Existem coisas que só culturas milenares conseguem elaborar. Pesquisas científicas, gráficos e análises modernas feitos por sistemas parecem não discernir tais verdades, ou ficam no campo da superficialidade. Por esta razão, culturas ancestrais que foram desprezadas começam a ser ouvidas novamente, existe um certo senso de busca da sabedoria dos povos antigos, ouvir tradições, ler textos antigos.
Luiz Felipe Pondé declarou que, apesar de ser ateu, está cada vez mais fascinado com a sabedoria judaico-cristã. Resgatar alguns destes princípios e viver de acordo com eles, podem revolucionar a trajetória de vida. Precisamos lembrar que a verdade não está no novo nem no velho, mas no eterno. Bons princípios e legados transcendem gerações, culturas e línguas. Um princípio sólido permanece para sempre, o que é palha se dispersa. Por isto é que boas músicas, receitas e temperos nunca perdem o prazo de validade.
A sabedoria judaica é repleta de pérolas valiosíssimas, vindo das tradições talmúdicas e dos escritos sagrados: Torah, Hokma e Nabiim (Lei, Sabedoria e profetas), hoje gostaria de pincelar uma antiga tradição sobre um assunto que geralmente interessa muito ao homem capitalista do Século XXI, e que contraria algumas das teses tolas de acúmulo que o capitalismo selvagem ensina. Você não precisa concordar com elas, mas vale a pena, pelo menos, refletir:
Primeiro, Faça dinheiro – Dinheiro não surge espontaneamente nem nasce em árvore, é necessário inteligência e habilidade, descubra como o dinheiro pode surgir (sem que você tenha que falsificar notas...) Trabalho, diligência e criatividade sempre foram elementos positivos para que o dinheiro se torne uma realidade. A Bíblia fala que “pela muita preguiça desaba o teto do displicente”.
Segundo, Guarde – Não gaste tudo. É necessário se planejar para os dias difíceis, épocas de secas e geadas. Nem sempre é possível ganhar, existem épocas de perdas. Algumas colheitas são prósperas, mas muita semente deixou de produzir por condições instáveis da natureza. A Bíblia recomenda para que observemos o comportamento das formigas, que na época da sega, colhem, sabendo que virá a época de chuva e neve.
Terceiro, doe! – Isto parece um contrassenso, mas já observaram que culturas prósperas sempre foram generosas? A cultura do acúmulo, dificulta que os outros também ganhem. A natureza é rica e pródiga, capaz de abençoar a todos. Usura, ganância excessiva, abuso dos ricos e a exploração sempre se transformam em bumerangues com o passar dos anos, e os efeitos costumam ser terríveis. Uma nação de pobres não tem paz, uma cultura oligárquica e avarenta massacra as pessoas e gera desatinos sociais. Deixe os outros ganharem. Esta é uma boa regra!
Faça o dinheiro trabalhar por você, aplique! – Não apenas trabalhe, mas coloque seus recursos a seu favor. Existem pessoas com grandes capitais sem usufruir do potencial econômico que possuem, não sabem colocar os bens para frutificarem. Jesus conta a história de um homem que recebeu seu talento (uma medida monetária judaica), e o enterrou na terra. Deus o censura dizendo: “Por que você não colocou, ao menos, o dinheiro na mão dos banqueiros, para que quando eu viesse eu recebesse com juros?”
Esta é parte da sabedoria judaica. Não é difícil imaginar porque se tornaram uma nação tão próspera...
Rev. Samuel Vieira
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