Vários testes de personalidade já surgiram e muitos deles são populares como o 16 PF, Disk, Rorschach. Carl Jung descreveu oito tipos de personalidades a partir do extrovertido/introvertido, temos ainda o conhecido Eneagrama, todos eles tentando, de alguma forma, descrever indivíduos e ajudá-los e perceber seus pontos fortes e fraquezas.
O teste mais respeitado é chamado de “Big Five”. São cinco características que as pessoas costumam ter em maiores quantidades. São elas: extroversão, conscienciosidade, afabilidade, abertura à experiência e neurose.
Extroversão e abertura a novas experiências têm significados claros. Afabilidade leva em conta a forma de interagir e cooperar com outras pessoas. Conscienciosidade mede a autodisciplina, a capacidade de alguém de manter seus próprios impulsos na rédea curta. Por último, vem a neurose, termo que a ciência escolheu para resumir a instabilidade emocional. Os cinco fatores em conjunto, podem chegar a três tipos básicos: os reservados, os autocentrados e os exemplares.
Os reservados são pessoas tipicamente tímidas, que tendem a afabilidade e autodisciplina, mas encontram dificuldade em abertura a novas experiências. Os autocentrados são mais extrovertidos, e tem médias baixas em todo resto. Não se preocupam demais com os outros nem com a própria disciplina e são estáveis emocionalmente.
Os “exemplares” são aquelas que sabem lidar bem com suas próprias emoções, se dão bem com os outros e lidam bem com as frustrações. Nos testes, apresentaram baixos índices de neurose, altos de conscienciosidade, afabilidade, extroversão e abertura a novas experiências.
Recentemente cientistas americanos encontraram uma nova forma de descrever a personalidade humana. Eles analisaram dados de 1,5 milhão de pessoas, o que configura o mais extenso estudo do gênero já feito na história e encontraram um outro tipo.
O que elas tem de especial? A resposta é: nada. Seria o perfil mediano, “normal”. Muitas pessoas tem níveis de afabilidade, conscienciosidade, extroversão, neurose e abertura à experiências e a grande maioria delas têm níveis parecidos dessas características e desta forma sua pontuação acaba ficando na média.
Ainda que pareça meio sem graça, a realidade é que você pode se enquadrar neste tipo. Você tem tudo para ser uma pessoa comum. Nada mais! Mesmo que você tenha sido um jovem superautocentrado e evoluído ou seja um adulto modelo, na maioria das vezes você é apenas… Mediano. Como (quase) todo mundo.
Rev. Samuel Vieira
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