O jovem rico tinha tudo para ser feliz, mas foi a única pessoa que foi a Jesus e saiu pior do que chegou. Mesmo sendo amado por Jesus, desperdiçou a maior oportunidade da sua vida. A despeito de ter vindo à pessoa certa, de ter abordado o tema certo, de ter recebido a resposta certa, ele tomou a decisão errada. Ele amou mais o dinheiro do que a Deus, os prazeres transitórios desta vida mais do que a salvação da sua alma.
Podemos elencar várias coisas boas que o jovem rico possuía.
1. Ele era jovem (Mt 19.20) – Esse jovem estava no alvorecer da vida. Tinha toda a vida pela frente e toda a oportunidade de investir seu futuro no reino de Deus. Tinha saúde, vigor, força e sonhos.
2. Ele era riquíssimo (Lc 18.23) – Esse jovem possuía tudo que este mundo podia lhe oferecer: casa, bens, conforto, luxo, banquetes, festas e dinheiro. Ele era dono de muitas propriedades.
3. Ele era proeminente (Lc 18.18) – Ele era um homem de posição. Possuía um elevado status na sociedade. Ele tinha fama e glória. Apesar de ainda ser jovem, já era muito rico. Além de ser rico, também era um líder famoso e influente na sociedade. Tinha reputação e grande prestígio.
4. Ele era virtuoso (Mc 10.20; Mt 19.20) – Esse jovem tinha alcançado nota máxima não apenas na opinião popular, mas também, em sua própria avaliação. Ele se considerava portador de excelentes predicados morais. Ele se olhava no espelho e dava nota máxima a si mesmo. Considerava-se um observador da lei. Não vivia em orgias e farras, mas pautava sua conduta pelos mais rígidos padrões morais. Sua vida exterior parecia ser irretocável.
5. Ele era sedento espiritualmente (Mt 19.20) – Depois de dizer para Jesus que era um observador da lei, perguntou: “Que me falta ainda?”. Seu coração não estava satisfeito com coisas. Ele queria algo mais. Ele tinha sede das coisas eternas. Seu dinheiro, sua reputação e sua liderança não preencheram o vazio da sua alma. Ser rico não basta; ser honesto não basta; ser religioso não basta. Nossa alma tem sede de Deus.
6. Ele era sedento da salvação (Mc 10.17) – Sua pergunta para Jesus foi enfática: “Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?”. Ele estava ansioso por algo mais que não havia encontrado no dinheiro. Ele sabia que não possuía a vida eterna, a despeito de viver uma vida aparentemente correta aos olhos dos homens. Ele queria mais do que as riquezas da terra, ele queria os tesouros do céu. Ele queria ser salvo.
7. Ele foi à pessoa certa, da maneira certa (Mc 10.17) – Ele foi a Jesus, o único que pode salvar. Ele não buscou atalhos, mas o único caminho que podia levá-lo a Deus. Ele foi a Jesus com pressa. Ele correu ao encontro de Jesus. Ele tinha urgência para salvar a sua alma. Ele foi a Jesus de forma reverente. Ele se ajoelhou diante do Senhor. Ele se humilhou e demonstrou ter um coração quebrantado. Ele foi amado por Jesus (Mc 10.21). Jesus viu seu conflito, seu vazio, sua necessidade e o amou.
Mas, a despeito de tudo isso, o jovem rico demonstrou que estava enganado sobre a salvação. Pensou que era uma questão de mérito. Estava enganado a respeito de si mesmo. Julga-se um observador da lei e não um transgressor dela. Estava enganado também a respeito da lei de Deus. Pensou que observando determinados preceitos estava quites com a lei, mas Jesus viu não apenas seus atos, mas o seu coração. Aquele jovem não apenas possuía dinheiro, mas era possuído por ele. Ele deu mais valor riqueza que se ajunta na terra do que os tesouros do céu. Ele rejeitou a salvação por amor ao dinheiro. Ele saiu triste da presença de Jesus, porque amou mais a terra do que o céu, mais o dinheiro do que a vida eterna, mais a si mesmo do que a Jesus!
Rev. Hernandes Dias Lopes
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