Cercas para a Tentação
No final dos anos 80 eu cursava Teologia no Seminário Batista de Teresina. Na cadeira de Antigo Testamento nós tínhamos um professor muito divertido e que demonstrava sempre estar de bom humor. Ele costumava ilustrar suas aulas com lições práticas do cotidiano e quase sempre extraía dos alunos largas gargalhadas. Era uma forma bem didática de fazer com que os seus alunos pudessem assimilar as lições dadas.
Pois bem, uma dessas ‘histórias’ que ele nos contou e que eu não consegui esquecer era relacionada à realidade da tentação. Toda vez que passo essa estória à frente logo percebo que os ouvintes imediatamente assimilam a “moral” da mesma.
A estória é a seguinte: “Um nobre e abastado homem que viveu em um pequeno lugarejo medieval e, que teve muitos problemas com sua natureza adãmica, sofrendo muitas tentações, idealizou algo até então inusitado. Projetou que quando gerasse um filho homem este seria livre de toda tentação e não sofreria dos mesmos desejos que o atormentaram a vida toda. Seu filho, diferentemente dele, jamais iria pecar! Acreditava firmemente nas suas convicções porque, segundo dizia, seu filho jamais iria ter contato algum com algo pecaminoso. Dessa forma ele estaria livre de toda e qualquer tentação.
O tempo passou e como ele havia imaginado, o primeiro fruto de seu casamento foi um belo e saudável menino! Ele não perdeu tempo! Imediatamente entregou a criança a uma clausura, algo parecido com um convento, prometendo aos responsáveis pelo lugar que só voltaria lá novamente vinte anos depois! A criança viveria totalmente confinada nesse período, não lhe sendo permitido ver qualquer imagem do mundo exterior. O único mundo que ela conheceria, portanto, seria dos muros para dentro. Enquanto isso, imaginava o abnegado pai, ele lutaria com suas tentações lá fora, mas o filho estaria protegido das mesmas lá dentro.
Os anos passaram e vinte anos depois, aquele pai voltou para buscar o seu filho! Agora não era mais uma criança, mas um jovem de porte atlético e bela aparência. O pai estava ansioso para saber como seu filho se comportaria ao contemplar o mundo lá fora, já que ele jamais havia entrado em contado com o mesmo. Mas antes de colocar seu filho na rua, ele tratou de ter certeza junto aos responsáveis pela clausura que o seu filho jamais teria visto o mundo exterior. Todas as garantias lhe foram dadas!
A hora havia chegado! Os enormes portões foram abertos! Os primeiros passos do jovem rumo a um mundo desconhecido foram dados! As primeiras imagens do mundo arrancaram do jovem um olhar de fascinação! Seus olhos se enchiam com as primeiras e belas imagens do mundo à sua volta. O pai acompanhava atento todos os gestos do filho e como ele reagiria a tudo isso. As perguntas se tornaram inevitáveis e se multiplicavam à medida que o jovem se distanciava da clausura.
Foi então que algo inesperado aconteceu! De repente uma bela e linda moça, de corpo escultural e uma beleza ímpar, cruzou o caminho do estonteado jovem! Com nunca tinha visto uma garota, o jovem perguntou: ‘Papai o que é aquilo?’ O pai apavorado com a pergunta do filho, e mais temeroso ainda qual seria a reação do filho à sua resposta, disse bruscamente: ‘Meu filho aquilo é o Diabo!’ O jovem, com os olhos brilhando, comentou: ‘Papai, oh Diabinho bonito!’”
Essa estória, embora seja engraçada, nos traz uma lição muito clara
— a tentação é uma realidade bem presente na vida de cada ser humano! Não há ninguém que não esteja sujeito à tentação. Numa linguagem mais popular, podemos dizer que ainda não foi inventada uma vacina para a tentação! Todos são tentados, desde os mais jovens até os mais velhos. Até mesmo, Jesus, o Homem Perfeito, também foi tentado.
Há algum tempo lembro ter lido uma história que aconteceu com David Du Plessis (1905-1987), pioneiro pentecostal sul-africano. Após sair exausto de uma Conferência, onde ministrou para milhares de pessoas, um jovem aparentando ter 18 anos de idade o procurou. Ainda ofegante, o jovem lhe perguntou: “Irmão Du Plessis, o que o senhor faz para não ter problemas com a tentação?” Du Plessis franziu a testa enrugada pelo peso de seus quase 80 anos e respondeu: “quando eu tiver idade para não ter problemas com a tentação, eu lhe procuro para informar”. Mesmo já velho, Du Plessis demonstrou que continuava sujeito à tentação!
Vitórias e Derrotas de um Homem de Deus
Quando comentei as Lições Bíblicas de Jovens e Adultos em 2009, chamei a atenção para a tentação do rei Davi e suas conseqüências.1 Destaquei ali que ninguém pode negar que a tentação é uma realidade bem presente na vida dos humanos. Todos somos ou seremos tentados de alguma forma. Ninguém é imune à tentação. A tentação em si não é pecado e ninguém deve se culpar por ser tentado, todavia o cristão deve manter-se vigilante, pois a tentação uma vez consumada costuma produzir frutos amargos. Todos nós, homens e mulheres, somos possuidores de desejos e inclinações. Portanto, a resposta à tentação não é negar quem nós somos (Rm 8.5). Somos seres tentáveis e deveríamos estar conscientes desse fato. A resposta adequada a essa inclinação encontra-se na Palavra de Deus, que nos proporciona recursos para lidarmos com a tentação (1 Co 10.13).
Por certo Davi, como um hebreu educado nos valores judaicos, estava consciente da realidade do pecado. Todavia, demonstrou indiferença diante do perigo que o circulava. O certo é que a tentação já era tentação nos dias de Davi e seu modus operandi não se diferencia muito do de hoje. O alerta está dado por toda a Escritura e mesmo no Antigo Testamento Deus já havia criado mecanismos para proteger seu povo do pecado. Nas tábuas da Lei estava dito que não era permitido ao povo de Deus cobiçar aquilo que era do próximo (Êx 20.14,17), e no Novo Testamento esse alerta contra a impureza continua de uma forma mais contundente (1 Co 6.18; 1 Ts 4-3).
Tentação no Deserto
Pois bem, voltemos ao assunto principal deste capítulo que é a Tentação de Jesus, nosso Senhor. Todos os evangelhos sinóticos registram esse fato ocorrido com Jesus, e aqui nós analisaremos o registro de Lucas:
“Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. E disse-lhe o diabo: Se tu és o Filho de Deus, dize a esta pedra que se transforme em pão. E Jesus lhe respondeu, dizendo: Escrito está que nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra de Deus. E o diabo, levando-o a um alto monte, mostrou-lhe, num momento de tempo, todos os reinos do mundo. E disse-lhe o diabo: Dar-te-ei a ti todo este poder e a sua glória, porque a mim me foi entregue, e dou-o a quem quero. Portanto, se tu me adorares, tudo será teu. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Vai-te, Satanás, porque está escrito: Ado- rarás o Senhor, teu Deus, e só a ele servirás. Levou-o também a Jerusalém, e pô-lo sobre o pináculo do templo, e disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. E, acabando o diabo toda a tentação, ausentou-se dele por algum tempo” (Lc 4.1-13).
Tentado e Testado
A palavra grega peirasmos (Lc 4.2), dependendo do contexto, pode significar “tentação” ou “prova”. Quando usada em um contexto onde Deus está por trás da ação, então nesse caso o crente está sendo provado. Por outro lado, quando é o Diabo quem está induzindo ao mal, então o crente está sendo tentado. Em palavras mais simples, Deus prova-nos e o Diabo nos tenta. Deus testa-nos para aperfeiçoar-nos enquanto o Diabo nos tenta para nos derrubar. Aqui em Lucas 4.1-3, assim como Gênesis 22, onde a Septuaginta usa a mesma raiz grega de peirasmos, Jesus é enviado pelo Espírito ao deserto para ser testado. E nessa mesma ocasião que recebe a visita do Diabo para ser tentado.
Na Esfera do Espírito
O papel do Espírito Santo, como Lucas faz em outros lugares, também recebe destaque especial no evento da Tentação. Roger Stronstad comenta que cada um dos evangelistas sinóticos conecta a tentação de Jesus com sua recepção do Espírito Santo. Depois do seu batismo o Espírito Santo leva (Mt 4.1, Lc 4.1) ou impulsiona (Mc 1.12) Jesus a ir ao deserto para um período de provas com o Diabo. “A oração para ser tentado pelo Diabo”, observa o exegeta Genival C. Silva, meu ex-professor de exegese e grego no Seminário Batista de Teresina, “na língua grega em que foi escrito este texto, trata-se de uma oração reduzida de infinito subordinada adverbial consecutiva. O termo grego peirasthenai, exprime uma conseqüência ou resultado e não uma ideia final, como se acha traduzida. Portanto, a tradução deve ser esta: ‘A seguir, foi Jesus levado pelo Espírito ao deserto de modo que foi tentado pelo Diabo’. Numa tradução livre a ideia é: e como conseqüência lá foi tentado pelo Diabo, exprimindo assim uma conseqüência ou resultado”.2 Por outro lado, destaca Stronstad “somente Lucas qualifica Jesus de ‘cheio do Espírito Santo’ (Lc 4.1). Em seu comentário sobre o Evangelho de Lucas, Alfred Plummer observa que se havia dotado a Jesus com o poder sobrenatural; e foi tentado a usá-lo para promover seus próprios interesses sem considerar a vontade do Pai... Foi ao deserto de acordo com o impulso do Espírito. O que foi testado ali foi o propósito divino a fim de prepará-lo para sua tarefa.1
Jesus e a Tentação
Há um longo debate teológico em torno da Tentação de Jesus há muito discutido nos meios acadêmicos. A opinião dos teólogos, mesmos os mais conservadores, não são unânimes sobre esse assunto. A questão diz respeito à realidade ou não da Tentação de Jesus. A Tentação foi ou não real? Jesus poderia ceder ou não à Tentação? As respostas a essas perguntas não são consensuais entre os estudiosos, porque em última análise se referem à pecabilidade ou impecabilidade do Redentor!4 Não há, portanto, resposta fácil para esse assunto. Até mesmo os teólogos cuja erudição e conservadorismo são inquestionáveis reconhecem esse fato. Como diz Millard J. Erickson: “Aqui nos defrontamos com um dos grandes mistérios da fé”.5
Foge do propósito desse capítulo analisar os paradoxos e aporias existentes nesse debate teológico e também entrar no mérito das questões cristológicas relativas à natureza da Tentação de Jesus. Todavia parto do princípio de que a Tentação de Jesus foi real e que uma análise do texto revelará que ela foi decisiva na vida de Jesus. Feito isso verificaremos que a prova pela qual Jesus passou serve de modelo e parâmetro para todos os cristãos em todos os tempos. William Barclay comenta: “Vimos que havia certos marcos na vida de Jesus, e aqui temos outro dos mais importantes. No tempo quando tinha doze anos, havia chegado à convicção de que Deus era seu Pai de maneira única e exclusiva. Com o surgimento de João Batista veio a hora de Jesus, e em seu batismo recebeu a aprovação de Deus. Nesta ocasião Jesus está a ponto de iniciar sua campanha. Antes de iniciar uma campanha, se há de escolher os métodos. A passagem da Tentação nos apresenta Jesus elegendo, de forma definitiva, o método com o qual se proporia ganhar os homens para Deus. Vemos Jesus rejeitando o caminho do poder e da glória, e aceitando o caminho do sofrimento e da cruz”.6
Pedras e Pães
A primeira tentação é uma tentativa de fazer com que Jesus transfor-me pedras em pães. Satanás sabia por certo que Jesus, após quarenta dias de jejum, encontrava-se com fome. Todavia há algo muito mais sutil por trás da artimanha do Diabo. A intenção é fazer com que Jesus ponha as coisas materiais em primeiro lugar, e uma forma que Satanás via como eficaz era apelar para os apetites. Os desejos não são pecaminosos em si mesmos. Não há nada de errado com o desejo de se alimentar. Todavia, quando esses desejos ou apetites quebram algum princípio estipulado pelo Criador, então se convertem em algo mal. Jesus venceu Satanás citando a Palavra de Deus que se encontra em Deuteronômio 8.3.
William Barclay observa que era como se o Diabo dissesse: “Se você quer que o povo lhe siga, usa teus poderes para dar-lhes coisas materiais”. De fato o foco da tentação está na centralização das coisas materiais. Ainda hoje essa continua sendo a artimanha do Diabo. O apelo ao ego, ao desejo de consumo e outras guloseimas espirituais continua sendo a tentação de homens, mulheres e crianças. Na cultura pós-moderna o consumismo é um deus que não se apieda de ninguém. Por ele os homens roubam, por ele os homens matam!
Reinos e Tronos
Tendo fracassado no primeiro ataque, o Diabo volta com uma proposta ainda mais tentadora. Na segunda tentação do Diabo, ele: “Mos- trou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda essa autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser” (Lc 4.6).
O teólogo Ivo Storniolo denomina essa tentação de a “tentação do poder e da riqueza”. Não há dúvida de que este mundo, como um sistema caído, foi entregue ao Diabo. Foi o próprio Jesus quem disse que o Diabo é príncipe deste mundo (Jo 12.31). Storniolo observa que
o poder e a riqueza se convertem em coisas pecaminosas porque são contrárias ao projeto de Deus. Isso acontece porque o poder se constrói às custas das liberdades humanas. E a riqueza se constrói graças ao roubo e acúmulo dos bens que deveriam ser partilhados entre todos. Neste aspecto uns enriquecem às custas da miséria dos outros.7 Jesus rechaça essa tentação citando Deuteronômio 6.13.
Holofotes e Celebridades
Na terceira tentação, a exemplo da primeira, Satanás usa a expressão: “se tu és o filho de Deus” (Lc 4.3,9). No meu livro Defendendo o Verdadeiro Evangelho, mostro que o “se” que aparece nesse tipo de expressão no original grego tem a sua tradução dependente da estrutura gramatical na qual ele está inserido. Esse “Se”, como uma cláusula condicional, pode expressar dúvida e às vezes, dependendo do contexto, até mesmo certeza.8
Satanás já sabia que Jesus era o Filho de Deus: “Bem sei que és, o Santo de Deus” (Lc 4.34) e quer que Jesus faça uso dos seus atributos divinos. Vimos quando comentamos a kenosis, isto é, o esvaziamento de Jesus por ocasião da sua encarnação, que Ele não perdeu os seus atributos, mas que como homem não fez uso dos mesmos. Aqui Satanás, astutamente, quer que Jesus faça uma demonstração sensacionalista de sua divindade. Quer que Ele renuncie a sua condição de homem e aja como Deus. Os estudiosos imaginam que Jesus se encontrava no Pináculo do Templo que se unia ao Pórtico de Salomão e o Pórtico Real. Desde que Jesus se jogasse dali, haveria uma queda livre de 150 metros até o fundo do ribeiro de Cedron. Sem dúvida Satanás queria que Jesus fizesse um espetáculo.
Não existem dúvidas de que a tentação de ser visto, celebrado e admirado continua sendo o que mais atrai os homens! Está na moda hoje o evangelho “ostentação” e os cantores, pregadores e pastores que se renderam ao mesmo estão fazendo o jogo do Diabo. Jesus venceu essa tentação com Deuteronômio 6.16!
Pastor Jose Gonçalves
Pastor Jose Gonçalves
NOTAS
1 GONÇALVES, José. In Davi: vitórias e derrotas de um homem de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.
2 SILVA, Genival Costa. Exegese Gramatical do Novo Testamento. Edições do Autor.
3 STRONSTAD, Roger. La Teologia Carismática de Lucas. Op.cit.
4 O teólogo reformado Heber Carlos de Campos, escreve: “Embora [Jesus] tenha sido perfeitamente homem, ele manteve o seu atributo divino da santidade. Esse atributo o fazia forte bastante para assegurar não somente que ele poderia evitar o pecado, mas também que ele nunca poderia pecar. A vontade divina pertencente a Cristo era determinante. A natureza santa e a vontade do Verbo impediam que o Redentor pecasse” (CAMPOS, Heber Carlos. A União das Naturezas do Redentor. Editora Cultura Cristã. São Paulo, SP). Por outro lado, o renomado escritor e teólogo A.W.Tozer, diz: “Não posso aceitar a premissa de que o Senhor Jesus Cristo não podia pecar. Se ele não pudesse pecar, então a tentação no deserto teria sido uma farsa, e Deus estaria fazendo parte dela. Não. Como ser humano ele podia ter pecado, mas o fato de que ele não pecou demonstrou que ele era o Homem santo que foi. Não é incapacidade de pecar que torna alguém santo, mas sim a sua condição de não querer pecar. Uma pessoa santa não é alguém que não pode pecar, mas é alguém que não vai pecar. Uma pessoa de confiança não é alguém que não pode falar. É antes alguém que pode falar e que poderia menti, mas que não vai mentir. Uma pessoa honesta não é alguém que está numa prisão, onde não tem como ser desonesta com ninguém. Uma pessoa honesta é alguém que tem toda a liberdade para ser desonesta, mas que não vai ser desonesta” (TOZER, A .W. A Tragédia da Igreja — a ausência de dons. Rio de Janeiro: Editora Danprewan, 1999). Há ainda uma outra posição que busca o meio termo: “Mas será que Jesus poderia ter pecado? As Escrituras nos dizem que Deus não faz o mal e não pode ser tentado (Tg 1.13). Teria sido, portanto, de fato possível que Jesus, embora seja Deus, pecasse? E, se não, sua tentação foi genuína? Aqui nos defrontamos com um dos grandes mistérios da fé, a relação entre as duas naturezas de Jesus. Contudo, cabe-nos destacar, que embora pudesse pecar, era certo que não pecaria. Houve lutas e tentações genuínas, mas o resultado sempre era certo” (ERICKSON, Milard J. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova).
5 ERICSKSON, Millard. Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova.
6 BARCLAY, William. Comentário Al Nuevo Testamento. 17 tomos em
1, obra completa. Editorial CLIE, Barcelona, Espanha.
7 STORNIOLO, Ivo. Como Ler o Evangelho de Lucas. São Paulo: Editora Paulus, 1992.
8 Quando o “se” está numa sentença condicional de primeira classe, como é o caso aqui, então ele expressa certeza e não dúvida. É como se Satanás estivesse dizendo: “Se tu és o filho de Deus, como eu sei que tu és, então joga-te daqui para baixo”. Essa mesma estrutura gramatical ocorre em Jo 15.20 onde temos o “se” mais o indicativo. “Se eles me perseguiram, eles também perseguirão a vós”. A sentença introduzida por “se” (gr. ei), e o indicativo pode expressar algumas vezes a verdade ou a realidade. A sentença anterior assume que Jesus foi realmente perseguido. Na verdade Jesus estava dizendo: "Se eles me perseguiram, como de fato aconteceu, então eles também perseguirão a vós. Veja mais detalhes em meu livro Defendendo o Verdadeiro Evangelho. CPAD, Rio de Janeiro, 2009.
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