Cerca de 71 vezes, os anjos são nele mencionados com missão especial. Não é imaginação, mas realidade, que os anjos são nossos conservos de mil maneiras. Nenhuma verdade está mais estabelecida pelas Escrituras do que a declaração de Hb 1.14, que diz "serem estes seres enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação".
Deus mandará um anjo para completar a pregação do "Evangelho do Reino". Na passagem de Apocalipse 14.6, está pintado literalmente a missão deste mensageiro. "... e vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho Eterno, para proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, tribo, e língua, e povo". Duas pregações deste Evangelho são mencionadas nas Escrituras, uma passada, começando com o ministério de João Batista e terminando com a rejeição do seu Rei pelos judeus. A outra ainda é futura (Mt 24.14), durante a Grande Tribulação, e imediatamente antes da vinda em Glória de Cristo. Isso será feito pelo anjo do presente texto. Este Evangelho será pregado logo no fim da Grande Tribulação e imediatamente como já dissemos acima, antes do julgamento das nações viventes (Mt 25.31-46). Estas "Boas-Novas" são universais e abrangem "toda a criatura". Vicente Leite. Angelologia e Antropologia. Faculdade Teológica Ibetel. pag. 64.
O serviço fiel dos anjos para a raça humana não pode ser explicado com base no próprio amor deles pela humanidade. Eles estão interessados naquilo que diz respeito ao Deus deles. Se Ele desse o seu Filho para morrer por uma raça perdida de homens, eles o seguiriam tanto quanto possível e ao menos prestariam um serviço imediato, por amor dEle, onde lhes fosse designado. Não é imaginação, mas realidade, que os anjos são servos dos homens em milhares de maneiras. Nenhuma verdade é mais estabelecida na Escritura do que aquela que é afirmada em Hebreus 1.14: "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?"
Com respeito aos ministérios específicos dos anjos na terra e em favor da raça humana — especialmente os santos — os detalhes formam um campo muito extenso de investigação que não pode ser empreendido aqui. Embora os anjos estivessem presentes na criação, nenhuma referência é feita aos ministérios deles na terra até o tempo de Abraão. Na companhia do Senhor, eles visitaram o patriarca nos carvalhais de Manre (Gn 18.1,2), e dali partiram para libertar Ló. Os anjos apareceram a Jacó e eram familiares a Moisés. Está escrito que a Lei "foi promulgada por meio de anjos" (Gl 3.19), e foi administrada por "ministério de anjos" (At 7.53). O cuidado que eles têm pelo povo eleito de Deus é afirmado em ambos os testamentos. No Salmo 91.11,12 está escrito: "Porque a seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos. Eles te susterão nas suas mãos, para que não tropeces em alguma pedra"; e em Hebreus 1.14: "Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?" È um anjo que permanece com os três homens na fornalha de fogo (Dn 3.25), e com Daniel na cova dos leões (Dn 6.22).
Em seu segundo advento, "mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles ajuntarão do seu reino todos os que servem de tropeço, e os que praticam a iniquidade, e lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali haverá choro e ranger de dentes" (Mt 13.41,42; cf. v. 30).
Também é dito que Cristo "enviará os seus anjos com grande clangor de trombeta, os quais lhe ajuntarão os escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus" (Mt 24.31). A presença dos anjos nas cenas do segundo advento é enfatizada geralmente. Está escrito: "Porque o Filho do homem há de vir na glória do seu Pai, com os seus anjos; e então retnbuirá a cada um segundo as suas obras" (Mt 16.27). "E digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens, também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus; mas quem me negar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus" (Lc 12.8, 9). A estes deve ser acrescentado Judas 14, contexto a que as palavras milhares de santos são melhor traduzidas como santas miríades, e podem se referir a anjos. Lewis Sperry Chafer. Teologia Sistemática. Editora Hagnos. Vol I-II. pag. 444-445.
Porque o mesmo Senhor (16; cf. “este mesmo Jesus”, At 1.11, NVI), não um anjo, mas aquele a quem eles amam e servem, aquele que conhece os que lhe pertencem (2 Tm 2.19), descerá do céu (cf. Jo 14.1-3). Certos expositores supõem que os três fenômenos auxiliares, o alarido, a voz e o trombeta, são três expressões da uma mesma coisa;17 mas podemos reputar que cada um tem um significado distinto. O alarido (“grito de comando”, NTLH; cf. CH, RA) é palavra usada no grego para denotar o brado do comandante aos seus soldados em combate, o grito do cocheiro aos seus cavalos, ou o comando do mestre de um navio aos seus remadores.18 E uma convocação superior e autorizada, que empolga e estimula. Fala aqui de Cristo como Vencedor (cf. Jo 5.25-29). No único outro lugar da Bíblia que menciona arcanjo (Jd 9), a referência é a Miguel. Nas Escrituras, a trombeta (“som da trombeta”, AEC, BJ, NTLH; cf. BV, CH) de Deus (cf. 1 Co 15.52) acompanha caracteristicamente e denota a importância, solenidade ou majestade de grandes ocasiões religiosas (cf. Ex 19.16,19; J1 2.1; Ap 1.10). Não há nada nesta passagem que apóie a idéia de arrebatamento secreto.
Com o grito de comando, dado talvez pelo arcanjo, os que morreram em Cristo serão chamados da sepultura e ressuscitarão primeiro. Apequena frase os que morreram em Cristo apresenta de modo brilhante e conciso uma verdade preciosa: não é que em vida eles estavam em Cristo, mas que na morte eles estão em Cristo e com Cristo. A declaração ressuscitarão primeiro tem relação direta com o subseqüente ato de apanhar de supetão os que estiverem vivos (17), e não diz respeito a uma segunda ressurreição dos demais mortos sobre os quais nada é dito. Paulo trata da doutrina da ressurreição com alguns detalhes em 1 Coríntios 15.
Enquanto o Senhor desce, os crentes sobem para encontrar o Senhor nos ares (17). Só nos resta a entender que, no mesmo ato súbito pelo qual os mortos em Cristo serão ressuscitados, os que ficarmos vivos (ver comentários em 15) seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens (17). Os que estiverem vivos não têm vantagem sobre os que estiverem mortos. Seremos arrebatados é tradução do verbo grego harpazo, que quer dizer “apoderar-se, reivindicar avidamente para si mesmo, arrebatar, apanhar, agarrar e levar a toda velocidade, capturar, pegar de surpresa”.19 Disto derivamos o termo “arrebatamento”. Haverá uma reunião feliz com os amados falecidos e ressuscitados; os que estiverem vivos serão arrebatados juntamente com eles. Para realizar isto, o corpo dos que estiverem vivos terá de ser transformado (cf. Rm 8.23; 1 Co 15.50-53; Fp 3.21).
As nuvens e os ares significam a atmosfera inferior sobre a terra. Talvez haja sinal de conquista nas expressões, visto que Paulo diz que os ares são o domínio de Satanás (Ef 2.2), e outros textos falam que as nuvens estão associadas com a volta do Senhor em poder (Dn 7.13; Mt 24.30). Árnold E. Airhart. Comentário Bíblico Beacon. I e II Tessalonicenses. Editora CPAD. Vol. 9. pag. 391.
A segunda vinda irá ocorrer quando Deus determinar. Somente Ele pode fazer isto acontecer. Cristo, que é o mesmo Senhor, descerá do céu, pois é ali onde Ele tem estado desde a sua ressurreição (At 1.9-11). A volta de Cristo será inconfundível. Ninguém deixará de vê-la, pois Eie descerá com alarido, com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus. Se estas são três maneiras diferentes de se referir ao mesmo som, se elas acontecerão simultaneamente ou em seqüência, não se sabe. Mas estes sons iráo anunciar o retorno de Cristo. Paulo usou imagens diferentes associadas com o final dos tempos. Um arcanjo é um anjo mais elevado ou santo designado para uma tarefa especial.
Claramente, os exércitos dos anjos participarão desta celebração da volta de Cristo para levar seu povo para casa (Mc 8.38). Um toque de trombeta anunciará o novo céu e a nova terra (Ap 11.15). Os judeus entenderiam o significado disto, porque sempre se tocavam trombetas para assinalar o início de grandes festas e outros eventos extraordinários (Nm 10. 10). Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 448.
II - RESSURREIÇÃO E VIDA ETERNA (Dn 12.2-4).
1. Ressurreição.
Ressurreição no NT. No NT, o termo gr. anastasis refere-se à ressurreição do corpo morto à vida. Somente em Lucas 2.34 a palavra é traduzida de outra forma, e mesmo ali o termo ressurreição pode ser a tradução correta. Isto não tem de ser um ajuntamento de parte por parte ou a restituição do antigo corpo de carne, uma vez que o corpo da ressurreição é um corpo com qualidades completamente diferentes do antigo corpo, mas significa a constituição de um corpo como aquele que foi recebido pelo Senhor Jesus Cristo (Fp 3.21), e apropriado para o estado eterno da alma.
O NT claramente ensina uma ordem ou série na ressurreição. Paulo revela em 1 Coríntios 15.20-24 que deve ser "cada um por sua ordem. Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda. Depois, virá o fim". Isto concorda com o que o próprio Senhor Jesus Cristo havia dito em João 5.28ss.: "Não vos maravilheis disso, porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação". Daniel, como já visto, indica duas ressurreições, e Apocalipse 20.4-6 fala de uma primeira ressurreição dos santos como distinta de uma segunda, a dos "outros mortos" ou a do "restante" dos mortos, os perdidos, e diz que a segunda está separada da primeira por mil anos. Em 1 Tessa-lonicenses 4.16,17 são apenas os mortos em Cristo que são ressuscitados em sua vinda, e estes são imediatamente levados, arrebatados, ao céu (cf. a advertência de Cristo para estarmos prontos para o arrebatamento em Mateus 24.40-44; Marcos 13.28,29; Lucas 21.29-31). PFEIFFER .Charles F. Dicionário Bíblico Wycliffe. Editora CPAD. pag. 1671-1672.
A Ressureição no Antigo Testamento.
As declarações que têm sido extraídas do Pentateuco, apesar de darem a entender um «após-vida», s10 extremamente duvidosas como evidências da crença na ressurreição, dentro dos livros de Moisés. O trecho de Êxo. 3:6,16 é usado pelo Senhor Jesus, nas citações, a fim de provar o fato de que os antigos patriarcas continuavam «vivendolt, mas isso, por si mesmo, dificilmente poderia servir de prova da ressurreição no livro de Êxodo, ainda que possa mostrar que o judaísmo posterior veio a encarar tais passagens desse modo. Sabemos, de fato, que assim aconteceu. (Ver Mar. 12:18 e ss). O rabino Simai argumenta em prol da ressurreição com base em Êxo, 6:3,4 (a promessa de que a Terra Prometida seria dada aos patriarcas), mas isso provavelmente foi compreendido pelos próprios patriarcas como uma promessa referente aos seus descendentes. A exclamação de Jacó: «A tua salvação espero, 6 Senhorl» (Gên. 49:18), bem como O desejo expresso por Balaio: «Que eu morra a morte dos justos, e o meu fim seja como o dele» (Núm. 23:10), apesar de indicarem alguma crença no .«após-vida», dificilmente podem ser considerados como uma afirmação da ressurreição naquele período tio remoto.
Naturalmente, a famosa passagem da ressurreição, em Jó 19:23-27, é uma declaração expressa dessa crença; e o livro de 16 é o mais antigo volume da coletânea do V.T. Porém, essa doutrina não se tomou tradicional na fé judaica senão depois que já estava escrito o Pentateuco.
Pela época em que foi registrada a história dos reis (I e J! Reis), essa doutrina já deveria estar bem estabelecida em Israel, porquanto os Salmos certamente contêm tal pensamento (ver Sal. 17:15), e a literatura daquele período registra várias ressurreições contemporâneas. (Ver I Reis 17:17,24; H Reis 4:18-37; 13:20-25). Nos livros proféticos, a passagem de Isa. 26:16-19 provavelmente é a passagem isolada mais importante de todo o A.T., acerca da ressurreição. A passagem de Eze. 37:1-14, apesar de provavelmente ter por - referência primária – a restauração da nação de Israel, igualmente ensina a doutrina da ressurreição, No trecho de Dan, 12:2 essa doutrina se faz perfeitamente clara.
A igreja cristã primitiva se utiliza dos trechos de Jer. 18:3-6 e Sal. 88:10 como textos de prova da doutrina da ressurreiçlo. (Ver também Sal. 16:9, que mui provavelmente prediz especificamente a ressurreição de Cristo). E o trecho de Osé. 6:2 é outra profecia acerca da ressurreição de Cristo, ao passo que Osê 13:14 fala sobre a ressurreição em geral.
A crença na ressurreição foi-se tornando cada vez mais comum após os exi1ios, sobretudo no perIodo dos Macabeus. E, pelo tempo em que nasceu 1esus Cristo, era uma crença praticamente universal na Palestina e no judaísmo em geral. Os fariseus eram os grandes defensores dessa doutrina, e a isso haviam acrescentado a crença na sobrevivência da alma, nos anjos, nos espíritos e na existência de um mundo sobrenatural. A grande exceção no judaísmo era a tradição dos saduceus. Os saduceus se ufanavam de sua "pureza doutrinária», rejeitando aquilo que reputavam meros mitos. Esses consideravam o Pentateuco como seu «cãnon» das Escrituras. Por essa mesma razão rejeitavam eles a ressurreição, a liubrt:vivêIlcia tia alma, a existência dos esplrltos, etc., porquanto essas doutrinas não são claramente ensinadas no Pentateuco, apesar de haver ali alguns indícios das mesmas. (Ver Josefo, Antiq, 18.1.4, onde vemos que os saduceus chegavam até a negar a imortalidade da alma, quanto mais a realidade da ressurreição. CHAMPLIN, Russell Norman, Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Vol. 1. Editora Hagnos. pag. 675-676.
Dn 12.2 Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão. Esta é uma das poucas claras referências, no Antigo Testamento, à vida além-túmulo. Essa vida será mediada pela ressurreição. Coisa alguma é dita claramente sobre a alma etema, que sobreviverá à morte biológica. Portanto, não sabemos dizer se o autor acreditava ou não nessa doutrina, embora ela possa ser subentendida aqui. Entretanto, há algumas claras instâncias dessa doutrina no Antigo Testamento, além de muitas referências a esse ensino no Novo Testamento. No Pentateuco, no entanto, não existe nenhuma afirmação clara sobre a vida para além da morte biológica. Ali, os homens bons não recebem nenhuma promessa de recompensa para depois da vida física, nem os ímpios são ameaçados de sofrimentos em um “pós-vida”. Somente nos Salmos e nos Profetas encontramos referências à alma e à sua sobrevivência ante a morte biológica.
Todavia, essa idéia cresceu nos livros apócrifos e pseudepígrafos, e então a noção se desenvolveu no Novo Testamento.
Note também o leitor que a ressurreição dos bons e dos maus (não separados aqui, como em Apo. 20.5) produzirá recompensas para os bons e julgamento para os maus. Esta é, praticamente, a única referência veterotestam entária dessa natureza, a qual se tornou comum nos livros apócrifos e pseudepígrafos. As chamas do inferno foram acesas pela primeira vez em I Enoque, como os eruditos sabem. O rio de fogo ali mencionado torna-se o lago do fogo de Apo. 20.14.
O ensino de Daniel sobre o tempo em que essas condições prevalecerão é o ensino comum, dando a entender que ambos os estados — tanto dos bons quanto dos maus — durarão para sempre. É inútil tentar encontrar em Daniel a esperança maior que vemos no Novo Testam ento como I Ped. 3.18 - 4.6, de que Cristo teve uma missão misericordiosa no próprio hades, revertendo o estado dos perdidos que ali se voltaram para Ele. Além disso, Daniel não previu a restauração geral que é o tema de Efé. 1.9,10, o Mistério da Vontade de Deus, ou seja, o que Deus fará, finalmente. Portanto, o próprio Daniel, tal como outros autores bíblicos, tinha uma visão preliminar de tais questões. Como se sabe, a revelação modifica as coisas. A revelação é uma ciência crescente. Há grande diferença entre o Antigo e o Novo Testamento; e até mesmo dentro do Novo Testamento um autor pode mostrar-se mais profundo que outros, quanto a certos assuntos.
Que a morte era um estado de sono no pó (sem a consciência da alma) era uma idéia judaica comum (cf. Enoque 91.10 e 92.3). Gradualmente, os judeus assumiram a posição que já existia entre vários outros povos, ou seja, de que a alma sobrevive à morte biológica. Então, no cristianismo, há a combinação das idéias da ressurreição e da alma. Atualmente, os estudos no campo do psiquismo nos dão maiores informações sobre a alma, e já nos aproximamos da prova científi ca dessa idéia.
Os Atos Estabelecem Diferenças. A separação entre os bons e os maus dependerá do que ambos tiverem praticado. Cf. Apo. 20.12; Enoque 90.20-27; II Barnque 24.1. Esses dois grupos irão para seus estados separados de recompensa ou punição. O céu e o inferno, a essa altura dos acontecimentos, ainda não tinham entrado na corrente do pensamento judaico; mas nos livros pseudepígrafos eles se tomaram doutrina padrão. Naturalmente, houve a doutrina do sheol, que passou por um longo desenvolvimento. A punição dos maus ocorrerá ali, e a recompensa para os bons tornou-se parte da doutrina (conforme vemos em Luc. 16). CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.3428-3429.
Dn 12.2- Esta é uma clara referência à ressurreição dos justos e dos impios, embora o destino eterno de cada grupo seja bem diferente. Até esta época, não era comum ensinar sobre a ressurreição, apesar de todos os israelitas crerem que um dia seriam incluídos na restauração do novo Reino. Esta referência ã ressurreição fisica dos salvos e dos perdidos foi uma renúncia severa da crença comum (ver também Jó 19.25,26; Si 16.10; e Is 26.19 para outras referências sobre a ressurreição no AT). BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1112.
2. As duas ressurreições.
Dn 12.2 O presente versículo fala sobre ressurreição em sentido geral: dos justos e dos ímpios; mas é evidente que, pelo procedimento das regras teológicas dentro da hermenêutica sagrada, uma deve estar distante da outra cerca de mil (1.000) anos; a primeira terá lugar no arrebatamento da igreja, sendo depois complementada por outros exemplares deste gênero (as duas testemunhas e os mártires da Grande Tribulação); enquanto a outra (a dos ímpios), só mil (1.000) anos depois (Jo 5.29; 1 Co 15.23), cada uma por sua ordem. As Escrituras Sagradas usam pelo menos três (3) termos técnicos sobre “ressurreição”, que são desenvolvidos em vários de seus elementos doutrinários:
Ressurreição de Mortos. No Antigo Testamento, são: 1) O filho da viúva de Serepta, de Sidom - Elias é a personagem em foco nesta ressurreição - (1 Rs 17.21, 22). 2) O filho da Sunamita - Eliseu é o personagem em foco nesta ressurreição - (2 Rs 4.34, 35). 3) O homem que foi lançado de improviso na sepultura de Eliseu - os ossos de Eliseu foi o ponto marcante nesta ressurreição - (2 Rs 13.20, 21). 4) Para alguns expositores das Escrituras, Jonas morreu e foi levantado da morte, tornando-se assim, uma figura muito expressiva da morte e ressurreição de Cristo (Mt 12.40). "... se isso realmente aconteceu, o fato somente acrescenta mais uma às ressurreições registradas na Bíblia. Para aqueles que crêem em Deus, não há dificuldade em crer em ressurreição, uma vez suficientemente provada” (doutor Torrey). Se assim foi, o personagem nesta ressurreição foi a pessoa de Deus. No Novo Testamento, são: 5) O filho da viúva de Naim - Jesus foi o personagem em foco nesta ressurreição - (Lc 7.11-17). 6) A filha de Jairo - Jesus foi o personagem em foco nesta ressurreição - (Lc 8.54, 55). 7) Lázaro de Betânia - Jesus foi a figura central nesta ressurreição - (Jo 11.43, 44). 8) Dorcas ou Tabita - Pedro foi o personagem em foco nesta ressurreição - (At 9.40, 41). 9) Um jovem de nome Eutico - o personagem nesta ressurreição foi o apóstolo Paulo - (At 20.9-12).
Ressurreição dentre os mortos. Esta compreende: 1) CRISTO (1 Co 15.20 e 23). 2) Os que ressuscitaram por ocasião da ressurreição de Cristo (Mt 27.52, 53). Esses santos foram incluídos na palavra “primícias”, dita a respeito de Cristo; “primícias” não pode ser “uma só” mas “um feixe” (Lv 23; 10.1; Sm 25.29), e, por essa razão devem seguir a ordem da ressurreição de Cristo. O leitor deve observar bem a frase: “E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele [Jesus]”. Na ressurreição para a imortalidade, todos têm de seguir a ordem da ressurreição de Cristo (At 26.23), visto que, na qualidade de “colheita”, Cristo foi “o primeiro exemplar”. 3) Os que são de Cristo, na sua vinda (1 Co 15.23, 42). 4) As duas testemunhas escatológicas (Ap 11.11, 12). 5) Os mártires da Grande Tribulação (Ap 20.4). Todos esses são exemplares da primeira ressurreição, que é para a imortalidade; ainda que cada “um por sua ordem”. Paulo chama este gênero de "... a redenção do nosso corpo” (Rm 8.23).
Ressurreição dos mortos. Esta é geral e abrangente quanto ao tempo. O texto em foco, neste capítulo 12, fala dela como sendo uma ressurreição “para vergonha e desprezo eterno”. Ela alcança a todos os pecadores que morreram em seus delitos e pecados (Dn 12.2; Jo 5.28, 29; Ap 20.5). Em Is 26.14, temos a frase de difícil interpretação no que diz respeito à ressurreição: “Morrendo eles, não tornarão a viver; falecendo, não ressuscitarão”. Nós subentendemos que, eles não ressuscitarão para a vida eterna, pois todos hão de ressuscitar um dia; a menos que seja esta uma exceção na Bíblia, como bem podemos ver nas palavras do próprio Deus quanto a Amaleque: “Eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus” (Êx 17.14). Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 229-230.
Muitos dos Que Dormem no Pó da Terra Ressuscitarão... (12:2)
Haverá uma ressurreição, que se considera paralela à que terá lugar na segunda volta do Senhor, mas esta será só e unicamente da Igreja. A ressurreição aqui prognosticada será dos convertidos durante a Grande Tribulação, que irão ajuntar-se à Igreja, mas não farão parte dela. O texto parece indicar uma ressurreição geral, de bons e maus. Possivelmente os mortos incrédulos durante a Tribulação também serão ressuscitados, pois a segunda ressurreição só terá lugar depois do Milênio, conforme Apocalipse 20:11-15. Estes incrédulos ressuscitados aparecerão com vergonha e nojo, pois poderiam ter-se convertido como tantos outros, e não o fizeram. Pelo visto, estamos, então, lidando com assuntos referentes à Segunda Vinda do Senhor, pelo que, portanto, este capítulo representa o fecho da grande revelação de Jesus Cristo ao seu povo. Mesquita. Antônio Neves de,. Livro de Daniel. Editora JUERP.
A RESSURREIÇÃO DO CORPO
1Co 15.35 “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão?”
A ressurreição do corpo é uma doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.
(1) A Bíblia revela pelo menos três razões por que a ressurreição do corpo é necessária. (a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25). (b) O corpo é o templo do Espírito Santo (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito. (c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).
(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19 com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; Co 15.22,23; Fp 3.11; 1Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.
(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Cristo (ver Mt 28.6 nota; At 17.31; 1Co 15.12,20-23).
(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29; 1Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será: (a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31); (b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1); (c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42); (d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21); (e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43); (f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1Co 15.44); (g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).
(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso: (a) para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf. 2.9); (b) para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3); (c) a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1Jo 4.8-16).
(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morrerem em Cristo antes do dia da ressurreição deles (15.51-54).
Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física.
(O ARREBATAMENTO DA IGREJA).
(1) Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos “que morreram em Cristo” (4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11—20.3). A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6 nota).
(2) Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, “num abrir e fechar de olhos” (1Co 15.52).
(3) Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
(4) Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29). STAMPIS. Donald C. (Ed) Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.
Ap 20.12,13 A expressão “os mortos, grandes e pequenos” provavelmente se refere a todas as pessoas - crentes e não-crentes. Ninguém conseguirá escapar ao escrutínio de Deus. Não se sabe por que “os mortos” são chamados.
Alguns sugerem que este é o julgamento apenas dos não-crentes, porque eles seriam aqueles, ainda mortos, que participariam da segunda ressurreição (20.5). No entanto, é mais provável que isto se refira a todos, pois Deus “está preparado para julgar os vivos e os mortos” (I Pe 4.5). Cristo descreveu o julgamento de todas as pessoas (Mt 25.31-33.46). Comentário do Novo Testamento Aplicação Pessoal. Editora CPAD. Vol. 2. pag. 912.
As pessoas a serem julgadas (v. 12): “...os mortos, grandes e pequenos”; isto é, jovens e velhos, baixos e altos, pobres e ricos. Nenhum é tão insignificante que não tenha talentos pelos quais precisa prestar contas, e ninguém é tão grande para que possa fugir da jurisdição dessa corte; não somente os que serão encontrados vivos na vinda de Cristo, mas todos os que morreram antes; os túmulos vão entregar os corpos dos homens, o inferno vai entregar a alma dos maus, o mar vai entregar os muitos que aparentemente estavam perdidos nele. Todos esses lugares são prisões de reis, e Ele vai fazer com que liberem os seus prisioneiros. A regra do juízo é estabelecida: “...e abriram-se os livros”. Que livros? O livro da onisciência de Deus, que é maior do que nossa consciência, e sabe todas as coisas (há um livro de memórias com Ele tanto do bem quanto do mal); e o livro da consciência dos pecadores, que, embora antigamente secreto, agora será aberto. “E abriu-se outro livro” - o livro das Escrituras, o livro dos estatutos do céu, a regra da vida. Esse livro é aberto e contém a lei, a pedra fundamental pela qual o coração e a vida dos homens serão testados. Esse livro determina questões de direito; os outros livros determinam questões de prática.
Alguns entendem que o outro livro, chamado o livro da vida, é o livro dos conselhos eternos de Deus; mas isso não parece pertencer à esfera do juízo. Na eleição eterna, Deus não age de forma judicial, mas com absoluta liberdade e soberania.
A causa a ser julgada: as “...suas obras”, o que os homens fizeram, e se foi bom ou mau. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Novo Testamento ATOS A APOCALIPSE Edição completa.Editora CPAD. pag. 1006.
3. “A ciência se multiplicará” (v.4).
Características dos últimos dias (12.4). A mensagem final do glorioso Mensageiro a Daniel foi: fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo (4). Que as palavras foram fechadas e o livro está selado fica evidente pela imensa confusão que tem caracterizado a interpretação desse livro nesses mais de dois milênios. Adam Clarke escreve: “A profecia não será entendida até que seja cumprida. Então, a profundidade da sabedoria e da providência de Deus sobre essas questões será claramente percebida”.23
Mas, fechar o livro não significa o fim das coisas. Haverá um tempo de intensa atividade na área de transporte, educação e comunicação. Então, esses acontecimentos do fim compelirão os sábios a procurar uma sabedoria mais profunda acerca da revelação deste livro. Dificilmente podemos evitar em identificar a breve descrição de Daniel com os nossos dias. Muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará. O transporte de massas e a velocidade são marcas da nossa era. A mobilidade ininterrupta dos povos do mundo, a comunicação de massa quase instantânea, a demanda insistente e universal por educação pelas massas, são características dos nossos tempos. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 544.
O saber se multiplicará. Esta parte do versículo tem sido popularmente compreendida como uma referência ao grande aumento do conhecimento nos últimos dias. De fato, os últimos cem anos da história do mundo têm testificado descobertas científicas que põem em eclipse todos os séculos anteriores juntos. Mas a principal referência é ao aumento do conhecimento sobre a profecia e sobre os eventos que este livro apresenta. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag.3429.
III - A PROFECIA FOI SELADA (12.8 11)
1. A profecia está selada.
Que essa profecia sobre aqueles tempos, embora selada agora, será de grande proveito para aqueles que viverem então (v. 4). Daniel deve agora encerrar as palavras e selar o livro, porque o tempo seria longo antes que essas coisas acontecessem. E era de alguma consolação que a nação judaica (embora, no início de seu retomo da Babilônia tenham sido poucos e fracos, e tenham enfrentado dificuldades em seu trabalho) só tenha sido perseguida por causa da sua religião muito tempo depois, quando havia crescido em força e maturidade. Ele deve selar o livro porque este não seria entendido (e, portanto, seria ignorado), até que as coisas contidas nele fossem cumpridas. Mas ele deve guardá-lo com segurança, como um tesouro de grande valor, escrito para as gerações futuras, para as quais seria de grande utilidade. Porque muitos correriam de um lado para outro, e o conhecimento seria aumentado. Então esse tesouro escondido vai ser aberto e muitos o pesquisarão, e buscarão o seu conhecimento, como se estivessem buscando a prata. Eles correrão de um lado para outro, procurando cópias dele, o examinarão, e verificarão sua veracidade e autenticidade. Eles o lerão diversas vezes, meditarão nele, e o revisarão em suas mentes. Eles debaterão a seu respeito, e falarão dele entre si, e compararão as notas que fizeram a respeito dele, desejando, por qualquer meio, decifrar o seu significado. E assim o conhecimento será aumentado. Consultando essa profecia naquela ocasião, eles serão levados a buscar outras escrituras, que contribuirão muito para o seu avanço no conhecimento verdadeiro e útil. Porque então saberão se conseguiram prosseguir no conhecimento do Senhor (Os 6.3). Aqueles que quiserem ter seu conhecimento aumentado deverão se esforçar, não deverão ficar parados em ociosidade e desejos pobres, mas deverão correr de um lado para outro, fazendo uso de todos os meios de conhecimento, e aproveitando todas as oportunidades para terem os seus erros corrigidos, as suas dúvidas sanadas, e o seu conhecimento das coisas de Deus desenvolvido, para saberem mais e melhor sobre aquilo que sabem. E, vemos aqui como há motivos para termos esperanças de que: 1. As coisas de Deus que agora estão encobertas e obscuras vão se tomar claras, e fáceis de ser entendidas. A verdade é filha do tempo. As profecias da Escritura serão explicadas pelo seu próprio cumprimento. Por isso elas são dadas, e para essa explicação elas estão reservadas. Por isso elas nos são ditas com antecedência, para que, quando se cumprirem, possamos crer. 2. As coisas de Deus que são desprezadas e negligenciadas, e descartadas como inúteis, sejam consideradas importantes. O povo descobrirá que elas são de grande proveito, e as pedirão. Assim, a revelação divina, embora tenha sido desprezada por algum tempo, será engrandecida e honrada, sobretudo no juízo do grande dia, quando os livros serão abertos, e aquele livro entre os demais. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 903.
Características dos últimos dias (12.4). A mensagem final do glorioso Mensageiro a Daniel foi: fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo (4). Que as palavras foram fechadas e o livro está selado fica evidente pela imensa confusão que tem caracterizado a interpretação desse livro nesses mais de dois milênios. Adam Clarke escreve: “A profecia não será entendida até que seja cumprida. Então, a profundidade da sabedoria e da providência de Deus sobre essas questões será claramente percebida”. Mas, fechar o livro não significa o fim das coisas. Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 544.
Dn 12.4 Encerrar as palavras e selar o livro significa que este deveria ser mantido a salvo e preservado. Isto para que os crentes de todas as épocas pudessem rememorar a obra de Deus na história e encontrar esperança. Damel não entendia o significado exato das épocas e dos acontecimentos em sua visão, mas nós podemos observar o desenrolar dos fatos, pois estamos no fim dos tempos. O livro não será completamenle entendido até o clímax da história torrena BÍBLIA APLICAÇÃO PESSOAL. Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. Editora CPAD. pag. 1112.
Dn 12.4 Tu, porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro. Alguns estudiosos supõem que este versículo seja o último do livro de Daniel, e o que se segue seja uma adição posterior. Nesse caso, os vss. 5-13 seriam o verdadeiro Epílogo do livro de Daniel.
Foi o arcanjo Miguel (provavelmente; ver o vs. 1) quem ordenou que o livro fosse encerrado. Aconteceriam muitas coisas que não seriam reveladas a Daniel, e muitas das coisas reveladas seriam entendidas apenas parcialmente. No fim dos tempos, quando as coisas começarem a acontecer, o selo será retirado do livro, que só então será com preendido por completo. Tradicionalmente, a profecia é mais bem compreendida quando começam a acontecer os eventos preditos, os quais atuam como intérpretes do que havia sido predito. “O anjo ordenou ao vidente que ocultasse as profecias até que o tempo estivesse maduro para elas serem desvendadas... Essas profecias seriam colocadas à disposição dos fiéis, para que eles entendessem a significação dos eventos em meio aos quais estariam vivendo (cf. II Esd. 14.44 ss.; Enoque 1.2; Apo. 22.10)”. CHAMPLIN, Russell Norman, Antigo Testamento Interpretado versículo por versículo. Editora Hagnos. pag. 3429.
Selado (hb. chatham) (Dn 12.9; Is 29.11 ;J r 32.10)
Essa palavra significa selar. Para autenticar um documento e certificá-lo de sua integridade, um rei ou oficial o lacrava com uma aplicação de argila ou cera e estampava essa aplicação com a impressão de seu selo. O documento então carregava a autoridade dessa pessoa e não podia ser aberto sem que o lacre fosse quebrado. Antigamente, cartas (1Re 21.8), escrituras (Jr 32.10), acordos (Ne 10.1) e decretos reais (Et 3.12) eram autenticados com selos. Os anúncios proféticos de Daniel eram selados também, só que simbolicamente (Dn 12.9), indicando sua autoridade e imutabilidade, até que fossem cumpridos. Em Apocalipse, um selo de julgamento é quebrado, indicando que o cumprimento do que está escrito se fez (Ap 5.1-10). EarI D. Radmacher: Ronald B. Allen: H. Wayne House. O Novo Comentário Bíblico Antigo Testamento com recursos adicionais. Editora Central Gospel. pag. 1295.
2. O “tempo do Fim”.
Dn 12.9 "... fechadas e seladas...” No versículo quatro (4) deste capítulo, observamos que foi ordenado a Daniel fechar as palavras e selar este livro até o “tempo do fim”. O ser celestial afirma a Daniel que, ao chegar o assinalado “tempo do fim”, todas essas coisas sofreriam uma como reação em cadeia, e “todas estas coisas serão cumpridas”. Daniel viveu cerca de 600 anos antes de começar propriamente o chamado “tempo do fim”, mas a expressão ocorre cerca de 15 vezes só no seu livro. No Novo Testamento, essa expressão é aplicada para: 1) A época do Evangelho de Cristo (Hb 1.2). 2) A época do Espírito Santo em sua plenitude (At 2.17). 3) E também para os “últimos dias maus” (2 Tm 3.1). Eis a razão por que fora ordenado a Daniel selar o livro e a João não selar, pois num contexto geral, João já pertencia a uma geração da “última hora”, e não podia fazer o mesmo que fizera Daniel; assim, as Escrituras são proféticas e se combinam entre si em cada detalhe (Dn 12.4, 9; 1 Pe 1.11,12; Ap 22.10).
Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 235.
A pergunta: “Qual será o fim?”, foi feita por Daniel, e uma resposta lhe é dada. Observe:
1. Por que Daniel fez essa pergunta: porque, embora tenha ouvido o que foi dito ao anjo, ele não entendeu (v. 8). Daniel era um homem muito inteligente, e estava familiarizado com visões e profecias, mas mesmo assim aqui ele fica confuso. Ele não entendeu o significado do tempo, tempos, e a parte de um tempo, pelo menos não com tanta clareza e com tanta certeza quanto desejava. Observe que os melhores homens geralmente ficam incertos em suas indagações a respeito das coisas divinas, e ao se depararam com aquilo que não entendem. Mas quanto melhores forem, mais conscientes estarão das suas fraquezas e da sua ignorância, e mais prontos a reconhecê-las.
2. Qual foi a pergunta: “Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?”. Ele dirige a sua pergunta não ao anjo que falava com ele, mas diretamente a Cristo, pois a quem mais devemos dirigir as nossas perguntas? “Qual será o resultado final desses eventos? Qual é o objetivo deles? Em que eles acabarão?” Note que quando observamos os assuntos desse mundo, e da igreja de Deus nele, só podemos pensar: “Qual será o fim dessas coisas?” Muitas vezes vemos as coisas se moverem como se fossem acabar na completa ruína do Reino de Deus entre os homens. Quando observamos o domínio do vício e da impiedade, da decadência da religião, os sofrimentos dos justos, e os triunfos dos injustos sobre eles, podemos muito bem perguntar: “Senhor meu, qual será o fim dessas coisas?” Mas há algo que pode nos satisfazer de um modo geral, o fato de que no final tudo acabará bem. Grande é a verdade, e em longo prazo ela prevalecerá. Todo governo, principado e potestade contrários serão destruídos, e a santidade e o amor triunfarão, e serão honrados, eternamente. O fim, esse fim, chegará.
3. Que resposta é dada a essa pergunta. Além daquilo a que esse tempo se refere anteriormente (w. 11,12), aqui estão algumas instruções gerais dadas a Daniel, com as quais ele é dispensado de outra indagação.
(1) Ele deveria se contentar com as revelações que lhe haviam sido feitas, e não fazer mais perguntas: “Segue o teu caminho, Daniel”. Aquilo que te foi concedido até a previsão das coisas futuras é suficiente. Pare aqui. Volte a tratar novamente dos negócios do rei (cap. 8.27). Segue o teu caminho, e registra o que viste e ouviste, para benefício da posteridade, e não cobices ver e ouvir mais no momento. Note que essa comunhão íntima com Deus não ocorre de uma forma contínua neste mundo. Nós às vezes somos tomados para ser testemunhas da glória de Deus, e dizemos: Bom é estarmos aqui. Mas devemos descer do monte, pois ali não é a nossa habitação permanente nesta vida. Aqueles que sabem muito sabem apenas em parte, e ainda vêem que há muito sobre o que eles são mantidos no escuro. E é provável que isto permaneça assim até que o véu seja rasgado. Até aqui o conhecimento deles chegará, mas não irá além. Siga em frente, Daniel, e satisfeito com o que tens. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 905-906.
Assim, veio a palavra a Daniel: vai até ao fim; porque repousarás e estarás na tua sorte, no fim dos dias (13; cf. v. 9).
Adam Clarke apresenta uma palavra confortadora: “Temos aqui um conselho apropriado para cada pessoa. 1) Você tem um caminho — um caminho na vida, que Deus determinou para você; ande neste caminho; este é o seu caminho. 2) Haverá um fim para você de todas as coisas terrenas. A morte está diante da porta e a eternidade está muito próxima; vá até o fim — seja fiel até a morte. 3) Há um descanso preparado para o povo de Deus. Você descansará; seu corpo no túmulo; sua alma no favor divino aqui e, finalmente, no paraíso. 4) Como na Terra Prometida, havia muito para cada pessoa do povo de Deus, assim haverá muito para você. Não se feche para essa promessa, não a negocie, não permita que o inimigo a roube de você. Esteja determinado a se levantar para receber a herança, no fim dos dias. Cuide para guardar a fé; morra no Senhor Jesus, para que você possa ressuscitar e reinar com Ele por toda a eternidade”.
Alexander Maclaren sugere uma Mensagem para o Ano Novo com os seguintes pensamentos do versículo 13:1) A Jornada — Vai (“siga o seu caminho”, NVI). 2) O Lugar de Descanso do Peregrino — porque descansarás. 3) O Lar Final — estarás na tua sorte, no fím dos dias.
Daniel recebeu a clara confirmação da sua esperança em relação à imortalidade. Séculos, e até milênios, passariam antes do seu cumprimento integral. Mas no fim dos dias, quando a consumação chegar, Daniel estará lá reunido com as multidões dos remidos da terra e do céu. Então ele será, não um espectador de visões, mas um participante dos tremendos acontecimentos na introdução da plena glória do Reino de Deus. No arrebatamento ele observará a glória, a sabedoria e a honra Daquele que desde o princípio determinou o cumprimento da história do Reino de Deus. Ele participará do grande “Aleluia” dos redimidos. Então os “reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo. E ele reinará para todo o sempre” (Ap 11.15). Roy E. Swim. Comentário Bíblico Beacon. Daniel. Editora CPAD. Vol. 4. pag. 545.
3. Humildade e finitude.
Dn 12.8 “Eu, pois, ouvi, mas não entendi’. O presente versículo, confrontado com o versículo 7 (o anterior), e com o versículo 5 do cap. 10, nos dá entender que Daniel seria um dos personagens que estavam na banda do rio, vendo esta maravilhosa visão. Daniel contemplava a visão e ouviu as palavras, que iam sendo proferidas, mas nada entendia! O anjo também ficou sem entender aquela visão tão sublime. O apóstolo João entendeu muito bem o sentido da voz dos sete trovões, porém, a exemplo de Paulo, foi-lhe vedado escrever ou revelar a mensagem (2 Co 12.4 e Ap 10.4). Porém a Daniel, nem isso lhe foi concedido. Existem, no eterno propósito de Deus, mistérios desconhecidos até mesmo pelos anjos. Mas Daniel sabia que “as coisas encobertas são para o Senhor nosso Deus”, por isso, com toda a humildade, pediu a interpretação dessas coisas (Dt 29.29).Severino Pedro da Silva. Daniel vercículo por vercículo. Editora CPAD. pag. 234-235.
Que resposta foi dada em relação a isso por Aquele que enumera os segredos, e conhece todas as coisas futuras.
(1) Aqui é feito um relato mais geral da continuidade dessas aflições ao anjo que fez a pergunta (v. 7): elas continuarão por um tempo, tempos, e metade de um tempo, isto é, um ano, dois anos, e metade de um ano, como foi declarado anteriormente (cap. 7.25), além da metade de uma semana profética. Alguns entendem isto indefinidamente, um período conhecido versus uma incerteza. Será por um tempo (um tempo considerável), por tempos (um tempo ainda mais longo, o dobro do tempo que se pensava que seria, a princípio), e ainda certamente apenas a metade de um tempo, ou uma parte de um tempo. Quando estiver acabado não parecerá a metade do tempo que se temia. Mas, logo de início, esse período mencionado deve ser considerado como certo tempo. Nós nos deparamos com uma situação semelhante no Apocalipse: às vezes a menção de três dias e meio representa três anos e meio, às vezes representa quarenta e dois meses, e às vezes 1260 dias. Agora observe, em relação a essa determinação do tempo: [1] Ela foi confirmada por um juramento. O homem vestido de linho levantou ambas as mãos ao céu, e jurou por Aquele que vive eternamente que isso deveria ser assim. Assim o anjo poderoso que João viu é introduzido, com uma clara referência a essa visão, estando com o seu pé direito sobre o mar e o seu pé esquerdo sobre a terra, e com a sua mão levantada ao céu, jurando que não haverá mais demora (Ap 10.5,6). Esse Poderoso que Daniel viu estava de pé com ambos os pés sobre a água, e jurou com ambas as mãos levantadas. Observe que um juramento serve para confirmação. Devemos sempre falar a verdade diante de Deus, porque Ele é o Juiz adequado a quem devemos apelar. Levantar a mão é um sinal muito adequado e significativo para ser usado em um juramento solene. [2] Ela foi ilustrada com uma ponderação. Deus permitirá que ele prevaleça até que tenha cumprido a destruição do poder do povo santo. Deus permitirá que ele faça o seu pior, e chegue ao seu extremo, e então todas essas coisas estarão terminadas. Observe que o tempo de Deus para socorrer e aliviar o seu povo é quando seus assuntos são trazidos à situação mais extrema. No monte do Senhor Isaque foi salvo exatamente quando estava pronto a ser sacrificado. Pois bem, o evento atendeu a predição. Josefo diz expressamente, no seu livro Guerras dos Judeus, que Antíoco, de sobrenome Epifânio, surpreendeu Jerusalém pela força, e a dominou por três anos e seis meses, e foi então expulso do país pelos hasmoneanos, ou ma- cabeus. O ministério público de Cristo durou três anos e meio, um período em que Ele suportou a oposição dos pecadores contra si, e viveu em pobreza e dificuldades. E então, quando o seu poder parecia ter sido destruído com a sua morte, e os seus inimigos triunfavam sobre Ele, chegou o momento em que Ele obteve a vitória mais gloriosa, e disse: Está consumado. HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry Antigo Testamento Isaías a Malaquias. Editora CPAD. pag. 904-905.
Dn 12. 8, 9. Confuso, Daniel formuía uma pergunta levemente diferente. Ele quer saber qual será o fim destas cousas; mas o significado pleno da revelação é escondido até de Daniel, estando as palavras encerradas e seladas (cf. v. 4), embora ele as tenha ouvido da boca do mensageiro celeste. O texto confirma, assim, que a palavra “selado” deve ser tomada de modo metafórico; ele ouve as palavras mas elas não significam nada para ele. Somente depois dos acontecimentos é que se pode ver que uma palavra profética teve o seu cumprimento. Ela não supre informações a partir das quais um programa possa ser construído, por não ser este o seu propósito. Joyce G. Baldwin,. Daniel Introdução e Comentário. Editora Vida Nova. pag. 220.
Agora Daniel começa a formular perguntas em concordância com o exemplo do anjo. Primeiramente ele ouviu um anjo inquirindo do outro [anjo]; em seguida reuniu coragem e quis receber informação, e pergunta qual seria o fim ou resultado. Diz ele: Eu ouvi, porém não entendi. Pelo verbo ‘ouvir’ ele testifica a ausência de ignorância, de indolência ou de menosprezo. Muitos divergem sem qualquer percepção de um tema, embora ele seja muito bem explicado, porquanto não atentam para ele. Aqui, porém, o profeta assevera que ouviu; significando que seria culpa de sua diligência se não entendia, porque estava desejoso de aprender e tinha exercitado todas suas faculdades, como anteriormente sugerimos, e contudo confessa não haver entendido. Daniel não pretende confessar total obtusidade, porém restringe sua ignorância ao tema de sua interrogação. Do que Daniel era ignorante? Do resultado final. Ele não podia atentar para o significado dessas predições, as quais lhe soavam extremamente obscuras, e isso demandava sua plena e total compreensão. É muito evidente que Deus nunca enuncia sua palavra sem esperar fruto; como diz Isa- ias: “Não falei em segredo, nem em algum lugar escuro da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em vão” [Is 45.19]. Deus não queria deixar seu profeta nessa perplexidade de ouvir sem entender, porém estamos cientes dos graus distintos de proficiência na escola de Deus. Além disso, a revelação suficiente era notoriamente conferida aos profetas para o cumprimento de seu ofício, e contudo nenhum deles nunca entendeu perfeitamente as predições que enunciavam. Também sabemos o que Pedro diz: “ Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam essas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho” [IPe 1.12]. Essas coisas de forma alguma foram inúteis para sua própria época, mas quando nossa época é comparada com a deles, certamente a instrução e disciplina dos profetas nos são mais úteis e produzem frutos mais ricos e mais sazonados em nossa época do que na deles. Não nos deve surpreender, pois, que Daniel confesse não entender, se restringirmos as palavras a este caso único.
João Calvino. Série de Comentários de Calvino do Antigo Testamento. Editora edições Parakletos. pag. 454-455.
ELABORADO: Pb Alessandro Silva.
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