O sétimo mandamento continua atual porque o mundo está às avessas, dizendo "não" a tudo aquilo que Deus diz "sim” na sua Palavra, e "sim" a tudo o que a Bíblia diz "não". O resultado é o caos na família e na sociedade.
O adultério é a relação sexual de um homem casado com uma mulher que não é sua esposa e vice-versa. Para muitos, tal prática pode parecer normal, mas a Palavra de Deus declara: "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). Isso vai muito além da cópula extraconjugal. É a proibição de toda a forma de prostituição; é Deus dizendo "não" a todas as concupiscências desnaturais, imaginações e pensamentos impuros e lascivos (Mt 5.27, 28).
O quinto mandamento resguarda a vida familiar de ruptura interna. Mas aqui o sétimo mandamento requer um relacionamento de amor e fidelidade entre marido e mulher. É isso o que Deus espera de todos os casais. Na verdade, são ideais provenientes da criação (Gn 2.24). O objetivo deste mandamento é conservar a sacralidade da família que foi instituída por Deus por meio do casamento no jardim do Éden (Gn 2.18-24). A santidade desse relacionamento familiar deve ser mantida. Esta lei servia também para Israel manter a pureza sexual e evitar as práticas da cultura egípcia, de onde os israelitas saíram, e da cultura cananeia, para onde o povo se dirigia. Os preceitos pertinentes estão descritos com abundância de detalhes no sistema mosaico (Lv 18.6-30; 20.10-21).
0 SÉTIMO MANDAMENTO
O verbo hebraico nã ’ph,'00 "adulterar, cometer adultério", não apresenta problema lingüístico neste mandamento, diferentemente do que pensam alguns expositores bíblicos. O termo aparece trinta e quatro vezes no Antigo Testamento, nove vezes em Jeremias, sete em Ezequiel, seis em Oseias, seis no Pentateuco e quatro na literatura sapiencial. O verbo ocorre no Decálogo, em Êxodo e em Deuteronômio como lo ’ tinã ’ph,'m "Não adulterarás" (Êx 20.14; Dt 5.18). As outras quatro vezes aparece em Levítico, que traz de maneira clara e inconfundível a definição de adultério no contexto da época: "Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera" (Lv 20.10). Esse conceito é aprofundado no Novo Testamento. O cristianismo restaura a monogamia originalmente estabelecida pelo Criador, visto que a estrutura da sociedade do Antigo Testamento era polígama. A lei se aplica se o ato envolver uma mulher casada ou comprometida (Dt 22.22-26). Mas, se a mulher for solteira, o homem será obrigado a se casar com ela e nunca mais poderá se divorciar, além de pagar uma indenização ao pai da moça (Dt 22.28, 29). Na nova aliança, não há nada disso; o sétimo mandamento é adaptado à graça, e o assunto é levado à esfera espiritual e não jurídica ou legal (Jo 8.1-11). Os adúlteros contumazes e inveterados perdem o direito à vida eterna no céu (1 Co 6.10; Ef5.5;Ap 22.15).
Os termos hebraicos para adultério são ni’uph,w2 que só aparece duas vezes no Antigo Testamento (Jr 13.27; Ez 23.43) e na’ãphüph,103 que só aparece uma vez (Os 2.2 [4]). Essas três ocorrências estão no plural. A Septuaginta traduz as duas palavras por moicheia,M o mesmo termo usado no Novo Testamento grego, onde só aparece três vezes (Mt 15.19; Mc 7.22; Jo 8.3).
O verbo hebraico zãnãh,ws "cometer fornicação, praticar prostituição", designa primariamente um relacionamento sexual fora de uma união formal. O particípio do verbo zãnãh é zonãh, e se refere à mulher que se entrega a tal prática. A isso comumente se chama "fornicação", mas se um dos envolvidos tiver já assumido união formal com outra pessoa este ato será considerado adultério. O verbo zãnãh e os substantivos derivados zenümm,106 zenüt107 e taznüt,108 "fornicação, prostituição", são sinônimos quase perfeitos. Zenüním aparece onze vezes (Gn 38.24; 2 Rs 9.22; Ez 23.11 [duas vezes]; 23.29; Os 1.2 [duas vezes]; 2.3[4], 4[6]; 4.12; 5.4; Na 3.4 [duas vezes]; zenüt ocorre nove vezes (Nm 14.33; Jr 3.2, 9; 13.27; Ez 23.27; 43.7, 9; Os 4.11; 6.10) e taznüt só aparece em dois capítulos de Ezequiel: no capítulo 16, nove vezes, e, no capítulo 23, onze vezes. A Septuaginta emprega o termopornê,m "prostituta, meretriz".
O substantivo porneia e o verboporneuõU0 aparecem na Bíblia para designar orgia (Nm25.1; 1 Co 10.8), incesto (1 Co5.1) e práticas homossexuais (Jd 7). O termo porneia, às vezes, aparece junto com adultério e, outras vezes, como sinônimo, mas é um termo genérico e indica "prostituição, incastidade, fornicação, adultério, imoralidade, práticas homossexuais", ao passo que moicheia é usado especificamente para adultério e nunca se aplica à prostituição.
O Antigo Testamento emprega todos esses termos também de forma metafórica para descrever a apostasia de Israel e sua infidelidade a Javé, seu Deus. O profeta Ezequiel, no capítulo 16, descreve a apostasia de Israel como prostituição e revela a diferença entre nã ’ph e zãnãh.
A "meretriz", zonãh, substantivo derivado do verbo zãnãh, é a mulher que recebe pagamento por favores sexuais (Ez 16.31b). Esse conceito é reiterado nos versículos 33 e 34. A "mulher adúltera", hã-ishãh ham-mnã’ãphet,ul é a que recebe estranhos em vez do marido (Ez 16.32). O Antigo Testamento nunca emprega naph para designar a prostituta profissional. Essa diferença é verificada em Provérbios, quando afirma que a zonãh é a mulher que se oferece por um pedaço de pão, "prostituta" (Pv 6.26), ao passo que no ’êph, "adúltera", é a mulher que tem marido mas se
entrega a outro homem (Pv 6.32-34).
O sétimo mandamento inclui também a proibição da prática homossexual. É o próprio Deus quem chama o comportamento homossexual de abominação, e a lei aplica a pena de morte contra os que cometerem tal pecado (Lv 18.22; 20.13). Era a prática do culto cananeu que envolvia a chamada "prostituição sagrada" (1 Rs 24.24; 15.12). O sodomita e a rameira são colocados na mesma categoria (Dt 23.17). A prática é proibida em toda a Bíblia (Rm 1.24-28; 1 Tm 1.10), mas a nova aliança leva o assunto para a esfera espiritual, implicando a salvação e não a pena capital (1 Co 6.10). O ensino de Jesus é: "Vai-te e não
peques mais" (Jo 8.11).
O apóstolo Paulo afirma que o poder do evangelho resultou em uma mudança desse estilo de vida especificamente na cidade de Corinto (1 Co 6.11). No Brasil, o homossexual que precisar de ajuda para abandonar esse estilo de vida não poderá contar com ajuda de psicólogos. Estes são autorizados a ajudar a quem deseja ser homossexual, mas são constantemente ameaçados pelas autoridades se ajudarem quem pretende abandonar tal prática. São leis iníquas como essas que afrontam a Deus e ameaçam os fundamentos da família. Jesus e Paulo estariam hoje em dificuldades diante da justiça brasileira.
O Senhor Jesus anunciou de antemão os dias de Sodoma e Gomorra para o fim dos tempos, antes da sua vinda (Lc 17.28-30). Atualmente, é grande a pressão das autoridades civis e da mídia contra a Igreja, pois elas estão institucionalizando a iniqüidade como já tem acontecido em alguns países. Devemos tomar cuidado, pois o alvo desse movimento está mais além: cercear a liberdade religiosa. A solução é orar a Deus para que o Estado respeite nossas crenças, princípios e tradições, razão pela qual devemos respeitar o direito dos outros. É o mínimo que se espera num estado democrático de direito, pois os direitos de César terminam onde começam os de Deus (Mt 22.21; At 5.29).
Igreja não é Estado: a Igreja é regida pelo Espírito Santo por meio da Palavra de Deus, e o Estado é regido por sua constituição. Não somos um Estado teocrático nem é papel do cristão impor a Bíblia à legislação do país. "O mundo inteiro jaz no Maligno" (1 Jo 5.19, ARA). Nosso dever é pregar o evangelho para a salvação de toda a sorte de pecadores e não nos envolver em passeatas e manifestos (Mt 28.19, 20).
0 CASAMENTO
O casamento é um projeto divino, pois Deus disse: "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele" (Gn 2.18). A instituição foi sancionada pelo Senhor Jesus com sua honrosa presença nas bodas de Caná da Galileia (Jo 2.1-11). Está escrito: "Venerado seja entre todos o matrimônio" (Hb 13.4). A frase "Bom seria que o homem não tocasse em mulher" (1 Co 7.1) é uma citação da carta que o apóstolo recebeu dos irmãos da Igreja de Corinto. Essas palavras não são ensinos paulinos, senão o apóstolo estaria contrariando o princípio da procriação (Gn 1.12) e o Deus que declarou: "Não é bom que o homem esteja só" (Gn 2.18); além, disso, estaria também defendendo o celibato para todos os homens. Os rabinos ensinavam que o casamento era uma obrigação do homem e outros diziam ainda que era um dever da mulher.
O casamento é reconhecido em todas as civilizações e não há como ficar fora das relações sociais e civis. É um contrato jurídico de uma união espiritual, como disse Myer Pearlman em seu Manual do Ministro. O Estado, como guardião desses direitos, tem legitimidade para legislar sobre o tema, e isso envolve herança, propriedade, filhos. Mas vivemos em um tempo que nem sempre o que é legítimo para o Estado é aceitável a Deus. O mundo está às avessas, como disse Jeremias: "Coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra" (Jr 5.30). Este sistema não é padrão para a Igreja (Rm 12.2). A Palavra de Deus está acima de qualquer lei terrena.
A natureza do casamento está fundamentada nas palavras: "Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne” (Gn 2.24). O homem e a sua esposa formam "uma só carne" e ambos juntos formam o ser humano completo. A expressão "uma carne" ou "uma só carne" (ARA e TB) se refere à comunhão, à unidade física, intelectual e espiritual. A unidade física é o relacionamento sexual dentro do casamento, que tem o aval divino por ser uma prática pura e santa aos olhos de Deus. A Bíblia chega a comparar a intimidade conjugal com o relacionamento entre Deus e Israel (Is 54.5; Os
2.19,20) e da mesma forma com o relacionamento místico entre Cristo e a Igreja (2 Co 11.2).
Assim, a relação sexual com alguém que não é o cônjuge representa a ruptura desse vínculo sagrado que Deus estabeleceu no Éden desde o princípio. Segundo o Handy Commentary, o adultério "é uma invasão da vida doméstica, a destruição da família, a dissolução do contrato fundamental da ordem social" (apud MESQUITA, 1979, p. 189). Não se trata meramente de uma desonra ou de um ato vergonhoso, mas de algo com profundas implicações na vida humana. Mesmo depois da cura, ficam as cicatrizes. A lei contra o adultério e sua respectiva sentença aos infratores valiam tanto para o homem como a mulher em Israel (Lv 20.10; Dt 22.22).
As palavras "Deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar- -se-á à sua mulher" (Gn 2.24) revelam o princípio original da mo- nogamia, pois o texto não diz: "e apegar-se-á às suas mulheres". A monogamia foi instituída pelo Criador, porém a poligamia foi adotada pelos homens. O primeiro polígamo da história foi Lame- que (Gn 4.19). A poligamia era tolerada na época de Moisés (Êx 21.7-11; Dt 21.15), mas ela é pecaminosa porque viola o princípio original e permanente do matrimônio. O Novo Testamento ensina a monogamia: "Cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido" (1 Co 7.2). Qualquer relação sexual fora do casamento é adultério no Novo Testamento. Não existe o sistema de concubinato na fé cristã (Mc 10.11,12).
Ao longo da história da interpretação, expositores judeus e cristãos reconheceram como pertinentes ao sétimo mandamento as proibições concernentes a toda sorte de incastidade e aberrações sexuais. O livro Casamento, Divórcio & Sexo à Luz da Bíblia, de minha autoria e publicado pela CPAD, enfoca o casamento, o concubinato e a união estável, o homossexualismo e a prostituição, o divórcio e o papel da Igreja, cuja leitura recomendo. O tema é atual e de grande importância para o fortalecimento da família.
0 ENSINO DE JESUS
O Senhor Jesus, no Sermão do Monte, depois de falar sobre o sexto mandamento, seguiu a mesma ordem do Decálogo, mencionando a proteção da vida e a preservação da família. Ele reiterou o que Deus disse no princípio da criação sobre o casamento, que se trata de uma instituição divina, uma união estabelecida pelo próprio Deus (Mt 19.4-6).
"Não adulterarás" é citado no Sermão do Monte e para o moço rico (Mt 5.27; 19.18; Mc 10.19; Lc 18.20). Jesus corrigiu com autoridade e muita propriedade o pensamento equivocado dos líderes religiosos dos seus dias. Os escribas e fariseus haviam reduzido o mandamento "Não adulterarás” ao próprio ato físico e, desconhecendo o espírito da lei, apegavam-se à letra da lei (2 Co 3.6). Assim, como é possível cometer assassinato sem o ato concreto, mas apenas com a cólera ou palavras insultuosas, da mesma forma é possível cometer adultério só no pensamento. Parece que os rabis daquela época não davam a devida atenção ao décimo mandamento que ordena não cobiçar a mulher do próximo.
O adultério começa na mente contaminada pela cobiça e termina no corpo pela prática física (Mt 15.34; Tg 1.15). O ensino de Jesus é mais profundo e vai à raiz do problema. Ele disse que nem é preciso o homem se deitar com uma mulher para cometer adultério; basta olhar e cobiçar uma mulher que não seja sua esposa, e já cometeu adultério com ela (Mt 5.28). É o adultério da mente que é consumado no corpo; não se restringe somente à prática do ato, mas também ao pensamento. E a sanção contra o referido pecado é de caráter espiritual e se distingue do sistema mosaico.
Não é proibido olhar para uma mulher e vice-versa, pois há diferença entre olhar e cobiçar. O pecado é o olhar concupiscente. O sexo é santo aos olhos de Deus, desde que dentro do casamento, nunca fora dele. A Palavra de Deus ressalta: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula" (Hb 13.4). O termo grego para "venerado" é tímios,112 "honrado". A Versão Almeida Atualizada traduz por: "Digno de honra"; e a Tradução Brasileira por: "Seja honrado". Que os votos de fidelidade do casamento sejam mantidos e da mesma maneira seja puro o relacionamento matrimonial. O livro de Cantares de Salomão mostra que o sexo não é apenas para procriação, mas também para o prazer e a felicidade dos seres humanos. Jesus não está tratando disso, não está questionando o sexo, mas combatendo a impureza sexual e o sexo ilícito, a prostituição. O ensino dele é que qualquer prática imoral no ato é igualmente condenada no olhar, no pensamento e na imaginação (Mt 5.27). Jesus disse que os adultérios procedem do coração humano (Mt 15.19).
Cabe aqui uma breve reflexão sobre o divórcio. Trata-se de um dos temas mais polêmicos da Igreja. Essas controvérsias já existiam mesmo antes do nascimento de Jesus. O divórcio na lei de Moisés previa novas núpcias, e a base para a sua legitimidade nunca ficou clara no Antigo Testamento:
Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa. Se ela, pois, saindo da sua casa, for e se casar com outro homem...
(Dt 24.1,2).
O "escrito de repúdio" significa "termo de divórcio" (ARA). A mulher não era considerada adúltera se contraísse novo casamento, mesmo tendo o seu primeiro marido encontrado nela "coisa feia". Não se sabia o que a lei queria dizer com tal expressão "coisa feia" ou "indecente" (ARA). Havia muita discussão entre as principais escolas rabínicas no período de Herodes, o Grande, Hillel e Shammai. O primeiro era liberal, e o segundo, conservador. Para Hillel e seus seguidores, "coisa feia" era qualquer coisa que o marido considerasse como tal. Mas, para Shammai e seus discípulos, o termo se referia aos pecados sexuais.
Os fariseus levaram o assunto a Jesus. Eles não perguntaram sobre o divórcio, mas sobre as bases para a sua legitimidade: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?" (Mt 19.3). Essa era a escola de Hillel. Os fariseus queriam saber qual escola Jesus apoiava. Mas o Senhor Jesus se dirigiu à Palavra. O casamento é indissolúvel, foi a sua conclusão sobre Gênesis 2.24, "o que Deus ajuntou não separe o homem" (Mt 19.6). O que fazer com o mandamento de Moisés?, perguntaram a Jesus (Mt
19.7). Moisés não deu esse mandamento; era uma interpretação precipitada, pois uma leitura cuidadosa em Deuteronômio 24.1 -4 mostra que não se trata de uma ordem. Por isso, Jesus disse que Moisés "permitiu", e isso "por causa da dureza do vosso coração" (Mt 19.8). Deus só permitiu o divórcio por causa do pecado humano; portanto, trata-se de um instituto contrário à vontade de Deus. A Bíblia não ensina, não encoraja, não aconselha nem incentiva o divórcio. É um remédio extremamente amargo para uma solução inglória.
Quando o Senhor Jesus fez menção do divórcio no Sermão do Monte, referia-se ao mencionado em Moisés (Dt 24.1 -4) e deixou claro que a única base que pode legitimar o divórcio é a infidelidade conjugal: "Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32) e fraseologia similar (Mt 19.9). A prostituição é a "coisa feia" que ninguém sabia, talvez porque tal pecado podia implicar na pena capital. Mas agora tudo se esclarece e a "coisa feia" vale também para o homem.
O apóstolo Paulo acrescentou mais um elemento que pode legitimar o abandono: "Mas, se o descrente se apartar, aparte-se; porque neste caso o irmão, ou irmã, não está sujeito à servidão; mas Deus chamou-nos para a paz" (1 Co 7.15). A NTLH emprega "quiser o divórcio" no lugar de "se apartar". A voz do verbo grego mostra que a iniciativa é da parte incrédula que se aparta. Assim, a deserção deve ser considerada se for por causa da fé cristã e por iniciativa do cônjuge descrente.
Entendemos, portanto, como divórcio a dissolução do vínculo matrimonial por infidelidade conjugal, que viola a instrução divina de "uma só carne" (Gn 2.24; Mt 19.5) ou, por deserção, que viola a instrução de "apegar-se" (Gn 2.24). Em qualquer dessas duas situações, o cônjuge inocente tem direito a novas núpcias.
Deus é sábio e perfeito. Ele conhece todas as coisas, pois é onisciente. "Deus é amor" (1 Jo 4.8) e deseja o bem-estar de todas as pessoas. Somente ele sabe o que é bom e salutar para a vida humana. É insensatez confiar o destino eterno à lógica e à razão, pois a Bíblia é a Palavra de Deus, o manual divino do fabricante para todos os seres humanos. A vontade de Deus resumida no sétimo mandamento diz respeito à castidade do corpo e da mente, visando a preservação do casamento de um só homem com uma só mulher (1 Ts 4.3-7). A felicidade humana está em se deleitar em Deus.
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