Trata-se de grande sabedoria aprender a lidar com os obstáculos de hoje, recordando as bençãos de ontem. Portanto, use a vitória de ontem, para ser bem sucedido hoje. Experiências passadas devem servir para nos inspirar quanto ao futuro, e para evitar que repitamos os erros anteriores. Aprenda com suas memórias! Lembre-se da intervenção sobrenatural de Deus de outrora para vencer os problemas recentes.
Foi isto que fez Davi ao enfrentar o gigante Golias: “O Senhor me livrou das garras do leão e do urso; ele me livrará das mãos deste filisteu” (1 Sm 17.37). Para vencer ele se lembrou do que já havia experimentado. É possível enfrentar gigantes quando o fundamento da vida é a compreensão de que o mesmo Deus que agiu no passado está presente hoje. Davi se recordou de que o Senhor já o havia livrado de duas grandes ameaças, provendo libertação, e iria livrá-lo novamente. Sua memória era aliada, não inimiga.
Você tem alguma experiência com Deus? Ela faz sentido hoje? Traga-a à sua memória para ser conduzido por esperança e não consumido por medo e ansiedade. Quando Jesus veio andando sobre as águas no meio da tempestade, os discípulos ficaram aterrados achando que era um fantasma. Isto aconteceu “porque não haviam compreendido o milagre dos pães; antes, o seu coração estava endurecido” (Mc 6.53). A experiência anterior com Jesus, não lhes serviu de nada no momento de angústia, porque seus corações endurecidos, não eram capazes de evocar o poder de Deus que já haviam provado.
Não deixe que a experiência se perca no arquivo da memória. A Bíblia, didaticamente, sempre usa o recurso de evocar as intervenções do passado, para superar as lutas do presente. Você se lembra de como Deus agiu na sua vida? Como interviu de forma soberana e especial? Lembre-se disto para fortalecer o seu coração no presente. Foi isto que Jesus falou quando entrou no barco com para estar com os discípulos: “Porventura não vos lembrais”? (Mc 8.18)
Max Lucado conta o seguinte episódio, que serve para ilustrar.
“Há alguns anos atrás quando eu estava levando a minha filhinha Andrea para a escola, ela notou que eu estava nervoso. -“Por que você está tão calado, pai?” Eu disse a ela que estava preocupado com o prazo de entrega de um livro.
Ela me perguntou -“Você não já escreveu outros livros?“
- “Sim” eu respondi.
-“Quantos?”
Naquele momento a resposta era quinze.
Ela respondeu:
-“Já perdeu algum prazo antes?”
-“Não” eu disse.
-“Então Deus já te ajudou quinze vezes?”
-“Sim” eu estremeci.
Ela estava soando como a mãe. Ela continuou o raciocínio
-“Se Ele te ajudou nas outras quinzes vezes, não acha que ele vai te ajudar nessa vez?”
Como diz Lucado:
“Sua melhor ferramenta contra os ataques do diabo é uma boa memória. Não se esqueça de uma bênção sequer”.
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