Uma discussão que provoca significativos debates é a transição entre passado & futuro, antigo & novo. O grupo mais ousado deseja radicais e urgentes transições; o grupo mais conservador, tende a manter o status quo e manter os velhos padrões de gestão, atitudes, porque se sente ameaçado pelo novo.
Como encontrar equilíbrio entre as transições importantes e transformadoras?
Quais os riscos do novo?
Que tensões podemos antecipar nesta delicada mudança?
No entanto, devemos lembrar que o falso não anula o verdadeiro, ainda que possua similaridades aparentes. Os ingleses costumam dizer que precisamos aprender a jogar fora a água suja da banheira mas não o bebê que tomou banho nela. Este é um bom princípio. É importante refletir sobre isto.
Muitos se tornam rígidos na metodologia e não querem mudar, tornam-se travados e obsoletos. Outros querem mudar tudo, radicalizar, como dizia o “maluco beleza” (Raul Seixas): “Eu prefiro ser, esta metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Não ter valores e opiniões acerca de nada é utópico e perigoso. Não podemos ter preconceito, mas não ter conceito é outro grande risco. A vida precisa de fundamentos e valores, marcos que orientem, que regulem relações, justiça e princípios. Por isto existe lei, constituição, convenções e regras sociais.
Não dá para viver no passado, aferrado às tradições, sustentando paradigmas que perderam relevância com o tempo. Não faz sentido usar calculadora quando se tem Excel; máquina de datilografia quando se tem computador; mimeógrafo, quando se tem copiadora; nem flanelógrafo se existe multimídia. Inovar e avançar é imprescindível e inexorável. Ao mesmo tempo, não dá para confundir temporal com eterno, nem transitório com permanente. O passado não deve ser descartado na sua essência, e nem o futuro, assumido na sua integralidade quando corre-se o risco de perder a própria alma.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Faça comentários produtivos no amor de Cristo com a finalidade de trazer o debate para achar a verdade. Evite palavras de baixo calão, fora do assunto ou meras propagandas de outros blogs ou sites.